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Pierre

Ver a Anna, minha mulher, a pessoa que eu mais amo nessa porra de vida toda estourada e sem roupas, presa pelos braços como se fosse um bicho me quebrou inteiramente.

A sensação que tenho é que pegaram meu coração, arrancaram de dentro de mim, esmagaram e atearam fogo.

É uma sensação de invalidez, uma sensação de que o mundo não existe mais pra mim, eu coloquei ela nesse mundo de merda e agora ela quase morreu e pode ter perdido nosso filho.

Fecho os olhos e respiro fundo lembrando da porra do vídeo que aquele desgraçado me mandou e o que mais tá fodendo minha mente é que eu não pude fazer nada naquela hora pra evitar que nem um fio de cabelo dela tivesse sido tocado.

O filho da puta ia queimar ela viva, tem noção disso? E se eu não tivesse chegado a tempo?

A imagem dela encharcada de gasolina martela na minha cabeça e uma vontade imensa de pegar essa arma e apontar pra minha cabeça e acabar com tudo, eu nunca vou me perdoar por ter colocado minha mulher e meu filho nessa situação.

Ando em direção ao cuzão do Antônio que está amarrado numa árvore, dou uma olhada para ambulância onde a Anna foi colocada e me certifico de que ela não verá nada do que vou fazer aqui, não quero mais uma imagem horrível pesando na mente dela.

Pierre: Tu vai se arrepender até seu último fio de cabelo por ter feito isso com a minha mulher e meu filho! Covarde do caralho. — Grito e aponto o fuzil em sua direção e ele tenta me olhar mas é quase impossível, seus dois olhos estão inchados pois meus homens espancaram ele antes deu terminar o serviço.

Antônio: E-eu ia fazer um favor pra ela, viver com um merdinha que nem você é melhor morrer! — O cuzao mal consegue falar e cospe sangue na grama. — Eu devia ter provado daquela buceta gostosa enquanto tive tempo, igual fiz com a mãe dela.

Minhas pupilas se dilatam e abro as narinas respirando todo o ar que eu consigo, olho para o JP que já me observava.

Pierre: Tira a roupa dele. — Volto meu olhar pro filho da puta a minha frente e seu sorrisinho debochado se desfaz na merma hora. — Tu sabe o que acontece com safado, an? — Agora é a minha vez de abrir o sorriso mais diabólico que tenho, vejo seus olhos se arregalando e ele se debate quando o JP começa a tirar suas roupas.

JP: Se tu se debater é pior, jack do caralho! — Ele tira sua cueca por último e da um soco bem certeiro em seu nariz antes de se afastar, jorrando sangue por todo seu peitoral despido. — Isso é só o começo, comédia.

Dou uma risada seca e olho seu corpo nojento de cima a baixo, papo de que nem o diabo vai receber esse filho da puta lá no inferno.

Pierre: Vira ele de bruços, Biel. — Peço para o meu outro vapor e ele balança a cabeça em positivo se aproximando rapidamente do homem, que se debate ainda mais. — Pode se debater, pedir por ajuda, chamar a mamãe...tu tá ciente do teu fim e sabe que mexeu com a pessoa errada.

Biel é alto e bem gordo, então segura o cara pelo pescoço e o vira de bruços como eu pedi, voltando a prender suas mãos na árvore.

Faço um sinal com a cabeça para o branquinho e ele vem até mim me entregando um barra de ferro, grande e grossa.

Pierre: Já que tu gosta de violar o corpo de mulheres, tenho certeza que vai gostar disso daqui. — Pego um amontoado de graveto seco que estava ali e faço tipo uma fogueira, jogo um pouco de gasolina do meu galão e uso o isqueiro para acender.

Vejo a chama ficar cada vez mais forte e coloco metade da barra de ferro ali, deixando-a por um tempo até ficar no ponto que eu quero.

Vejo que de cinza ficou avermelhada, quente como o inferno.

Vermelho Fogo [M] Where stories live. Discover now