Imagines

Part.2 Sherlock Holmes - Invisible String

"Olá, Sherlock," S/n gorjeou, sorrindo para o irmão do Holme mais velho apenas para ser completamente ignorada. Ela não pensou em sua reação indiferente e voltou sua atenção para Enola. "Segure o cotovelo mais alto e não abaixe os ombros."

A jovem assentiu antes de se concentrar na maçã pendurada na árvore do outro lado do campo. Ela soltou e errou a fruta por pouco, levando-a a soltar um bufo frustrado. Enola virou-se para S/n na esperança de saber o que deu errado, mas sua governanta estava preocupada olhando de lado para seu irmão que se recusava a olhar em sua direção.

"S/n?"

"Oh, desculpe, Enola," S/n sacudiu, antes de entregar a próxima flecha. "Eu sugiro que você mude sua postura e... não solte tão apressadamente. Certifique-se de que está satisfeita com seu objetivo antes de deixá-lo ir."

Enola assentiu e levou mais ou menos um minuto para corrigir sua mira. A brisa repentina a levou a ficar quieta e esperar.

O tempo todo, S/n olhava para a maçã pendurada na árvore, sua linha de pensamento cheia de perguntas sobre por que Sherlock estava agindo tão estranho. Ela tinha feito algo errado?

"É verdade que você está partindo para aceitar uma proposta de casamento?"

Sherlock falou com uma agressividade tão repentina que fez S/n pular e Enola sem querer soltar sua flecha e, surpreendentemente, acertar a maçã e trazê-la ao chão. A jovem virou-se para a governanta, perguntando-se se ela viu o que aconteceu, mas seus olhos nunca deixaram os dele. Enquanto ela olhava para ele com horror, ele estava olhando de volta, suas narinas dilatadas e as têmporas vincadas.

"Eu acertei o alvo," Enola falou suavemente enquanto ela sorria fracamente, esperando que isso aliviasse a tensão mesmo que um pouco.

A tensão entre os dois adultos cresceu e antes que qualquer um deles pudesse dizer mais alguma coisa, S/n virou-se para Enola e gentilmente colocou a mão na parte inferior das costas.

"Enola, por favor, entre," S/n sussurrou.

Embora a jovem quisesse saber o que aconteceria a seguir, ela obedeceu e levou seu arco com ela de volta para dentro de casa. Uma vez que ela estava fora do alcance da voz, S/n se virou para Sherlock, que parecia ter ficado mais agitado a cada segundo que passava.

"Então é verdade?"

Seu comportamento culpado era toda a resposta que Sherlock precisava. Seu tom não era mais acusatório, mas descaradamente raivoso. Como ela poderia deixar Enola? Além disso, como ela poderia deixá-lo? Ele havia calculado mal a natureza de seu relacionamento inteiramente? S/n estreitou os olhos incisivamente.

"Como você sabia que havia uma proposta?"

S/n deduziu que Enola lhe disse que estava indo embora, mas a jovem não estava ciente da proposta. Na verdade, S/n fez questão de não contar a ninguém sobre isso, então havia apenas uma maneira de Sherlock saber.

"Você leu minha carta," S/n engasgou, chocada por ele fazer algo tão impróprio e invasivo.

"Encontrei na lixeira e presumi que você havia descartado tanto o papel quanto a ideia de voltar para casa", defendeu.

"Bem, você assumiu errado."

Ela sentiu suas bochechas queimarem e sua testa enrugar e suas emoções conflitantes se intensificarem. Doeu para ela ter que contar a notícia para ele, mas o tom que ele estava tomando fez seu sangue ferver. Ela não tinha permissão para agir de maneira contrária ao que ele queria e esperava dela? Sherlock zombou.

"O que diabos você está fazendo, S/n?" Ele balançou a cabeça desapontado, o que só a enfureceu mais. "Você iria simplesmente sair sem me dar nenhum aviso e voltar com uma criança na primavera como a esposa de um humilde cavalheiro?"