Imagines

Part.2 Sherlock Holmes - Invisible String

Assim que os olhos de Enola se iluminaram, a porta da cozinha se abriu e a conversa foi interrompida.

"Espero que você planeje fazer isso longe de onde armazenamos nossa comida."

Sherlock sorriu quando entrou e tirou o chapéu. Ele deveria estar acostumado com a sensação de voltar para casa para sua irmã e S/n, mas toda vez que o fazia ele sentia seu coração palpitar rapidamente dentro de seu peito.

"Sherlock, não estávamos esperando você," S/n falou, confusa sobre o que ele estava fazendo em casa quando deveria estar indo para Londres para se encontrar com um novo cliente.

"Eu mudei de ideia," ele respondeu vagamente. S/n franziu a testa em confusão, mas Enola compartilhou um sorriso conhecedor com seu irmão mais velho.

Desde que S/n se tornou sua governanta, Enola não pôde deixar de notar a frequência com que seu irmão demorava a voltar para Londres para continuar passando seus dias fingindo ler os jornais e escrever cartas aos clientes. Ela sabia que sua atenção estava focada em outro lugar em outra pessoa.

"Bem, nesse caso, você deve experimentar este bolo que eu fiz," S/n insistiu antes de pegar um garfo e tirar um pouco do bolo que Enola tinha acabado de cobrir.

Ela ergueu o garfo para ele, esperando que Sherlock o pegasse de sua mão e comesse o pedaço de bolo. Para surpresa de S/n e diversão de Enola, Sherlock se inclinou lentamente e comeu o pedaço, seus olhos nunca deixando os dela.

Ele começou a sorrir com a expressão estupefata dela e o jeito que sua mão tremia enquanto ela segurava o garfo, mas seu sorriso durou pouco quando ele começou a tossir, sua boca dominada por um gosto amargo.

"Você não gosta?" S/n perguntou preocupada.

"Não não!" Sherlock balançou a cabeça e forçou o bolo vil para baixo sem nem mesmo estremecer. A última coisa que ele queria fazer era insultar o cozimento de S/n, apesar de estar claro que havia muito espaço para melhorias. Ele engoliu em seco e forçou um sorriso. "É delicioso."

Ele se sentiu aliviado quando sua expressão preocupada se desvaneceu, mas rapidamente se viu confuso quando ela olhou para Enola que o estava estudando atentamente. As duas garotas jogaram a cabeça para trás em gargalhadas, deixando Sherlock ainda mais intrigado.

"Enola fez aquele bolo," S/n explicou enquanto tentava recuperar o fôlego. Ele franziu as sobrancelhas, ainda perdido sobre qual era a fonte de diversão. A mulher balançou a cabeça e esclareceu. "Ela confundiu o sal com açúcar, daí o gosto muito amargo."

"Mas você disse que fez", afirmou Sherlock.

"Só porque ela sabia que você mentiria para ela sobre o gosto", Enola interrompeu. Ela riu mais uma vez antes de se voltar para sua governanta. "Você estava certa, S/n. Ele é fácil de decifrar."

"Eu não sou fácil de decifrar", ele negou defensivamente.

Sherlock se achou ilegível. Embora pudesse deduzir uma lista interminável de fatos sobre uma pessoa, orgulhava-se da crença de que não era tão fácil decifrá-la.

"Isso foi precisamente o que eu disse a S/n, mas ela estava convencida de que poderia provar isso", disse Enola, uma excitação recém-descoberta subindo por ela porque ela finalmente sabia algo que seu irmão mais velho onisciente não sabia.

"Bem, agora estou interessado em saber." Sherlock colocou seu mãos na borda da mesa da cozinha e se inclinou para S/n.

Ela olhou para Enola que tinha um sorriso malicioso. Assistir os dois brincando tinha sido sua principal fonte de entretenimento no ano passado. S/n levantou a mão e lentamente passou os dedos pela parte inferior do rosto dele.