59.

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Anna

Como o Pierre saiu de casa cedo e provavelmente vai voltar depois do almoço, decidi preparar uma comidinha caseira pra ele.

Dona Jô foi visitar uma amiga é só volta a noite, então ficou por minha conta.

Decido fazer um strogonoff de frango, já cortei as tirinhas, cebola, alho e mais alguns temperos e coloquei para dar uma fritadinha antes de adicionar o molho de tomate e creme de leite.

Faço um arroz branco rapidinho e percebo que não tem batata palha, depois de cozinhado o frango e o arroz eu decido dar um pulinho rápido no mercadinho.

Só coloco um chinelo no pé e saio de casa, estou vestindo um macaquinho curto branco que deixa super marcado minha barriga.

Passo em frente a boca do Pierre e o Preto está lá na frente com a Íris, sorrio e vou de encontro a eles.

Anna: Íris! Quanto tempo cara, tu sumiu. — Ela sorri e me abraça, olhando minha barriga.

Íris: Como você tá linda! Posso passar a mão? — Faço que sim com a cabeça e ela acaricia minha barriga com carinho. — Deve tá super ansiosa né?

Anna: Nem me fale! — Demos risada e o Preto aparece do meu lado. — Oi Matheus.

Preto: Falsa a beça tu hein, tô aqui do teu lado e tu só fala com a Íris.

Anna: Um homem desse tamanho cheio de drama, eu já ia falar com você! — Dou risada e ele finge secar uma lágrima dos olhos.

Preto: Tu tá barriguda hein? Maior jabulani cara. — Estapeio seu peitoral. — Qual foi maluca?

Anna: Não respeita nem grávida mais cara, tu é brincalhão. — Mostro a língua pra ele que ri. — Tô indo ali no mercadinho, qualquer dia passa lá em casa Íris.

Íris: Pode deixar Anninha, se cuida viu. — Dou um beijo na bochecha dela e aceno um tchau pro Preto, indo até o mercadinho.

Chegando lá vou direto atrás da batata palha e pego logo dois sacos, Pierre como igual um boi e eu também tô indo pelo mesmo caminho.

Decido ir até onde vende sobremesa e pego um potinho com mousse de maracujá pra mim, já que o Pierre não curte muito doce.

Coloco as coisas numa cestinha e aproveito pra pegar uma coca cola, confiro se tá tudo ali e vou para o caixa.

No meio do caminho acabo tendo o desprazer de encontrar a vagabunda da Carine, mas quando ela me vê abaixa a cabeça na mesma hora. Acho que a surra foi bem dada, vendo as pernas dela completamente roxas.

Ignoro e coloco as compras no caixa, a moça passa tudo e me fala o preço, aproximo o cartão da maquininha e ela me ajuda a colocar as coisas numa sacola.

Agradeço e saio do mercadinho, quando começo a andar pela calçada uma moto para do meu lado, quando olho vejo o Pierre sorrindo.

Pierre: Já tá na rua maluca? — Ele ri e eu também.

Anna: Vim comprar batata palha amor, fiz strogonoff pra gente almoçar. — Ele passa a mão na barriga insinuando a fome.

Pierre: Tô com a maior fome mermo, passa essas sacolas pra cá e sobe na garupa. — Entrego as sacolas pra ele e subo com cuidado na garupa, segurando em sua cintura. — Tu viu a Íris?

Anna: Sim amor, chamei ela pra ir lá qualquer dia. — Ele balança a cabeça e sai com a moto em direção a casa.

Ele me ajuda a descer da moto e entramos juntos, ele coloca as sacolas na bancada da cozinha e me olha.

Pierre: Fiz um bagulho.

Anna: Fez o que? — Olho pra ele desconfiada.

Pierre: Outra tattoo. — Ele levanta a regata e me mostra a nova tatuagem em sua costela direita, os batimentos cardíacos do nosso filho.

Anna: Pierre... — Me aproximo para ver de perto e a emoção toma conta de mim. — Que coisa mais linda amor...

Pierre: Ficou dahora né? — Beija meus lábios com carinho. — Agora tenho os amores da minha vida grudados não só no coração como na minha pele também. — Sorrio e abraço ele, beijando seu pescoço.

Anna: Eu te amo tanto que não cabe no peito.

Pierre: Eu também te amo branquela, pra caralho pô. — A barriga dele ronca quebrando o clima. — Acho que também tô grávido, papo reto.

Anna: Então vamos alimentar essas crianças logo. — Coloco as panelas ainda quentes em cima da mesa, um prato pra cada junto com talheres, copos, o refrigerante e o saquinho de batata palha.

Sirvo o prato dele com bastante comida que me agradece, e logo sirvo o meu, comendo em seguida.

Pierre: Tá bom pra caralho hein, delicia de comida. — Sorrio concordando.

Anna: Tá bom mesmo. — Limpo a boca com um guardanapo e bebo um gole de coca. — Não sabe quem eu vi no mercadinho.

Pierre: Quem? — Ele para de comer e me observa.

Anna: A Carine. — Ele fecha a cara e vejo o maxilar dele se travar. — Mas ela não fez nada amor, na hora que me viu abaixou a cabeça...a surra que ela tomou fez efeito, tá com as pernas toda roxa.

Pierre: Ainda bem que ela não mexeu com tu, já tô com o gatilho pronto pra qualquer gracinha. — Ele volta a comer enquanto fala comigo. — Pedi pro Preto da um trato nela e nas amiga.

Anna: Tu trocou de número?

Pierre: Peguei outro chip, aproveitei que tava pela pista e fui numa loja ali. — Balanço a cabeça e termino de comer, afastando o prato. — Eu lavo a louça, fica suave aí na sala descansando.

Anna: Obrigada amor. — Ele sorri e me beija, me levanto da mesa e vou em direção ao sofá, me sento confortável e ligo a tv em um canal qualquer. — Vida, pega meu mousse de maracujá aí na sacola por favor.

Pierre me entrega e eu agradeço, começo a comer o doce.

Anna: Vou pra praia com o Rô daqui a pouco, tu quer ir? — Falo mais alto pra ele ouvir lá da cozinha.

Pierre: Posso pegar muito sol não, tô com tatuagem nova esqueceu? — Me dou conta sorrindo sem graça. — Mas vai lá pô, vou ficar um pouco aqui em casa e depois vou voltar pra boca com os mlk. Só toma cuidado, vai de carro?

Anna: Sim, vou buscar o Rô lá no prédio dele. — Ele confirma com a cabeça e continua lavando a louça.

Decido subir pra tomar um banho rápido e vestir um biquíni, escolho um branco simples e uma saia de praia da mesma cor.

Passo bastante protetor principalmente na barriga e coloco algumas coisas básicas mas importantes na minha bolsinha de praia, confiro tudo e volto pra sala.

Anna: Tô indo lá amor. — Ele se aproxima de mim secando as mãos e me beija com carinho, acariciando minha barriga.

Pierre: Vão com cuidado, viu? Qualquer coisa me liga...

Anna: Pode deixar, logo logo nós voltamos papai. — Ele sorri e me dá outro beijo, pego a chave do carro e vou em direção a porta e destravo, entro e dou partida indo para o prédio do Rô.

Vermelho Fogo [M] Where stories live. Discover now