18. Irmã 📚

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• 𝐔𝐦𝐚 𝐬𝐞𝐦𝐚𝐧𝐚 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬

Estou fazendo como Carol falou. Estou ignorando meu professor, mal olho em sua cara e evito trocar palavras. Não estou indo nas aulas particulares também, porque ainda não me sinto confortável de ficar sozinha com meu professor no apartamento dele, enquanto estudamos. De tudo isso que estou fazendo, está dando certo. Meus pensamentos diários no meu professor e do nosso beijo, bem... não mudou muito coisa. Ainda não esqueci do que aconteceu, mas estou fingindo que esqueci, assim como Victor anda fingindo. Agora se é verdade ou não, se ele de fato esqueceu o que aconteceu entre nós, eu não sei.

Estou a caminho da minha aula de física, quando de longe vejo o babaca do meu professor, encostado em um canto do corredor, mexendo no celular e carregando uma pasta. Ele não nota minha presença até então e eu viro a cara, ignorando ele, como tenho feito há dias. Passo por ele, como se nem o conhecesse e vejo que ergue a cabeça, me vendo passar. Continuo andando, até que uma voz me chama.

- Bárbara. - seu tom é autoritário, me fazendo parar de andar e ficar de costas para ele. Me viro, para saber o que quer de mim. - Venha aqui.

Eu fui.

- Sim, professor? - ergui o queixo para ele e mantive a expressão séria.

- Por que não está mais indo nas aulas? - quis saber.

- Ando muito ocupada. - menti, dizendo a primeira coisa que veio na minha cabeça. - Estou ajudando minha mãe com umas coisas.

- E quando vai voltar a ir nas aulas? Ou quer cancelar?

- Não se preocupe, professor, hoje eu volto a comparecer nas aulas. - digo, sem raciocinar direito o que eu disse. Merda. Não era para mim ter dito isso. Não era. - Pode me esperar hoje no nosso horário de sempre. - digo por fim, querendo me matar por confimar uma coisa dessas. Eu não queria ir na aula dele.

Podia jurar que sua expressão se aliviou, deixou de ser dura, quando eu disse que iria hoje para nossa aula particular em sua casa. Ele afirmou, apenas com um aceno de cabeça e foi embora para sua sala. Fiquei olhando ele seguir seu caminho, querendo esmurrar minha própria cara por ter dito que ia na nossa aula hoje. Como havia dito que ia, não tinha como mudar minha resposta e inventar uma desculpa, então prossegui, dizendo para me esperar hoje. Que merda você fez, Bárbara. Está de parabéns.

Bufando de ódio por mim mesma, volto a seguir meu caminho para a aula de física.

....

- Que bom que chegou, filha. - minha mãe disse, saindo da cozinha, secando as mãos com um guardanapo.

- Finalmente em casa. - suspirei e escutei minha mãe rir. Fui até o sofá, onde se sentava e praticamente joguei minha mochila no outro sofá e me sentei ao lado da minha mãe.

- Como foi a escola, meu amor? - segurou minha cabeça, me puxando para perto e me deixando um beijo na lateral da cabeça.

- Hoje foi bem entediante. E chato. - deitei no sofá, colocando os pés em sua perna, depois de tirar o tênis. - E como tava lá no hospital? Muita correria? - perguntei a ela, querendo aproveitar sua companhia para conversar.

- Todos os dias são corridos. Mas agora vou ter dois dias de descanso. Volto a trabalhar só na quinta-feira.

- Que bom. Está precisando descansar um pouco. Sei o quanto é cansativo ficar em plantão.

- É mesmo. Mas adoro minha profissão. Então, não se torna algo que eu não goste de fazer ou sinta prazer.

- Espero me sentir assim quando começar a trabalhar. - falei, quando vieram pensando meus no futuro, formada e trabalhando com o que sempre quis.

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 𝐁𝐀𝐁𝐀𝐂𝐀Where stories live. Discover now