Capítulo 75 - Sem culpa

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Verônica Iglésias  |  Point of View





— É uma péssima ideia.

— Qual é, Vero? Pelos velhos tempos.

— Os velhos tempos quase me mataram.

— Os velhos tempos eram muito gostosos. Vamos logo. – Ela disse se afastando e eu a segui.

Entramos no bar e ela se direcionou a nossa mesa preferida, afastada, pois sempre nos excedíamos e acabávamos em pegas exagerados em público ela era com um sofá que ocupava metade da mesa. Pedimos chopes e o garçom os trouxe. Sabe quando você fica sem saber como agir? Eu estava assim, não sabia onde colocar minhas mãos e elas estavam suadas...

Parece a maior idiotice, pois ela é apaixona por Camila e me magoou muito, mas eu nunca deixei de amar Lucy... ela foi meu primeiro e único amor, isso não se consegue apagar assim do nada... foi por anos, quase um casamento...

— Você já foi melhor de papo. – Ela disse levando a caneca a boca dela.

— Eu não sei o que estou fazendo aqui.

— Você sabe muito bem o que está fazendo aqui. – Ela disse e empurrou minha caneca mais para perto de mim. — Então... está com a anã ou não?

— Lily. O nome dela é Lily e nós estamos dando um tempo.

— Até ela alcançar a maior idade? – Eu neguei.

— Você continua ácida. Ela não te fez nada.

— Ela roubou minha garota. – Eu a encarei por algum tempo.

— Que eu saiba, ela nunca ficou com a Camila.

— Estou falando de você.

— Você só pode estar brincando.

— Não estou... todo mundo sabe que vamos acabar juntas.

— Aí posso assinar meu atestado de trouxa. Ficar com alguém que nunca vai me retribuir na mesma intensidade.

— Vero... – Ela colocou as mãos sobre as coxas. — Eu andei pensando muito na minha vida... e acho que ela só foi legal quando eu estava com você. Está tudo tão vazio, meus pais se afastaram, Lauren me odeia e eu perdi você, eu não sou boa no trabalho...

— Você fez suas escolhas. Agora tem que conviver com elas...

— Não chegou nem perto, não é? – Ela disse se aproximando e beijando meu pescoço.

— Do que você está falando?

— Com a moça que você estava... não chegou nem perto na cama. Você sabe que temos essa conexão.

— Ela é muito boa. – Eu disse a afastando.

— Mas ela não é a Lucy... – Ela disse e apertou minha coxa. — Aposto que você sempre pensava isso depois de terminar.

— São situações diferentes, tivemos anos... transamos desde o colegial, nos conhecíamos bem, não significa que não
foi muito com ela também.

— Quase me convenceu. – Ela disse e sentou no meu colo, de frente para mim, com as pernas ao lado do meu quadril. — Vamos parar de fingir que a nossa proximidade não nos afeta, Vero... eu fiquei com outras pessoas e comparei você com todas... não chegaram nem perto. – Ela disse distribuindo beijos por meu rosto... e minhas unhas estavam cravadas na pelo de sua cintura.

— Lucy... – Eu gemi a empurrando após ela deixar uma mordidinha no meu pescoço. — Você não cansa de me magoar? Você gosta tanto assim de brincar comigo?

— Eu sinto muito se te magoei, Vero... mas podemos esquecer tudo e tentar de novo...

— Eu sou a única que vou esquecer aqui, Lucy. Você só foi tratada como rainha por mim...

— E eu quero isso de novo...

Mesmo sabendo que era errado, eu a puxei pela nunca e acabei a beijando. Queria dizer que estava me sentindo culpada, mas não... eu queria muito aquilo. Eu senti falta do jeito que ela maltratava minha nuca e arfava quando eu arranhava as costas delas...

Ela levantou e me puxou dali, voltei a mesa e deixei uma nota para pagar os chopes.

Nós quase corremos para casa dela, ela mais perto que a minha e ela abriu o portão.

Foram minutos até entrarmos na casa, ela me grudava nas paredes e me beijava como se a vida dela dependesse daquilo.

A joguei na cama, nossas roupas estavam espalhadas no percurso da porta até aqui e ela gemeu forte quando a virei de costas, puxando os cabelos dela e beijando suas costas...

— Porra! – Ela disse quando deixei um chupão forte no seu bumbum... fiquei de joelhos atrás dela e ela empinou a bunda, me deixando em estado critico... ela é uma vagabunda cretina, mas o mérito de saber enlouquecer na cama, ela tem.

— Vadia! – Eu exclamei quando deslizei meus dedos por sua boceta encharcada, fechei meus olhos...

— Pra você, cachorra. Agora me fode logo... – Ela disse esfregando a bunda na minha intimidade. Levei meus dedos até sua entrada e a penetrei, puxando seu cabelo, fazendo o corpo dela se chocar com o meu... — Isso! – Ela exclamou, depois de levar um choque com a rapidez que eu a penetrei... ela rebolou... eu apertava meus olhos, ela é quente e apertada. — VeroOo... merda! – Soltei seus cabelos, me debrucei sobre as costas dela e beijei, chupei, mordi a nuca dela... — Vero... ah... – Alcancei seu seio e apertei... – Ah... droga... – Ela rebolou mais e gemia agoniada, eu gemia junto, estava
morrendo por aquela mulher.

— Goza pra mim... – Eu disse e ela segurou minha nuca, virou o rosto e me beijou desengonçada, por conta do beijo e de seus gemidos... ela se afastou, virou e me empurrou, deitando sobre mim e cruzando uma perna sobre a minha, levantando a minha outra e assim nossas bocetas se juntaram, completamente molhadas e gememos juntas quanto dela rebolou. — Lucy...

— Vem comigo... não estou me aguentando... – Ela disse aumentando os movimentos e eu a acompanhei.

— Porra... – Ela me beijou... minhas mãos arranhavam as costas dela, ela colou a testa na minha e me olhou nos olhos, senti seu corpo tremer...

— Eu vou... – Ela nem terminou de falar e senti seu líquido escorrer, seu grito agoniado ecoou no quarto e eu cheguei lá também, mas cheguei gostoso, como se fizesse anos que não transava. O tronco dela caiu sobre meu, ela encheu meu pescoço de beijos... — Só você para me fazer sentir assim...

— Então não fala! – Eu disse nos trocando de posição e ficando entre as pernas dela depois que ela rodeou minha cintura com elas.

Colei nossos lábios e suas mãos voaram para minhas costas...

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