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Pierre

Acordei no outro dia cedo para ir atrás dos bagulho que vou resolver.

A Anna teve alguns pesadelos durante a noite e ficou bastante agitada, mas de manhãzinha conseguiu descansar e agora tá dormindo feito um bebê.

Dou um beijo na sua testa e levanto com cuidado, cobrindo ela com a coberta.

Vou até o banheiro mijar e aproveito pra tomar um banho, escovar os dentes e fazer todas as minhas higienes pessoais.

Procuro uma roupa no guarda roupa e como tá calor, decido vestir uma bermuda preta, regata branca e um tênis no pé.

Dou mais um beijo na Anna e desço até a cozinha, onde já vejo a dona Jô preparando o café.

Pierre: Bom dia veinha. — Beijo o topo da sua cabeça e sorrio.

Dona Jô: Bom dia meu filho, dormiu bem? Já vai sair?

Pierre: Sim e sim, só vou tomar um café preto rapidão e já vou descer ali na pista pra resolver umas parada. — Sirvo uma xícara grande com o líquido fumegante e bebo em goles grandes. — Fica de olho na Anna, não quis acordar ela porque ela só conseguiu dormir direito agora cedo...vou mandar uma mensagem avisando que logo tô de volta.

Dona Jô: Tá bom meu filho, eu cuido dela. Vai com cuidado viu? — Abraço ela e saio em direção a garagem de casa, dou partida na moto e desço o morro, passo em frente a boca e dou um buzinada pros cara que me cumprimentam.

Chegando na barreira vejo o Preto já na contenção com outros cara.

Pierre: Bora lá na pista comigo, preciso resolver os bagulho lá e a Anna pediu pra eu passar na casa dela pra pegar as coisas...da pra ir com seu carro pra lá? Vou pegar coisa pra caralho.

Preto: Suave chefia, vou de carro e te espero lá pra nois ajeitar os bagulho da tua mulher. — Faço beleza com a mão e sigo em direção ao que me aguarda.

Anna vai ficar doida com a surpresa que vou preparar pra ela, uma das.

Eu tô ligado que a floricultura dela era tudo pra ela, e perder tudo naquele incêndio mexeu muito com sua saúde mental.

Ela ralou pra porra pra conseguir e simplesmente perdeu tudo por causa daquela cuzao, que o diabo o tenha.

Como sou um cara que conhece muita gente e que tem uma certa influência dentro e fora do morro, consegui ver um estabelecimento de dois andares enorme na ponta da praia, ali em copacabana mesmo.

Lugar bonito a beça, a cara da Anna.

Tô indo lá agora acertar as últimas parada com o cara e pagar o restante do dinheiro do local, que vai ser a nova floricultura da Anna.

Sim, vou pagar tudo à vista pô, quero minha mulher se matando de pagar aluguel não.

Agora a loja é dela, sem k.o nenhum.

Já conversei com o Rô e pedi pra ele ir atrás das flores e produtos que a Anna geralmente vendia na antiga loja, já quero que ela veja o lugar com as coisas pra vender, sem precisar ter dor de cabeça.

Ela só vai chegar e vai tá tudo pronto pra ela voltar a trabalhar com o que ela ama.

Contratei uma galera pra limpar a floricultura e deixar ela bem cheirosa pra minha princesa, e também chamei um cara para fazer a fachada da loja bem bonita.

Tudo com a cara da Anna, espero que ela goste.

Chego até o local e cumprimento o cara que vou fechar negócio, nois conversa mais alguns bagulho e já faço o pix de 350 mil reais pra ele.

Não é barato não, ainda mais pelo lugar que fica.

Mas pela Anna eu faço tudo, só quero ver o sorriso genuíno de volta naquele rostinho lindo.

O maluco me agradece e me dá as chaves da loja, guardo no bolso e vou até a moto indo em direção a casa da Anna, na verdade antiga casa já que agora ela vai morar comigo.

Chego em 10 minutos e já vejo o carro do Preto estacionado na frente da casa, estaciono do lado e desço indo em direção ao portão pra abrir.

Entro na casa e ele me segue, indo em direção ao quarto dela.

Pierre: Pega tudo que você ver, sem deixar nada pra trás e vai colocando nessa mala aqui. — Pego a mala debaixo da cama como ela me disse e coloco em cima da mesma. — Isso aqui cabe um cavalo, mala grande da porra. — Preto da risada.

Preto: Ae, já pode pedir ela em casamento né cuzao? Já tá até morando junto agora.

Pierre: Tá nos planos porra, amola não vai. — Dou risada e começo a recolher as coisas dela, roupas, roupas íntimas, sapatos, toalhas, produtos íntimos.

Essa brincadeira durou umas boas horinhas, Anna tem coisa pra caralho, mas coube tudo nessa mala gigante dela.

Dou um giro pelo cômodo para ver se não esqueci nada e vejo que já peguei tudo, dou um mais um 10 pela casa e vejo que não tem nada demais pra pegar. Só coisas que já vieram do antigo dono.

Desço a mala e coloco no porta malas do carro do Preto.

Quando tô preparado pra subir na moto recebo uma ligação da dona Jô, atendo rapidamente.

Ligação ON:

Dona Jô: Pierre vem pra casa rápido, a Anna desmaiou na ponta da escada! Não sei o que fazer, vem logo!

Pierre: Tô indo.

Ligação OFF.

Aviso o Preto do que aconteceu e saio no maior pinote com a moto, tentando ao máximo chegar lá mais rápido sem causar nem um acidente.

Vermelho Fogo [M] Where stories live. Discover now