Capítulo 57 - Já escolheu?

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Camila Cabello  |  Point of View





Acordei e Lauren estava amamentando aquela pequenina. Lindas... céus. Como isso é mágico.

— Já acordou, amor? – Eu perguntei e toquei o rosto de Lauren, ela repousou a cabeça em minha mão e fechou os olhos. — Cansadinha ainda, amor?

— Estou... mas tem uma pequena gulosa aqui. – Ela disse com uma voz infantil e eu quase morro de amores. ela estava mamando.

— Minha princesinha... tão pequena... – Eu disse e ela parou... olhou para o lado... o outro...

— Ela fez isso comigo... a enfermeira disse que ela reconhece a nossa voz.

— Sério?

— Sim, mas ela não enxerga muito bem, só bem de perto.

— Oi amor... é a papa. – Eu disse ficando bem próxima e ela ficou me encarando... entreguei meu indicador para ela e ela pegou. — É a papa, pequena... – Ela não parou de me encarar... não se mexeu.

— Vocês são tão lindas... – Lauren disse e eu limpei uma lágrima que caiu por minha bochecha.

— Ela sabe quem eu sou... – Eu disse.

— Lógico. Você conversou com ela todos os dias. – A médica disse entrando no quarto. — Lauren me contou, e agora ela está tentando associar sua voz a um rosto. É tudo muito novo para ela, mas vocês ela quer conhecer logo.

— Sério? – Eu disse me afastando e Lauren conversou com ela, o que a fez virar e procurar o rosto de Lauren.

— Sim. Testado e comprovado, Camila. – Ela disse e repousou a mão no meu ombro. — Como está, Lauren?

— Bem... cansada, mas me sinto ótima. – Ela disse olhando para nossa filha.

— Ótimo. Vou assinar sua alta e conversar com Camila sobre os cuidados que teremos com você por algumas semanas.

— Sim. – Ela disse e saímos dali.

— Bom... a lei agora é repouso total. Lauren não pode caminhar muito, evitar escadas na primeira semana, e ela vai ter sangramentos e eles são ser intensos se ela se movimentar muito. Claro, ela precisa caminhar um pouco, para não ficar muito tempo na cama e causar alguma ferida nela, mas bem pouco, se o quarto tiver janela, a faça caminhar até ela e... troque os lençóis todos os dias. Lauren vai estar bem suscetível a infecções agora. Ela vai usar uns absorventes pós-parto, a faça trocar
várias vezes durante o dia, isso já ajudará na parte dela caminhar um pouco.

— Nossa... é incrível ter filhos, mas as mães ficam tão indefesas. É um empecilho pensar em outro. Ela sofreu muito...

— Pergunte a ela se ela quer ter outro. Pode perguntar agora que ela está cansada do parto... ela não hesitará, Camila. Mulheres são muito mais fortes que homens... são muito mais guerreiras... você está no meio termo, mas devia saber disso. Mulheres são fodas! – Ela disse e apertou meu braço sorrindo.

— A minha é uma mulher perfeita mesmo. – Eu disse cruzando os braços. — São esses os cuidados, então? Quero ver minha pequena.

— São sim. Pode ir lá. – Ela disse e eu virei, cainhando até o quarto. Olhei para trás e a médica encarava... minha bunda na verdade, fiquei sem jeito, mas não vou contar para Lauren, não por medo, mas estamos tão bem, não vou incomodá-la
com bobagens.


×××


Agora já em casa, estou com minha pequena no peito. Ela está deitadinha... dormindo.

— Vocês são lindas... – Lauren disse pela milésima vez.

— Você precisa dormir, amor.

— Não posso com essas fofuras do meu lado. Quero apertar vocês duas.

— Sente esse cheiro terrível que exalou aqui e você vai esquecer a fofura. – Eu disse levantando...

— Minha nossa... vai lá, papa. Essa é sua.

— Todas foram minhas, não é, dona Lauren? – Ela gargalhou.

— Preciso dormir. – Ela disse e eu beijei a boca dela, depois levantei com cuidado.

— Fui até o quartinho dela e a a coloquei no trocador.

— Bom, pequena... melhor que da primeira vez, nós vamos nos sair. – Eu disse e ela mexeu os bracinhos. Eu abri a fralda e meu senhor... como alguém tão pequeno pode fazer tanta sujeira.

Limpei o pior com a fralda suja e a enrolei, a jogando no lixo. Limpei com um algodão molhado. Meninas... sempre com o movimento de frente para trás.

Limpei as dobrinhas dela com os paninhos umedecidos, depois peguei um algodão e sequei tudo. Deixei de primeira...

— Não... pequena... – Nem tive tempo de falar e ela fez xixi em tudo. — Vamos começar de novo, então... – Eu peguei,
repeti todo o processo... até fechar a fraldinha e pegar ela no colo... olhei para o lado e vi a pomada para assadura. — Ah... esqueci a pomada... – A deitei novamente e tirei a fralda, a colocando no lixo. — Bom... fomos melhor que dá primeira, né pequena? – Passei a tomada com um algodão e logo fechei a outra fralda... a deixei no bercinho... ela estava com os olhinhos pesadinhos e logo ela dormiu.

Sentei na poltrona e repousei a cabeça um pouco, estava tão cansada que devo ter dado um cochilo, mas logo ouvi um chorinho... chequei a barriguinha, para ver se não estava inchadinha. Depois olhei dentro da fraldinha... nada.

— Vamos acordar a mama, pequena. Você precisa comer... e de um nome também. Ou vai se acostumar com o “pequena”. – Eu disse e ela estava bem perto de mim... parou de chorar e me encarou. — Você me olha tão intenso, pequena. Eu amo muito você... – Eu disse e beijei a testa dela, logo entrei no quarto e Lauren estava dormindo, obviamente.

— Amor... amor... – Eu disse e Lauren acordou. — Tem alguém com fome. – Eu disse e Lauren sentou, tirando o seio para fora e pegou ela. — Vou aproveitar para tomar um banho rápido. – Ela assentiu e eu beijei a testa dela.

Tomei um banho, vesti uma regata e bermuda. Sentei ao lado delas e Lauren conversava com nossa filha.

— Como foi com a fralda?

— Nos saímos melhores desta vez, não é? – Eu disse beijando a testa dela e ela tocou meu rosto... ficou tocando meu nariz e meu olho...

— Já vejo que ela tem um preferida... – Lauren disse e nossa filha começou a buscar a voz dela.

— Vishi... acho que ela está em dúvida.

— Ela... já pensou no nome? – Eu neguei.

— Não consigo achar nada que me cause algum impacto. – Ela olhou para ela... depois para mim... depois para ela...

— Eu acho... eu gosto de Bianca. – Ela disse e eu senti algo bom. Então... sorri...

— Bianca... Bianca... – Eu repeti... — Perfeito, amor. Eu adorei.

— Bianca... – Ele remexeu os bracinhos... — Nossa Bianca.

— Nossa princesa. – Eu disse e peguei-a. — Agora vou ninar ela e depois te ajudar a trocar o absorvente.

— Eu fico com vergonha, bebê.

— Não tem motivos para ficar assim, amor. Isso não é vergonhoso, é natural...

— É estranho.

— Eu preciso te ajudar, amor. Se te deixa mais calma, eu nem reparei o absorvente. Só observo seus movimentos para te ajudar a caminhar e ficar em pé sem se esforçar muito, não olho os detalhes, mas se olhasse, não precisa ficar com vergonha. Somos nós. – Eu disse e beijei a testa dela. Fiquei ninando Bianca até ela fechar os olhinhos e a deitei na cama.

Ajudei Lauren e ela deitou limpinha... Logo sentei na poltrona e deixei-as ali, dormindo juntas e pequei no sono.

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