08. Admirando 📚

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Desliguei meu despertador, voltando a me deitar de barriga pra cima e me espreguiço na cama, soltando um gemido de sono e preguiça. Decido levantar logo, antes que a vontade de ir para a escola vá embora. Olho para a caminha de Mia e a vejo dormindo, de barriga pra cima, toda esparramada no colchonete. Dou um sorriso, ainda sonolenta e entro no banheiro, depois de pegar a toalha.

Deixo a água quente cair no rosto, para ver se acordo mais e aceito que ainda não estou de férias da escola. Tenho que agradecer, por estar no último ano. Todos falam que eu vou sentir falta, mas sinceramente, eu acho que não. Acho que poucos sentem. Meu maior sonho mesmo é entrar na faculdade. Mas ainda tenho 3 meses para eu sair da escola e mais 2, para entrar na faculdade, totalizando, 5 meses. Ok, eu aguento esperar.

Saindo do banho, me enrolo na toalha e sigo de volta para meu quarto, para poder me arrumar. De uniforme, de tênis e arrumada, pego minha mochila e desço, para tomar meu café. Jogo a mochila no sofá da sala e vou para a cozinha, onde vejo minha mãe colocando a mesa do café, que era bem simples.

— Bom dia, mãe. — beijei sua bochecha e me sentei na mesa, se juntando a ela.

— Bom dia, meu amor. Acordou animada?

— Não. Só acordei, aceitando que ia pra escola hoje. — brinquei, tirando uma risada fraca dela.

Trocamos várias conversas, até que tive que me despedir dela. Peguei minha mochila na sala e saí de casa, seguindo meu caminho a pé de todos os dias, para a escola. Gasto 15 minutos andando, mas gosto, porque assim vou apreciando a cidade e o bairro. Chegando na escola, entro e vou em busca de Carol, ou de Lucas e Carla, que sempre estão juntos. Andando pela escola, avisto Carol, saindo da sala de estudos.

— Achei você!

— Ia te encontrar perto da entrada, já.

— Estava fazendo o que?

— Uma atividade que esqueci de fazer. — ela mordeu o lábio, como se fosse pega fazendo alguma arte e eu balancei a cabeça, negando.

— Que coisa feia, Carolina.

— Ah, para, vai! — empurrou meu ombro com o seu. 

— Sabe por onde o Lucas com a Carla?

— Nem sei. Mas se achar um, acha o outro.

Andamos pelo corredor, indo para o pátio, para aproveitar os minutos restantes que tínhamos, antes de irmos para as aulas. Avistamos Lucas e Carla em um banco, dividindo lanche e conversando, como todo casal faz.

— Achamos vocês. — Carol disse, fazendo eles dois nos olharem.

— Ah! Oi, meninas. — Carla se virou para nós. — Servidas? — ofereceu e recusamos.

— Chegaram agora?

— Eu cheguei. — digo.

— Cheguei faz um tempo. Estava fazendo atividade, que esqueci de fazer.

— Também. Lucas me ajudou, com umas contas em matemática. — Carla disse, fechando seu caderno e guardando dentro da mochila.

— E como está as aulas com o professor de química, Babi? — Lucas me perguntou.

— De mal à pior. — brinquei. — Estou brincando. Está sendo bom até. Estou melhorando aos poucos.

— Que bom.

Dando o horário, nos despedimos e partimos para nossas salas. Entrando na minha, que era a de química, logo de primeira, fui até meu lugar e me sentei, vendo meu professor organizando sua mesa. Tirei meu material de dentro da mochila e esperei escrever no quadro, para copiar. Não demorou muito, para que já estivesse fazendo isso.

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 𝐁𝐀𝐁𝐀𝐂𝐀Where stories live. Discover now