Imagines

Part.2 Sherlock Holmes - Invisible String

"O que diabos vocês dois estão fazendo aqui?"

Os irmãos pararam quando finalmente a alcançaram, ambos bufando de toda a corrida que tinham acabado de fazer. Francis subiu na plataforma e observou com um sorriso silencioso. Já era hora, pensou consigo mesmo.

S/n franziu as sobrancelhas em confusão quando notou a grama em ambos os cabelos e a lama que manchava as roupas de Sherlock e cobria partes de seu rosto.

"E por que vocês dois parecem estar rolando pelo jardim?" ela acrescentou, dando um passo à frente e puxando um pequeno galho do cabelo agora emaranhado de Enola.

Antes que ela pudesse dar um passo para trás, a mão de Sherlock alcançou a dela e Enola deu um passo para o lado para que ele pudesse finalmente encará-la. A respiração de S/n engatou, curiosa para saber o que ele tinha a dizer agora que finalmente estava reconhecendo sua presença.

"S/n, me desculpe," ele falou com sinceridade, jogando a cautela ao vento e finalmente permitindo que seu sentimento viesse à tona. "Eu tenho agido de maneira incrivelmente tola e infantil nas últimas duas semanas."

"Isso você tem," S/n murmurou, mantendo uma expressão de desaprovação, mas também um aperto firme em suas mãos trêmulas.

"Sei que não deveria ter lido a carta e não deveria ter mentido para você sobre o que você era para mim", acrescentou envergonhado.

Sherlock soube no segundo que S/n o chamou de mentiroso terrível que ele viveria para se arrepender do que havia feito e dito. Não demorou muito para que a culpa o consumisse a ponto de não suportar mais encará-la e recorrer a se trancar em seu escritório.

"A verdade é que os dois anos que passei sozinho em Londres foram uma tortura absoluta", explicou. "Eu tinha tudo o que achava que queria: a independência, a carreira e todos os mistérios que eu poderia querer resolver. No entanto, foi só quando te vi novamente que percebi o que estava perdendo o tempo todo."

Uma companhia. Um parceiro que sabia exatamente como ferir seu ego, que tornava a vida ainda mais vibrante e interessante e que conhecia cada falha e cada falha dele, mas, por algum milagre, ainda o amava.

"Eu sinto muito, S/n," Sherlock suspirou. "E farei tudo o que for preciso para ganhar sua confiança e perdão. Eu passarei o resto da minha vida fazendo isso se for necessário, mas por favor, eu imploro a você..."

Ele inalou bruscamente quando seu aperto em suas mãos ficou mais firme. O coração de S/n estava acelerado o tempo todo que ela estava ouvindo, só parando de repente quando Sherlock falou em um sussurro baixo.

"Não vá."

Ele a olhou atentamente, esperando ter feito o suficiente para fazê-la mudar de ideia. Ela se sentiu tentada a ceder, mas resistiu.

"Por que, Sherlock?" S/n perguntou baixinho, sabendo que Sherlock estava bem no precipício de dizer o que ela sempre quis ouvir dele.

"Você sabe por quê", ele respondeu.

Embora não tenha sido dito, Sherlock sabia que sempre foi entendido mutuamente que eles se importavam muito, de maneiras que iam além da mera amizade que tinham no passado.

"Sim, mas..." S/n soltou um pequeno sorriso. "- Eu gostaria de ouvir você dizer isso."

Sherlock respirou fundo, esperando acalmar seu coração acelerado. Ele havia passado tanto tempo negando sua afeição por ela que um ano inteiro tentando escondê-la. Agora ele estava tentando reunir coragem para dizer isso abertamente.

"Eu te amo", ele expressou rapidamente, ansioso demais para notar o quão rápido ele havia falado.

Não foi até que ele ouviu risadinhas de Enola e Francis que ele percebeu. S/n ergueu uma sobrancelha e sorriu, satisfeita com o fato de que ele finalmente disse, mesmo em uma pressa quase incoerente. No entanto, Sherlock não estava satisfeito. Ele precisava ter certeza de que ela sabia.