04. Academia 📚

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- Carol, nem vem. Não quero ir em festa de novo. — falo ao telefone.

Fazia uns 10 minutos que ela estava me chamando para ir em uma festa com ela e faz 10 minutos que estou recusando. Desde quando eu cheguei em casa, bêbada e acordei de ressaca, não quero mais saber de ir em festas, para não ter perigo de acontecer isso de novo.

— Vamos, amiga! Vai ser legal.

- Chama outra pessoa.

— Mas eu quero você.

- Chama o Lucas com a Carla.

— Eles já vão sair juntos.

— Tá legal. Mas eu não vou.

— Mas é de aniversário!

- Para de mentir.

— Estou falando sério. Não é festa, balada. É de aniversário.

- Tá, e de quem é?

— Uma menina da minha sala me chamou. Chamou todos da sala, na verdade.

- Não sei porque não estou acreditando nisso. — digo desconfiada.

— É verdade. Eu juro. Não é baladinha. É festa, mesmo. De aniversário.

- E quantos anos essa menina vai fazer?

— 18. Então vai ser bem divertida.

- Mas eu nem conheço a menina pra ir no aniversário dela.

— Mas você é minha amiga. É da mesma escola. Qual o problema então?

- Você, tem amizade com ela, pelo menos?

— Um pouco.

Se uma coisa que definia Carol, era festeira. Essa menina, tem uma baita de uma empolgação, quando o assunto é festa. Desde a primeira vez que foi em uma festa de verdade, que foi com 16 anos, nunca mais parou de ir. E sabe qual é o pior de tudo? É que ela vai super bem nas provas. Eu também vou, mas ela é sortuda demais, por gostar de sair muito de casa.

Uma vez, tínhamos uma prova extremamente importante para fazer e sabe o que ela fez? Foi em uma festa com os primos, ficou até madrugada, voltou para casa meio bêbada, acordou no outro dia, fez a prova e ainda foi bem. Chamo isso de sorte, não de inteligência. Ela estudou, um tempo antes de ir para a aula. Mas a sorte dela, que era as duas últimas aulas.

Sorte ou muita, mas muita cagada?

Acho que os dois.

— Vai comigo? Por favor. Você é a única que vai me fazer companhia lá.

- Eu vou, mas com uma condição. — me rendo a ela, que comemora na outro lado da linha.

— Pode dizer.

- Que vai pagar um lanche pra mim na escola. Lanche completo.

— Fechado! — disse rápida.

- Tá. Que horas isso?

— Amanhã, apartir das oito da noite.

- Vem me buscar em casa?

— Sim.

- Tá bom, então.

— Obrigada, amiga. Te amo.

- Também te amo.

Depois de encerrarmos a ligação, olho para o horário no celular e percebo que daqui a pouco, vou ter que me arrumar para ir à academia com Carol. A menina tem um corpo sem defeitos e mesmo assim faz questão de enxergar. Ela nem ter gordura e mesmo assim enxerga e diz que tem e o que ela propõe? Para irmos na academia. Eu, como uma ótima amiga que sou, aceitei ir com ela, para queimar algumas calorias.

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 𝐁𝐀𝐁𝐀𝐂𝐀Where stories live. Discover now