69.

2.7K 146 5
                                    

Pierre

Final de semana passou rapidão mas graças a Deus consegui curtir de boa com a minha gata e meu filhote, Anna tá maluca tentando escolher o nome do pivete...eu mermo nem falo nada, deixo pra ela resolver essa parada.

Tô descendo lá pra boca porque vida de dono de quebrada não é moleza, fazer o que? Escolhi isso pra vida.

Deixei a Anna dormindo e pedi pra dona Jô cuidar dela enquanto não tô lá pra dar uma assistência.

Pierre: Eae. — Dou um salve nos cara na frente da salinha que me cumprimentam com um aceno de cabeça, vou abrindo a porta quando escuto alguém me chamar.

Lopes: Chefe. — Olho pra trás e ele vem até a mim. — Preciso falar contigo.

Pierre: Entra aí pô. — Lopes entra atrás de mim e se senta no sofá em frente a mesa. — Solta a voz.

Lopes: Preto tá desde ontem sem dar um sinal de vida, ele saiu de noite pra sei lá onde com a Íris e não voltou...mandei mensagem, liguei e nada até agora. Tô preocupado pô, ele nunca sumiu assim.

Pierre: Vish caralho, esse maluco tá tirando. — Respiro fundo pegando o celular e ligando pra Íris. — Já mandei o papo falando pra ele tomar cuidado quando for pra pista com essa mina...vou ligar ela.

Toca essa porra e não atende, onde esses cuzao se enfiou?

Pierre: Ae, deve tá fudendo igual dois coelho num motel qualquer ai...mas se até 18h ele não aparecer eu vou atrás desse filho da puta. — Lopes da risada e acena com a cabeça, indo pra fora da salinha.

Tô avoadão das ideia mas não consigo parar de pensar nessa parada do Matheus, se esse louco tiver se metendo em furada...

Decido acender um beck pra relaxar e aumentar meu apetite, Anna pediu pra eu levar ela pra almoçar no restaurantezinho aqui de esquina, ela ama a comida caseira que a Rosinha faz.

Dou um dez e saio da salinha trancando tudo, quando chego na calçada vejo a malandra da Anna conversando com o Lopes.

Pierre: Eu falei pra tu que ia te buscar Anna, tu é teimosa hein caralho. — Chego perto dela e ela sorri toda descarada me dando um selinho. — Olha o sol que tá e tu andando esse morro a pé.

Anna: Da um tempo Pierre, tô grávida não tô doente. — Respiro fundo e passo a mão na nuca. — Isso aí é estresse de fome né? Vamo lá na Rosinha logo. — Ela pega meu braço e se despede do Lopes. — Tchau Lopes.

Como é duas esquinas depois da boca nós fomos a pé mermo, chegando lá pego uma mesa pra nois e ela se acomoda na cadeira.

Pierre: O que tu quer patroa? — Falo olhando o cardápio.

Anna: Baião de dois com bastante carne seca e queijo, e quero tomar coca. — Sorrio e passo a mão na sua barriga.

Pierre: Filhote tá com fome hein. — Ela da risada e balança a cabeça afirmando, chamo a Rosinha e ela vem até nós sorrindo. — Eae Rosinha, baião de dois com bastante carne seca e queijo pra Anna, e eu quero uma feijuca no capricho. Trás uma porção de fritas também, e uma coca 2 litros.

Rosinha: Logo logo chega, tu tá linda Anna. — A Anna agradece e ela sai com nossos pedidos.

Penso em comentar com a Anna sobre o "sumiço" do Preto e a Íris mas não quero preocupar ela, ela é amigona dos dois e certeza que vai ficar pilhada.

Alguns minutos depois nossas comidas e bebidas chegam e comemos até não aguentar mais, o que sobrou a gente pediu pra embalar em quentinha pra levar pra casa.

Anna: Tô com sono amor, comi demais. — Saímos do restaurante de mãos dadas e eu seguro a sacola das quentinhas, olho pra ela e dou risada. — Que foi cara?

Pierre: Gordinha linda. — Ela ri e acaricia sua barriga. — Vai fazer o que hoje?

Anna: Acho que nada, mandei mensagem pra Íris chamando ela pra ir em casa mas ela nem responde...última vez que viu o whats foi ontem a noite.

Pierre: Hm...fica lá na pracinha, os mlk me chamou pra jogar bola. Tu fica lá torcendo pro seu grandão. — Ela sorri animada e beija minha bochecha.

Anna: Agora? — Faço que sim com a cabeça. — Tem que passar em casa antes pra guardar essas marmita na geladeira, senão azeda.

Pierre: Tem o frigobar na salinha, deixa lá pô. — Ela concorda e entro na salinha rapidão pra colocar a sacola com as embalagens. — Bora rapá. — Chamo os cara e ajudo a Anna a subir na garupa, subo em seguida e nos levo até a pracinha onde tem o campo de futebol.

Ela desce da moto e levo ela ate a pequena arquibancada, ela senta e me olha quando tiro a camisa que estava usando e entrego pra ela.

Anna: Amostrado. — Ela revira os olhos e eu dou risada, dando um beijinho na ponta do seu nariz.

Pierre: Tudo seu, gostosa. — Ela sorri convencida e me dá um selinho rápido nos lábios. — Quiser açaí tem ali. — Aponto pro canto e ela concorda com a cabeça. — Vou lá.

Sigo correndo até o campo e dou um salve nos cara que vai ser do meu time, poucos minutos depois o jogo já ta rolando.

20 minutos depois estamos ganhando de 3x1, dois gols foram do pai aqui...manjo muito.

Jogo vai e jogo vem, próximo a terminar o primeiro tempo ouço barulho de fogos rolando pelo céu.

Puta. Que. Pariu.

INVASÃO.

Olho pra Anna que já está de pé sem entender nada quando geral começa a correr e se dispersar, quando penso em correr até ela o Lopes me barra desesperado me entregando um fuzil.

Lopes: O Matheus matou o juiz, pai da Íris. — Olho pra ele com os olhos queimando de ódio. — Os cara tão invadindo!!

Matheus filho da puta do caralho, o que eu falei pra tu?

Vermelho Fogo [M] Where stories live. Discover now