61.

2.9K 124 4
                                    

Pierre

Já chego puto naquela porra querendo explodir tudo, quero um bom motivo pra eu não matar esses dois aqui mermo.

Pierre: Qual que é a tua, sua filha da puta do caralho? — Abro a porta do passageiro onde ela tá e pego a mesma pelo cabelo, puxando seu couro cabeludo sem dó, ela choraminga e me olha.

Raquel: Eu só queria falar com a minha filha!!

Pierre: Falar com ela seguindo a garota feita uma louca porra? Se acontece um acidente caralho? —Grito e solto ela no meio da calçada enquanto o homem que estava com ela não dá um pio, só permanece de cabeça baixa.

Raquel: Eu tenho direito, ela é minha filha! — Dou uma gargalhada sem um pingo de humor.

Pierre: Tu da de sacanagem? Tu perdeu seu direito há muito tempo filha, o jeito que tratava a Anna feito um bicho dentro de casa...e quer vir com papinho de direito?

Raquel: Você chegou agora na vida dela e acha que sabe das coisas? Eu fiquei sabendo que vou ser avó, quero poder fazer parte da vida do meu neto!

Pierre: Se depender de mim você NUNCA vai fazer parte da vida daquele criança inocente que nem nasceu ainda! — Falo entredentes me abaixando pra falar com ela. — Quero que minha mulher tenha uma vida digna e tranquila, com você rodeando igual mosca no boi tá longe de ser tranquila.

Ela abre e fecha a boca várias vezes mas não permito com que fale.

Pierre: Você é um lixo de ser humano, Raquel. Mesmo sabendo que a Anna tava grávida você seguiu a garota, ela me ligou desesperada sua vadia do caralho... — Seguro de novo em seu cabelo com força. — Se a Anna tivesse com um arranhão, eu te matava aqui mermo...os dois! — Ela grunhe de dor e eu aperto mais os fios na mão.

Peço pra ficarem de olho neles e vou em direção ao carro da Anna, Preto tá do lado de fora acalmando ela.

Pierre: Vida? — Chamo e ela me olha, com os olhos inchados de tanto choro, travo o maxilar na hora. — Tu tá machucada Anna?

Anna: Não amor, eu tô assustada... — Ela esconde o rosto entre as mãos e chora mais. — Que merda tá acontecendo Pierre?

Pierre: A desculpa dela foi que queria falar contigo, que soube da tua gravidez e que tem direito de fazer parte da vida do neto. — Respiro fundo enojado com essa situação. — Eu não vou fazer nada que tu não queira Anna, mas eu não vou concordar se você achar que essa mulher pode voltar pra tua vida e fazer parte da vida do nosso filho.

Ela me olha com lágrimas nos olhos e balança a cabeça, negando.

Anna: Pierre, essa mulher só me fez mal a vida toda! Como você consegue pensar que eu iria permitir isso? — Passa a mão nos olhos. — Eu não confio nela, eu não quero ela perto de mim e muito menos dessa criança...só a presença dela me machuca, por favor tira ela daqui...some...some por favor, por favor.

Ela começa a repetir palavras desconexas e seu corpo começa a se tremer inteiro, ela chora compulsivamente e sei que tá tendo uma crise.

Pierre: Anna! — Seguro no seu rosto a fazendo olhar pra mim, porém ela permanece com os olhos fechados e tremendo muito. — Puta merda! Preto, some com esses dois filhos da puta, eu preciso levar ela no hospital...não posso largar ela aqui pra dar um jeito neles, por mais que eu queira muito minha mulher precisa de mim.

Preto: Vai lá Pierre, a gente cuida de tudo. — Pego a Anna no colo e coloco ela sentada no banco da frente do passageiro, corro até o motorista e dou partida no carro indo em direção ao hospital.

Ligo para a doutora que tá acompanhando a Anna e explico a situação, graças a Deus ela tá no plantão.

Chego rapidamente no hospital e a doutora já está na porta nos esperando, saio do carro e pego a Anna no colo.

Dra.Clarisse: Coloca ela aqui na maca Pierre! — Coloco ela na maca rapidamente e eles vão levando ela pra algum lugar, e eu sigo junto. — Pierre, você precisa aguardar aqui desse lado, eu vou cuidar dela só preciso fazer os exames necessários.

Pierre: Doutora pelo amor de Deus, por tudo que é mais sagrado cuida da minha mulher. — Ela afaga meu ombro e entra na sala onde levaram a Anna, desabo na cadeira atrás de mim e respiro fundo. Não posso surtar agora.

15 minutos se passaram e eu tô andando de um lado pro outro igual um maluco.

Dra.Clarisse: Pierre? — Ouço a doutora me chamar e vou em direção a ela. — A Anna e o bebê estão bem, fiz um ultrassom e está tudo ok...foi só um susto do momento, e a Anna teve uma crise de ansiedade.

Pierre: Posso entrar pra ver ela? — Ela diz que sim e saio correndo em direção a sala, abro a porta e vejo a imagem da minha linda mulher acariciando sua barriga. — Oi amor...

Anna: Oi meu bem... — Ela me olha e me chama com a mão, vou até ela e beijo sua testa. — Estamos bem agora.

Pierre: Graças a Deus, eu colocaria essa cidade de pernas pro ar se algo acontecesse com vocês dois. — Ela da uma risada fraca e beija minha mão.

Anna: Eu tô com tanto medo, será que ela voltou pra ficar? — Suspira longamente.

Pierre: Se depender de mim e dos cara não, dentro da minha favela essa desgraçada não pisa os pés... — Faço carinho na sua barriga durinha. — Eu já devia ter feito isso antes, mas agora quando tu for sair do vidigal vou pedir pra ir três cara da contenção pra fazer tua segurança. — Ela me olha com os olhinhos de boneca dela. — Não vou deixar tu rodar por aí sem ninguém, se acontecer alguma coisa eu nunca vou me perdoar.

Anna: Tudo bem amor, acho até melhor assim...eu te amo tanto, obrigada por mover céus e terra por mim e nosso filhotinho. — Dou uma risada fraca e beijo seus lábios rapidamente.

Pierre: Tudo por vocês sempre, eu te amo garota. — Ela sorri e aconchega na cama de hospital.

Anna: Espero que a doutora me libere, quero passar a noite aqui não.

Pierre: Vou chamar ela. — Aperto o botão ao lado que leva um aviso até os médicos e logo ela entra no quarto.

Dra.Clarisse: Como está agora Anna?

Anna: Bem melhor doutora, posso ir embora? — A doutora da risada.

Dra.Clarisse: Pode sim, não foi nada grave então não tem necessidade de você passar a noite aqui. — A Anna junta as mãos e agradece a Deus.

Anna: Obrigada doutora. — Elas conversam mais algumas coisas e a doutora se despede da gente.

Pierre: Vamo pra casa?

Anna: Sim, só quero um banho e um sono descente...ainda tô de biquíni, inaceitável. — Pego na mão dela e saímos do quarto indo em direção a saída do hospital, destravo o carro e espero ela entrar primeiro, dou partida e seguimos para casa.

Pierre: Ae amor, eu sei que o dia foi longo e cheio de surpresas... — Ela olha pra mim desconfiada. — Mas de manhã nem deu pra nois transar porque o Matheus me ligou, será que daria pra gente dar umazinha antes de tu dormir? — Ela da risada. — Tô com as bola doendo pô, preciso gozar.

Anna: Também tô cheia de tesão vida, ia sugerir isso mesmo quando chegássemos em casa... — Ela passa a mão por cima do meu pau coberto pela bermuda e aperta de leve. — Gostoso.

Pierre: Faz isso não safada, senão te boto pra sentar aqui mermo. — Ela ri e beija meu pescoço.

Uso isso de estímulo e acelero o carro um pouco mais pra poder chegar em casa logo.

Louco pra transar com a minha mulher pô, se alguém atrapalhar dessa vez eu meto bala, papo reto.

Vermelho Fogo [M] Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon