32. Diferente 📚

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"Senti seu beijo molhado em meu pescoço, apenas adorando a sensação que era ter sua mão grande passeando pelo meu corpo, que sabe que é inteiro seu. Fechei os olhos, aproveitando de cada sensação que sentia, até que sua boca foi deslizando pelo meu pescoço, subindo e logo encontrando minha boca. Meu sutiã foi retirado devagar e sua mão apertou forte meu seio, me causando um arrepio bom e eu me agarrei a ele, querendo sentir mais do seu corpo.

— Você nem imagina o quanto espero por poder te tocar assim. — ele disse rouco, apertando um pouco meu seio, me arrancando um gemido."

Abro os olhos, me levantando imediatamente da cama, um pouco assustada e com a respiração acelerada, agradecendo por ser apenas um sonho. Encaro meu quarto, querendo me xingar de alguma forma, por ter tido esse tipo de sonho, com o babaca do meu professor. Grunho irritada, começando a ter milhares de pensamentos. Não acredito que acabei de sonhar com meu professor, no meio de uma coisa... Intensa.

Estou ficando louca.

Escondo meu rosto com as mãos, puxando minhas pernas para perto, brava e irritada comigo mesma por ter tido esse maldito sonho, que não era para acontecer. Meus pensamentos me atormentaram o dia inteiro ontem, por causa do modo que Victor estava agindo comigo, que não consegui entender o motivo daquilo. De repente, parou de ser grosso e ignorante comigo. Não entendi isso. Estou me sentindo confusa até agora, mas tento deixar o mais de lado possível. Estou brava com ele ainda, não posso me esquecer disso.

E não é hora de pensar em uma coisa que anda se despertando mais ainda dentro de mim.

Agora não, Bárbara.

Me obrigando a esquecer qualquer coisa que tenha relação ao meu professor ou sobre o sonho que acabei de ter, me levanto da cama, para ir tomar um banho e relaxar a mente e o corpo, que estava precisando. Tirei meu pijama, entrando no box e ligando o chuveiro em água morna, onde entrei debaixo da água que caía. Fechei os olhos, sentindo meu corpo relaxar por um momento, até que de novo aqueles pensamentos que queria afastar pelo resto do dia, voltam na mente.

Queria apenas esquecer o que aconteceu nessas últimas semanas. Apenas isso. Prometi para mim mesma que faria o possível e estou tentando, mas sempre que pode, esses pensamentos infiltram minha cabeça e não sei explicar o que sinto em relação ao que aconteceu. Sinto falta do acordo que tinha com Victor, porque gostava da sua companhia, apartir do momento em que mudou seu tratamento comigo e não posso discordar que queria que estivesse acontecendo essa relação errada e proibida entre nós ainda. Mas tenho que esquecer, porque agora, acho que não tem a menor chance de voltarmos a ter qualquer tipo de relacionamento, sem ser o profissional.

Penso isso todos os dias, o que me faz parar de pensar em qualquer possibilidade que existe dentro de mim, de voltarmos a ter o que tivemos. Encosto a testa no azulejo do banheiro, ainda de olhos fechados e abraço meu corpo, pensando aonde eu me meti. Odiava confessar que sentia falta daquele babaca. Estou me esforçando o máximo para esquecer de uma vez por todas nosso antigo acordo e seguir minha vida normalmente, assim como ele está seguindo a ele. Bem, pelo menos acho que está conseguindo fazer isso, como sempre agia depois de me beijar e pedir para esquecer.

Não sei ao certo no que pensar de tudo isso. Só me arrependo de ter concordado e deixado que continuasse me beijando, sem fazer nada para impedir, para no final sempre gostar e querer um pouco mais.

Eu só me meto em furadas.

....

O sinal toca, indicando que era hora da aula. Me despeço dos meus amigos, vendo cada um seguir para sua sala. Os alunos andam pelos corredores, alguns correm e como sei que não estou atrasada, ando tranquilamente até a aula de química. Não sei o que pensar da aula de hoje. Só espero que passe rápido. Entro com os demais alunos na sala de aula e cada um vai para seu lugar de costume, assim como eu. Retiro todo meu material da mochila e organizo na mesa.

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 𝐁𝐀𝐁𝐀𝐂𝐀Where stories live. Discover now