Me ame como você ama.

66 6 0
                                    

Aviso de conteúdo sensível: Insinuações a sexo e cenas de sexo explícitas.

Você é a luz, você é a noite

Você é a cor do meu sangue

Você é a cura, você é a dor

Você é a única coisa que eu quero tocar

Nunca imaginei que significaria tanto, tanto...

Serena sentia a respiração quente de Flora em sua nuca enquanto aos poucos era invadida pelo alívio de poder respirar da forma que queria, já que os dedos finos e pálidos folgavam os nós do seu corset lentamente.
A ruiva não se aguentou, sentia tanta vontade de sentir aquela pele morena de novo que era como se sua boca formigasse e adormecesse, ela se rendeu e passou a distribuir beijos tão demorados quanto os seus gestos, na diversão de ver os pelos se eriçarem e pelo espelho encarar os olhos cor de mel antes deles se fecharem em surpresa, abrindo-se logo depois vagarosamente. Estavam geladas e encharcadas por causa do banho de chuva que haviam tomado juntas.

Flora sorriu mantendo o contato visual através do espelho e capturou seu lábio inferior com os dentes, mordendo-o, depois roçou a ponta do seu nariz pela orelha de Serena, escutou ela engolir a saliva nervosamente.
Tirou o corset da sua esposa, soltando ele no chão e levando suas mãos grandes a cintura fina bem acentuada, a morena logo fraquejou nos braços a ruiva, estava rendida pela sua mulher como sempre esteve.

— Eu senti tanto a sua falta. — Sussurrou e aquele tom de voz rouco da moça fazia Serena entrar em estado de afronesia. Flora se aproximou mais, rente ao ouvido. — Tanta falta de sentir seu corpo. — Lamentou no mesmo tom puxando o quadril da morena contra o seu.

O silêncio naquele lugar era ensurdecedor e torturante, pois dava para ouvir tudo ao mesmo tempo, o som dos dedos pálidos passando pelos cordões e os puxando, o som das gotas de água que escorriam pelo corpo pingando no chão, o som da língua se movendo dentro da boca, o som da respiração pesada, o som da voz se arrastando para falar... Tudo virava estímulo, a tensão era quase palpável.
Os corpos deveriam estar gélidos e trêmulos por causa da temperatura da água que ainda escorria neles, mas era o contrário, ferviam internamente sentindo a quentura se espalhar por cada músculo do corpo.

— Que eu tenho vontade de fazer tudo tão... — Passou a distribuir beijos pelo pescoço e sentiu a moça pender a cabeça para trás, deixando-o mais exposto, com sua respiração pesada e o frio na sua barriga. — Tão devagar, amor. — Lambeu a área lentamente como disse que ia fazer e ouviu o suspiro. — Só pra aproveitar cada pequeno pedaço do seu corpo.

Flora segurou o rosto da morena com uma mão só e virou ele para o lado, voltou a devorar os lábios carnudos sem pensar duas vezes em pedir a passagem de língua que foi cedida rapidamente por Serena, se beijavam em um ritmo tão bom, tão intenso, mas extremamente calmo e demorado. A ruiva estava a fim de provocar, de fazer a moça ferver, sentia tanta saudade que toda aproximação que tinham não parecia suficiente para ela.
Lambeu a língua de Serena de um jeito devasso que fez a morena ofegar perdida nas sensações e gemer ao sentir os dentes da sua amada mordiscarem seu lábio inferior e depois sugar ele de um jeito único.

— Eu me perco tão facilmente em você, Flora. — Serena disse arrastadamente virando finalmente de frente para a mulher e enfiando seus dedos entre os cabelos macios e ruivos, fazendo sua amada estremecer com o gelo dos seus anéis de ouro, sua outra mão foi diretamente para as costas, onde puxava as cordas aleatoriamente sem visualizá-las, tentando fazer a moça se livrar também do corset.

Cartas para Flora - Lésbico. (CONCLUÍDO)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt