44.

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Anna

Pierre chegou com meu pão de queijo e meu suquinho e debulhei tudo, tava aguada pra comer isso.

Anna: Tô entediada amor, queria fazer alguma coisa... — Termino de tomar meu suco e observo o homem sentado na minha frente no sofá massageando meus pés.

Pierre: Falei com o Ronald pra ele vir ficar contigo um pouco, hoje preciso ir lá pra boca e tô sem hora pra voltar. — Fico feliz de ouvir aquilo mas uma parte de mim se entristece por ele ficar nos b.o dele sem hora de voltar pra casa.

Anna: Tá bom, vou sentir sua falta. — Ele sorri e se estica pra me dar um selinho.

Pierre: Vou tentar agilizar o trampo lá pra vir mais cedo, mas não é garantia. — Aceno com a cabeça e deito no apoio do sofá, fechando os olhos. — Tá com sono né? Dormiu nada.

Anna: A beça, minha cabeça tá até doendo. Da pra você tirar um cochilo comigo antes de ir? — Falo manhosa e ele da risada.

Pierre: Claro pô, sou dono e neguin não é maluco de achar ruim eu dormir um pouco com a minha mulher. — Sorrio e ele se levanta pra ir pegar uma manta no quarto e trazer pra gente.

Ele se aconchega atrás de mim na famosa conchinha e cobre a gente, me dando um beijo na nuca.

Pierre: Te amo garota. — Diz em um sussurro.

Anna: Eu te amo, amor. — Ele me abraça apertado e usa umas das mãos para espalmar minha barriga, ele adora fazer carinho ali.

Poucos minutos em silêncio e eu acabo pego num sono pesado.

Horas depois acordo e vejo que o Pierre não está mais comigo ali no sofá, já deve ter saído pra boca.

Me levanto com cuidado e me espreguiço, indo direto na cozinha caçar alguma coisa pra comer, tô sentindo fome a beça.

Vejo que tem uma lasanha no forno e um bilhete, pego o papel e leio:

"Fala minha princesa, deixei essa lasanha no jeito pra tu comer...não fui eu que fiz, pulei ali no restaurante e comprei.
Se tiver fria esquenta no microondas, levei dona Jô pra casa de uma amiga, qualquer b.o me liga que eu vou correndo até você.
Teu amigo logo tá aí pra te fazer companhia, te amo magrela."

Sorrio com o bilhete e mando uma mensagem pra ele agradecendo, pego prato e talher e me sirvo com a lasanha...tá quentinha ainda.

Como dois pedaços generosos da massa e bebo um copão de coca, me sentindo satisfeita por hora.

Decido tomar um banho mas lembro que o Pierre na correria de me acudir do desmaio deixou minha mala na garagem.

Vou até lá e pego a mala, ele vai me matar quando souber que subi essa escada sozinha com esse peso, mas no momento não tem o que fazer.

Conto até dez e vou puxando a mala escada acima até o quarto dele, chego no cômodo zonza de tudo, de novo essa vertigem insuportável.

Deixo a mala do lado da porta e me sento um pouco na cama, sentindo uma ânsia de vômito incomum.

Não devia ter exagerado na comida, burra do caralho.

Pego uma garrafa de água no frigobar do Pierre e bebo o líquido em goles pequenos e respirando fundo, eu odeio vomitar e só de pensar nisso meu corpo todo se arrepia.

Dou um dez e me sinto melhor, coloco a mala em cima da cama e abro ela, caçando uma roupa pra eu vestir depois do banho.

Pego um macaquinho preto de manga curta e tá ótimo pra ficar em casa, quando o Rô chegar vou pedir pra ele me ajudar a guardar essas coisas na minha parte do guarda roupa.

E sim, o Pierre separou um lado do guarda roupa pra mim, próximo passo é a gente casar.

Ele jurou que era bandido mau mas olha isso, é o meu maior gado.

Vermelho Fogo [M] Where stories live. Discover now