Capítulo 30 - Miguel

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Encarei Camila deitada com os olhos fechados e a respiração profunda, ela tinha capotado, acho que só ia acordar amanhã depois de três orgasmos.

Era claro que tentar fugir dela não ia dar certo, a onça é mesmo cabeça dura e quando coloca uma coisa na cabeça faz de tudo para ter.

Eu ainda tinha coisas pra resolver, e com certeza ia ter uma longa conversa com Bruno, por não ter me avisado que ela estava vindo, ainda mais ter deixado ela sozinha desprotegida. Mas nem ferrando que eu ia sair dali e deixar ela com o Vitinho, ou aquele porra ia acordar ela pra mais uma rodada assim que tivesse pronto.

Não ia negar que era o que eu queria fazer também, aquele corpo sem dúvida era viciante, mas Camila nunca tinha tido nada dentro dela e com certeza tava bem dolorida.

Sentir aquela boca em volta de mim já foi perfeição, a coisa mais deliciosa, mas não se comparava quando entrei dentro dela, tão apertada que achei que ia morrer antes de fazer ela se sentir bem comigo ali.

Com toda certeza doía ser alargada daquele jeito, me controlei dando tudo de mim pra não me deixar levar pelo prazer e sim em dar prazer pra ela primeiro. Não queria minha garota fugindo com medo de fazer de novo.

Vitinho se levantou e saiu do quarto, eu agradeci me levantando também, fui no banheiro, tomei uma ducha rápida e então peguei uma coberta pra ela. Beijei o ombro delicado, sentindo o perfume dela misturado ao cheiro de sexo. Me deitei atrás dela e enterrei o nariz nos cabelos dela, no mesmo segundo Vitinho entrou no quarto.

— O que tá fazendo aqui? — perguntei quando vi ele colocando um copo com água e dois remédios na mesinha do lado da cama. — O que é isso aí?

— Dormindo ué, ou achou que eu ia só transar com ela e sair fora? E isso é remédio pra quando a ursinha acordar, ela bebeu tanto que vai ter uma bela ressaca amanhã e certeza que vai tá dolorida.

Aquilo era novidade pra mim, nunca vi Vitor cuidar de ninguém, só de Juninho e ainda sim reclamando.

— Pra falar a verdade achei sim, tu sempre se manda depois de se aliviar. — ele deitou do lado vago na cama e veio mais pra perto, enfiando as mãos por baixo do lençol e eu mantive meu braço enrolado em sua cintura, mantendo as costas dela contra meu peito.

— Camila é diferente, achei que seria como as outras garotas, mas sei lá que porra é essa que me faz querer cuidar dela e ficar junto.

É eu sabia, também me fazia a mesma pergunta, a garota despertava sentimento em mim que eu só sentia pela família. Era estranho pra cassete, mas cada vez que tava com ela tudo ficava perfeito.

— Não sei como vai funcionar isso — apontei para nós três. — Mas temos que pensar nela primeiro, Camila é maluquinha e corajosa, mas tá começando a conhecer a vida agora e esse nosso mundo é cheio de gente ruim.

— Sei disso, mas duvido que você consiga deixar ela ir agora, porque eu vou te dizer, não consigo imaginar ela ficando com outros caras não.

Se eu já não queria ver isso antes de estar dentro dela, imagina agora.

— Ela é nossa! — exclamei fechando os olhos e respirando mais do cheiro da pele dela. — Ela é nossa e não tem volta!

Não sabia como ia ser assumir isso pra geral, se fosse só eu avisava de uma vez que ela era minha mulher e pronto, todo mundo ia ficar longe do que é meu e respeitar ela onde fosse ali no morro.

Mas dizer que Camila era minha e do meu irmão ia ser doido, fazer uma suruba, ou orgia era uma coisa, assumir que tu e teu irmão namoram a mesma mina é outra coisa. Muita gente não vão entender e sei que vai ter muita piadinha na boca de geral, queria nem ver o que os outros chefes dos morros iam falar.

Os Chefes do MorroWhere stories live. Discover now