24. Vergonha 📚

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Fechei os olhos, tendo as lembranças boas da noite retrasada, quando estive na cama do meu professor. Não me lembrava de quase nada que tinha acontecido. O efeito do álcool foi meu pior inimigo, por eu não conseguir me lembrar de nada, de quase nenhuma das sensações que tive naquela noite. Consigo lembrar apenas da voz de Victor falando comigo, mas não consigo me lembrar de como foi nossa noite, que queria tanto saber como foi cada segundo que estive em sua cama, como foi a sensação, como foi tudo.

"Você é a mulher mais linda que já esteve na minha cama."

Escutei sua voz grossa e rouca dizendo pra mim, me fazendo gostar da sensação de me lembrar disso.

"Você não imagina o quanto é errado o que estamos fazendo." Ele disse e eu respondi: "Não vamos nos preocupar com isso agora. Só me beija." Dito isso, puxei ele contra mim e beijei sua boca.

"Mais rápido..." Eu gemi, pedindo para que entrasse dentro de mim mais rápido e me lembro de ter obedecido.

"Porra... Estou quase lá..." Ele gemeu, indicando que estava perto do seu orgasmo.

— Srta. Carter. — escutei alguém me chamar e reconheci a voz na mesma hora, mas não era fruto da minha lembrança da nossa noite. Abri os olhos, recebendo um choque de realidade e me endireito na carteira. — Pare de ficar dormindo durante a aula. — me repreendeu. — Se está com sono, saia da aula e vá dormir em outro lugar. — disse, de forma arrogante, me lançando um olhar duro e repreensivo.

— Ah, sim... — me ergo da carteira, endireitando o corpo por completo. — Desculpa, professor. Vou prestar atenção na aula.

— Como eu estava dizendo... — ele se virou para a aula, continuando de onde parou e eu comecei a copiar o que tinha passado na lousa.

Copio tudo com pressa, esquecendo o que estava pensando e relembrando, não tentando me envergonhar. Era constrangedor pensar essas coisas, sendo que eram lembranças e não pensamentos qualquer. Não posso pensar sobre o momento íntimo que eu e meu professor tivemos, o mesmo que está na minha frente explicando matéria, no meio da aula. Tenho que deixar isso para mais tarde. Terminando de copiar o quadro todo, ergo a cabeça e presto atenção no que o professor vai dizer.

— Quero que façam duplas e resolvam a atividade que vou passar na lousa. — o professor disse, se sentando na sua mesa, procurando por algum papel no meio de tantos.

— Pode trio? — alguém pergunta.

— Não. — Victor responde duro.

— Ah, qual é, professor? A gente se comporta. — a mesma pessoa que perguntou se podia fazer trio, voltou a falar.

— Não. É dupla. Nada de trios. Agora andem, formem as duplas. — mandou, se levantando na cadeira, pegando a caneta para escrever na lousa, passando a atividade para fazermos no quadro.

— Posso sentar com você? — uma menina falou ao meu lado, fazendo eu tirar a atenção do meu professor, para ver o que queria.

— Ah... Pode. Pode sim. — abro um sorriso amigável para a loira, que pega a sua carteira, que está próxima da minha e se coloca do meu lado.

— Bárbara, né? — ela confirma meu nome, me olhando com incerteza.

— Isso.

— Ok. Desculpa, sou péssima para gravar nomes. — ela riu, sendo simpática ao falar. Gostei dela. — Meu nome é Abby, caso não saiba ou não se lembra também.

— Prazer, Abby. — estendi a mão, fazendo um gesto engraçado, como se nunca tivesse visto ela na vida. Ela aceitou o cumprimento, rindo.

....

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 𝐁𝐀𝐁𝐀𝐂𝐀Where stories live. Discover now