31. Atrasada 📚

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A última vez que acordei atrasada para a aula de química, foi quando acordei absurdamente de ressaca e quase fiquei para fora da sala. E agora estou correndo pelo caminho da escola, porque acordei atrasada e para ajudar, meu celular está descarregando, por não ter colocado para carregar durante a noite, então não tenho mais noção de horário. Só sei que estou atrasada.

Entro correndo na escola, indo direto para dentro dela, para chegar o mais rápido possível na aula de química. Droga, não acredito que perdi o horário. Eu odiava me arrumar com pressa. Os corredores estão vazios, sem nenhuma pessoa e eu sou a única que corre para tentar chegar na aula a tempo. Bati na porta, antes de entrar e quando entrei, todos olharam pra mim, inclusive meu professor, que passava a matéria na lousa.

— Professor, eu...

— Está atrasada, Srta. Carter. — ele disse, soando rígido.

— Eu sei, mas...

— Mas nada. Saia e entre na próxima aula. — diz, voltando a escrever a matéria na lousa, como fazia antes.

— Mas, professor, eu... — tento arrumar alguma explicação válida, para não dizer que me atrasei, mas ele não deixa.

— Saia, Srta. Carter. Saia agora e apenas entre na segunda aula.

Grunhindo, me viro e saio da sala, xingando aquele babaca de tudo qual é forma. Canalha! Ele fez isso de propósito, só porque agora nossa relação é de total profissionalismo e certeza que me deixaria entrar, se ainda estivéssemos naquele acordo. Ele disse que deixaria eu tolerar cinco minutos de atraso, caso perdesse o horário e acontecesse de novo de eu me atrasar. Mas pelo jeito não fez com o que "prometeu" a mim, no dia em que passei o dia com ele.

Cara babaca, canalha! Que ódio!

Jogo minha mochila com raiva na mesa do pátio, irritada pelo o que fez. Olho no relógio do celular, que ainda tinha pouquíssima bateria e me irrito mais quando vejo que estou apenas cinco minutos atrasadas. E agora deu seis, pelo tempo que fiz caminhando até o pátio. Eu nem estava tão atrasada assim! Se não fosse por aquele babaca, eu não estaria agora aqui. Largo o celular, vendo que abaixou a bateria e decido perguntar se Carol ou Carla tinham algum carregador disponível para me emprestar.

Agora é ficar aqui e esperar a segunda aula. Eu mereço.

....

Bati na porta, dando o tempo de três segundos para entrar e vi meu professor sentado na sua cadeira, atrás da mesa, corrigindo alguma coisa que deve ter passado. Ele ergueu a cabeça, vendo que era eu que esperava sua permissão para entrar na aula e recebi seu olhar duro e rígido, aquele que lança para todos da escola, no qual passei a me irritar.

— Posso entrar, professor? — pergunto, tentando não soar sarcástica e fazer cara feia a ele, até que recebo seu aceno de cabeça.

— Entre. — permitiu, voltando a ter sua atenção só para aquelas folhas que passava a caneta.

Fui até meu lugar, tendo a sala inteira olhando pra mim, que estava de cara fechada, emburrada ainda pelo o que aconteceu. Professorzinho babaca. Retirei meu material de dentro da mochila, abrindo o caderno e pegando a caneta de dentro do estojo, para copiar o que tinha passado na lousa.

— Copie o quadro e depois venha pegar a atividade. — Victor falou comigo, me dizendo o que era para fazer, por ter perdido a primeira aula e não saber o que tinha para fazer.

Não respondi. Copiei o quadro em silêncio, escutando apenas os burburinhos das pessoas a minha volta conversando um com o outro.

....

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 𝐁𝐀𝐁𝐀𝐂𝐀Où les histoires vivent. Découvrez maintenant