Vermelho Fogo [M]

67.

Pierre

Tô batendo o maior papo com o Matheus mas de vez em quando olho pra Anna e sorrio, essa mulher fica cada vez mais linda, puta merda.

Sou o homem mais sortudo desse mundo por ter ela comigo, papo reto.

Como uma conexão maluca que só a gente tem, ela olha pra mim e sorri, fala alguma coisa com a Íris e vem em minha direção.

Anna: Tu fica me olhando igual um psicopata, quem não te conhece até pensa que quer me sequestrar. — Dou risada e puxo a cintura dela pra mim.

Pierre: Só tô admirando a mulher que eu tenho pô, linda pra caralho. — Ela sorri tímida e dou um selinho rápido em seus lábios. — Comeu?

Anna: A beça amor, tô cheia agora...tu comeu? — Balanço a cabeça em positivo e mostro a garrafa de cerveja na minha mão. — Mais bebeu do que comeu né? Se tu der pt eu te largo aqui.

Pierre: Respeita bandido, nunca dei pt ô malucona. — Ela franze o nariz e belisca minha barriga. — Mania sua ficar me beliscando cara.

Anna: É gostoso de beliscar, chatinho. — Ela revira os olhos e me beija novamente. — Rô tá vindo, acho que já tá na hora...

Observo o amigo da Anna vindo em nossa direção e sinto meu coração gelar, acho que agora vai ser a hora da revelação.

Rô: Vamos lá pombinhos? Tá na hora de saber se é baby boy ou baby girl. — Ele sorri e chama a gente com a mão. — Vou explicar como vai funcionar, mas antes vamos ali pra frente do mirante.

Seguimos ele até à frente do mirante, olhando lá pra baixo da pra ver meu rio de janeiro todo iluminado...independente de como vai ser, vai ser foda pra caralho.

Rô: Vai ser da seguinte maneira: Vamos fazer uma contagem regressiva de 10 a 1, e quando chegar no 1 muitas luzes e fumaças vão aparecer ali. — Ele aponta a nossa frente depois do guarda corpo, onde da pra ver toda a paisagem linda e iluminada. — O pessoal encarregado tá tudo ali em baixo só esperando pra soltar as cores.

Anna: Eu vou ter um treco. — A Anna aperta minha mão e eu sorrio dando um beijo casto no topo de sua cabeça.

Pierre: Tô aqui contigo, minha gata. — Ela olha pra mim sorrindo com os olhos marejados. — Eu te amo.

Anna: Eu te amo.

Ronald pede pra que parem a música por um instante e todos os convidados começam a ir para próximo da gente, estamos eu e ela de frente ao guarda corpo só esperando o momento da revelação.

Rô: CONTAGEM REGRESSIVA. — Ele grita e o cronômetro do telão começa a contar.

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1!

No momento em que o número 1 é falado, várias luzes e fumaças começam a aparecer na nossa frente.

AZUL, É UM MENINO PORRA!

A Anna começa a pular e chorar e eu seguro ela pelo quadril a levantando até no alto e girando com ela no meu colo, ela da risada e abaixa a cabeça para me beijar. Quando vejo também estou chorando pra caralho.

Pierre: NOSSO MENINÃO CARALHO!!! MEU CRIA DA FAVELA. — Grito alto pra todo mundo ouvir e ela me abraça mais forte, coloco ela no chão e ela me dá vários selinhos no lábio.

Anna: Nosso menino amor, nosso meninão... — Ela sussurra entre meu lábios e sinto o gosto das nossas lágrimas se misturando, seguro o rosto dela e distribuo beijos por toda sua face.

Ela se vira novamente para o mirante de costas para mim e aproveito para fazer o que estava esperando a muito tempo.

Pego a caixinha com as alianças do bolso da minha bermuda e abro ela, me ajoelho e todo mundo começa a gritar muito mais quando percebe o que aquilo significa.

A Anna se vira novamente em minha direção e me olha sem entender, e quando se dá conta começa a chorar igual uma criança.

Anna: Pierre... — Ela coloca as mãos na boca soluçando de chorar.

Pierre: Quer casar comigo, minha patroa? — Estico a caixinha com as alianças para ela ver e sorrio, sentindo meus olhos marejarem. — Eu te amo mais que tudo nessa vida, já sou completão pra caralho com você e agora nosso filhão...Casa comigo?

Anna: É CLARO QUE EU CASO! — Ela diz alto e todo mundo a nossa volta comemora, fico de pé a sua frente e beijo sua testa, logo sussurrando em seu ouvido.

Pierre: Se tu me dissesse não eu ia te sequestrar e te manter em cativeiro até você aceitar. — Ela gargalha e me dá um tapinha no peito.

Anna: Não ia precisar de tanto, eu sou apaixonada por você Pierre. Quero passar o resto dos meus dias ao seu lado, nossa família... — Ela sorri em lágrimas e eu pego sua mão esquerda e coloco o anel de noivado em seu dedo, e a aliança na mão direita.
Ela faz o mesmo comigo colocando as alianças em mim.

Pierre: Agora não tem mais escapatória branquela, tu é 100% minha. — Ela envolve os braços na minha nuca e me puxa pra um beijo intenso e afobado.

Anna: Tô tão feliz por hoje, pelo nosso filho e que vamos casar que tô até com vontade de dar meu cu pra tu hoje! — Eu jogo a cabeça pra trás gargalhando e ela me acompanha.

Pierre: Não fala coisa que você não vai cumprir, safadinha. — Belisco sua bunda com o dedo e ela se contrai. — O lubrificante já tá lá no guarda roupa só esperando pra eu lambuzar meu pau e comer seu cuzinho. — Falo baixo em seu ouvido e a sinto arrepiar.

Anna: Pierre... — Ela aperta minha cintura com as duas mãos.

Pierre: Bora pra casa, tô doido pra te fuder. — Ela olha pra mim com um semblante malicioso e sei que tá morrendo de tesão, assim como eu.

Anna: Só vamos dar uma atenção pro pessoal, senão vão perceber...se já não perceberam, sua cara de tesão tá explícita. — Dou risada e ela me puxa com a mão indo falar com as pessoas.

Todos nos dão parabéns pelo nosso filho e pelo nosso noivado, todos estão felizes genuinamente pela gente e isso me deixa feliz pra caralho.

Não vou falar pra tu que foi fácil até aqui, até porque não vai ser pela vida que eu levo...mas garanto que pela Anna eu faço de tudo, inclusive vê-la mais feliz que nunca.

Não me arrependo de absolutamente nada, faria tudo de novo por mais complicado que seja.