Cartas para Flora - Lésbico. (CONCLUÍDO)

Flutua.

Aviso de conteúdo sensível: Insinuações a sexo e cenas de sexo explícitas.

Por meio desse capítulo dou início a jornada louca, quente e arriscada de Florena.

A música usada no capítulo foi a Flutua do Johnny Hoocker... Ela foi uma descoberta pra mim e não consegui imaginar outra no lugar.

Mudei apenas o verso que falava "dois homens" para "duas mulheres" , na intenção de que se encaixasse mais e ficasse agradável de ler.

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Sentadas debaixo da enorme árvore que dava sombra, Flora tinha as costas encostadas no tronco de madeira e Serena encostada em seu busto, a morena estava no meio das pernas da ruiva com seus corpos extremamente colados.

Não tinham passado de beijos e trocas de carícias, pois chegaram a ouvir um barulho no meio da plantação de trigo e se assustaram pensando ser alguém, apesar de Serena saber que ninguém visitava aquele lugar. É instintivo parar imediatamente quando se está fazendo algo de errado.

Decidiram se separar e tentar fazer outra coisa para curtirem o tempo... Já teriam comido o banquete que Serena havia preparado com todo o carinho e agora descansavam juntas conversando sobre planos impossíveis e coisas banais, que não iriam mudar nada em suas vidas, mas se apegar a algo irreal às vezes pode nos dar vontade de viver, só é necessário ter a dosagem certa e saber bem onde parar.

Mas é legal não se levar tão a sério e achar que o céu não é o limite.

— E como você seria no futuro? — Serena perguntou pensando já na sua resposta. — Não daqui a vinte anos, mas daqui a setenta, oitenta, ou até noventa... Como você seria se fosse jovem nessa época? Existe algo que gostaria de fazer? — Estava tentando conhecer mais sobre as vontades de Flora.

— Hum... — Pensou buscando na mente. — Diga-me como você se vê enquanto eu penso na minha resposta. — Sugeriu animada.

— Serei bem sonhadora, em. — Avisou gargalhando. — Eu teria um carro. — Disse de forma empolgada.

— Um carro? — Flora perguntou surpresa, entrando na empolgação da morena.

— Sim! — Respondeu sorridente. — Mas seria eu quem iria dirigi-lo, imagina essa situação.

— Você ficaria linda dirigindo um carro. — A ruiva estava boba pelo jeito em que a companheira falava.

— Não é!? — Questionou convencida. — Eu seria muito bem sucedida pra não depender de ninguém, iria conquistar tudo sozinha. Seria muito bela também, teria minha própria formação no colégio ou até em algo superior. Eu teria um trabalho de verdade. — Sorriu. — Agora diga-me você.

— Acho que eu só queria ter mais coragem, eu seria uma mulher mais corajosa... Como você. — Elogiou dando um beijo na bochecha da morena. — E essa coragem eu usaria para fazer absolutamente tudo. Não me importaria com o dinheiro, contanto que eu fosse feliz. — Disse de forma esperançosa.

— E em relação a trabalho? Você iria querer trabalhar? — Perguntou Serena, já que as mulheres nasciam para serem donas de casa e somente.

— Nós poderiamos fazer o que os homens fazem, não é? — Questionou. — Você citou sobre o colégio...

— É claro, é um mundo perfeito. — A morena gargalhou.

— Então eu seguiria meu coração, faria algo que gostasse... Talvez eu escrevesse, eu adoro escrever cartas para você. — Revelou pensativa. — E eu adoro paisagens e eu adoro momentos, acredito que a fotografia vai estar mais avançada, não é? Enfim... É um mundo perfeito e eu posso fazer o que eu quiser. — Gargalhou usando a frase de Serena. — Eu adoraria receber dinheiro tirando fotografias.