Capítulo 50 - Desejos

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Lauren Jauregui  |  Point of View






Eu estava arrumando minhas coisas em uma caixa. Camila me ajudava e recitava um pequeno mantra, para que meus caminhos se iluminassem nesta nova jornada.

Nick entrou e Camila o cumprimentou, ele ficou ali, analisando meus movimentos e me deixando tensa com a atenção.

— Lauren... por favor, não desista do nosso jornal. Ele vai a ruína se você nos deixar.

— Nick... eu já me decidi. Eu quero mais para mim. Vai dizer que você não aceitaria se estivesse no meu lugar?

— Lauren... isso é louco. Você não queria sair daqui antes. – Ele encarou Camila. — O que mudou para você querer sair?

A entrevista com Camila me deu visibilidade e com isso, naturalmente, propostas melhores para meu futuro. Isso mudou.

— Lauren...

— O senhor já a ouviu. Ela não vai mudar de ideia por conta da sua insistência. Pode parar de pressiona-la? Isso é desconfortável.

— Você é a porta-voz dela?

— Sou esposa dela, muito mais que porta-voz. E você está perturbando ela na minha frente... isso é inadmissível. – Ele encarou Camila, depois olhou para mim e relaxou os ombros.

— Tudo bem. Desculpe, Lauren. Só posso te desejar sorte e seu lugar vai ficar reservado aqui, caso queira voltar.

— Obrigada. – Eu disse e ele saiu da sala.

Camila pegou a caixa maior e eu a outra. Tranquei a porta e ela entrelaçou nossos dedos, após colocar a caixa sob o braço. Entreguei a chave na recepção e logo estávamos no meu novo local de trabalho, onde fui recepcionada com uma pequena festinha.

×××

Acordei no meio da madrugada, com minha boca salivando... eu estava me babando por algo... céus. Sacudi Camila e ela resmungou algo.

— Bebê... acorda... – Ela virou para mim. — Eu quero comer frango... desfiado com requeijão...

— Hum...- Ela gemeu ainda entre o sono.

— Frango desfiado com requeijão... quero comer.

— Amanhã eu faço no almoço... – Ela disse e se cobriu.

— Estou com desejo, bebê. – Ela ergueu o ronco tão rápido que me assustou.

— Você está com desejo? – Ela perguntou com os olhos marejados e com as mãos cobrindo a boca. — Isso é tão fofo. – Eu a deitei de novo e cobri o rosto dela de beijos, pois eu não consigo acreditar que ela é real.

— Estou.

— Vou fazer, então. Me dê vinte minutos. – Ela beijou minha testa e saiu da cama, procurando a cueca... o que me deu outro desejo... mas o primeiro está mais forte.

— TE AMO! – Eu gritei depois que ela saiu do quarto.

— Eu também amo você. – Ela voltou na porta e me atirou um beijo.

×××

Ela me entregou o prato e eu levei a primeira garfada à boca... céus! Era isso mesmo, bem assim.

— Quer um pão... ou o arroz que sobrou do jantar? – Ela perguntou... com uma expressão estranha.

— Não. Está perfeito.

— Foi meio rápido...

— É isso mesmo. Eu só espero que não tenha preparado só isso. – Ela riu.

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