Cinturão de Orion.

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Aviso de conteúdo sensível: Insinuações a sexo e cenas de sexo explícitas.

A música usada no capítulo foi a Orion's belt da Sabrina Cláudio.
E como sempre, mudei os pronomes masculinos, para os femininos na intenção de que fique mais confortável de ler e a música se encaixe melhor na cena.

Divirtam-se. Um beijo! 💙

— Vamos, vamos. — Serena corria na frente pelo caminho de terra enquanto era seguida pela ruiva que gargalhava.

— Para onde está me levando? O rio é para o outro lado. — Estranhou percebendo que a morena ao invés de virar para o lado esquerdo, foi para o direito, entrando em outro caminho de terra mais estreito e difícil.

Já havia achado o primeiro lugar que Serena a levou com um caminho complicado, esse era pior, chegaram a um ponto em que não tinha mais rastros no chão e estavam cercadas por árvores iguais, o mato subia até os joelhos e era necessário calcular bem onde se pisava para que não tocassem em um lugar perigoso.

— Eu me pergunto como você acha esses lugares. — Flora falou ofegante, atenta em seguir a morena.

— Anos de prática, minha querida Flora. — Ela sorriu olhando para trás.

Já tinha gotículas de suor na lateral do seu rosto e nuca, o sol estava quente como sempre e fazendo o esforço físico em que faziam, a temperatura subia ainda mais. Serena agarrou sua blusa que dessa vez tinha um tecido mais grosso e a arrancou, ficando apenas com uma espécie de sutiã branco, era um tecido fino, não tinha bojo, realmente só servia para segurar os seios.

— Meu Deus, Serena, o que está fazendo? — A ruiva perguntou assustada. — Vista-se, se alguém lhe ver assim... — Era a primeira em que Flora tinha uma visão dos seios avantajados daquela forma, fazia de tudo para não dar atenção a eles.

Serena gargalhou em diversão recuando seus passos e esperando que a ruiva a acompanhasse.

— Se acalme, ninguém nos verá. Pare de ser tão medrosa. — Agarrou a mão pálida e começou a puxá-la fazendo com que ela andasse mais rápido. — Vamos, não podemos perder tempo.

Com a mão livre Serena ergueu sua saia longa e começou a correr junto com sua amada, as árvores foram se espaçando cada vez mais e então Flora finalmente teve a visão de tudo o que a morena queria mostrar, era como uma pintura de quadro.

Um caminho largo de terra com terrenos vazios aos lados e no final dele uma pequena e única casa, simples, no meio do nada. À medida em que se aproximavam eram mais nítidos os detalhes, era uma típica casa de roça, toda telhada em vermelho, suas paredes eram cobertas por uma tinta amarela já desgastada, tinha uma porta de madeira velha e uma janela na frente. Parecia mais algo que tivera sido abandonado por alguém, por muito tempo, tanto que algumas plantas subiam pela parede. Mas mesmo assim, não perdia o seu encanto.

A casa tinha a sua volta um cercado de madeira e uma porteira que "protegia" ela, na entrada a grama começava a nascer junto com alguns montinhos que pareciam ser de flores e nos fundos parecia ter árvores com frutos.

— Surpresa. — Serena sorriu enquanto fechava a porteira do local, parou com as duas mãos na cintura e ficou como Flora, observando o lugar.

— Isso é de fato muito bonito, mas não é arriscado? — Olhou para a morena atrás de si.

— Eu venho aqui já fazem anos, também não vem ninguém além de mim, acho que deu para perceber. — Os olhos passearam por todo o perímetro, estava tudo vazio, apenas árvores longes que cercavam a casa abandonada. — Até chamo de minha.

Cartas para Flora - Lésbico. (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now