Capítulo 51 - Antiga Camila

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Camila Cabello  |  Point of View






Eu cheguei ao prédio onde Vero tinha um escritório. Entrei na sala e ela estava concentrada na tela do computador.
Ao contrário do que imaginava, Vero tinha uma sala enorme, com uma pequena sala de projeção separada por um cortina urbanista, mas na cabeça dela, era melhor ficar em casa, sofrendo por alguém que não ligava para ela... bom... Não posso julgar, mas parece irreal.

— Oi Milão. Como está?

— Bem. E você?

— Um pouco cansada... eu sei que Lily é mais nova, mas ontem... acabou rolando.

— Eu nunca julgaria uma coisa dessas... o que é a idade de fato? Conheci pessoas jovens com um mente iluminada de
experiências e pessoas mais velhas com o pensamento no tamanho de uma ervilha. – Ela sorriu. — Como foi?

— Puta merda! – Eu a repreendi com o olhar. — Desculpe, mas não sei se foi pelo tempo que fiquei sem fazer e quando fazia, eu estava noiada ou bêbada, mas foi surreal. Bateu, sabe?

— Eu fico muito feliz por você, Vero. E alguma recaída?

— Não vou mentir, eu tenho tremedeiras as vezes, pois a vontade é grande. Me tranco e pratico os mantras. Eu sempre tive receio quanto as suas técnicas, mas devo admitir que funciona.

— Funcionam sim, mas devemos ter um estímulo a mais... o seu é Lily.

— Agora faz mais sentido. Eu terminei o seu projeto, vou pedir um café reforçado, pois estou morrendo de fome e assistimos ao vídeo.

— Sei de onde vem a sua fome... – Eu disse e ela gargalhou.

— É dela mesmo, mas ela está na faculdade e essa fome vai demorar um pouco a ser saciada. Mas pelas marcas em seu pescoço, não sou só eu que ando saciando meus apetites.

— Céus! Você não tem idéia do que são os hormônios de grávida. Ela é carente, depois fica com ciúmes, aí fica triste, depois briga comigo e do nada se reconcilia. Depois tem os tipos de sexo, vai do amor a aquela foda violenta... eu estou no paraíso. Nunca fui tão feliz.

— Já sabem o sexo?

— Nós decidimos esperar até o nascimento.

— Você tem alguma preferência?

— Eu vou amar qualquer um... mas confesso que quero uma garotinha.

— Vai te dar trabalho.

— E eu não sei? Principalmente se for parecida com a mãe.

— Se ela for parecida com qualquer uma de vocês, vai ser uma linda garotinha... ou garotão. Se for garoto, quem fica de cabelos brancos mais cedo é a Lauren.

— Ela vive dizendo isso. Que se ele for charmoso como eu, será muito difícil controlar as menininhas perto dele. Ela já está surtando.

— E você?

— Eu não sofro por antecedência, mas sei que não será fácil.

— Você é muito calma, Milão. Confesso que as vezes fico nervosa de te esperar falar.

— A Lauren também reclama disso. Ela está quase se esgoelando por alguma mulher estar me encarando e eu nem noto. Ela fica muito irritada... eu não a entendo... ela quer que eu note a moça me olhando? Mulheres complicam as coisas. Falo assim, pois sou de uma classe entre os dois.

— Todas são assim, não tem como saber o que querem, pois nem nós sabemos. É nunca ter uma resposta certa.

— Eu sempre sonhei com a minha volta... sabe... eu imaginei como procuraria Lauren e o que diria a ela. Já havia me imaginado casada com ela, mas não cheguei nem perto da maravilha que é.

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