Capítulo 63 - Briga

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Camila Cabello  |  Point of View




Minha filha e eu estávamos no carro.

— Papa... vamo donde?

— Vamos ver a tia Vero.

— Dinda Vê?

— Sim.

— Papa...

— Sim, princesa.

— Mama e papa... são pincesas... dinda Velo e tia Li... são plincesas... tio Aus e Tio Sha... São pincipes... pute os bobôs e bobós são difelentes?

— Não são diferentes, amor... cada um escolhe quem quer para amar e casar... príncipes ou princesas... príncipes e
príncipes... o importante é amar de verdade. Não existe certo ou errado.

— Amô é amô, né, papa?

— Isso minha princesa. Amor é amor. – Ela assentiu e seguiu a prestar atenção no Pernalonga em suas mãos. Acho que ela ficou satisfeita com a resposta.

Chegamos à construção e soltei Bia da cadeirinha, ela me deu a mão e caminhamos até dentro do templo... Vero tinha sido impecável... todos os detalhes, esculturas de bronze fazendo o caminho até a entrada. Ela estava conversando com um homem, discutindo algo, logo o homem se afastou e ela sorriu ao nos avistar.

— Dindaaaa! – Bia exclamou animada e correu até Vero, que a pegou no colo e a girou.

— Minha princesa! Que saudade!

— Putê a dinda não vai na minha casa?

— Putê a dinda tem que terminar esse lugar para a sua papa.

— Vero! Fale corretamente com ela.

— Tem que corrigir?

— Não. Só não fale como ela. – Vero assentiu. Ficou com Bia na garupa e começou a me contar os detalhes.

— Quero te mostrar o templo. – Ela disse e caminhamos pelas escadas e logo estávamos em um salão. Com todos os símbolos.

— Vero... – Eu me ajoelhei diante dos símbolos. — Como você conseguiu?

— Lembra na minha última viagem? – Assenti. — Eu fui para China e falei com seu mestre. Ele disse que doaria as imagens... ele ficou tão orgulhoso, Milão.

— Que maravilha, Vero. – Eu levantei e observei as imagens de perto... fiquei emocionada... – Vero... você é um talento nato mesmo... você nem era familiarizada e... nossa! Você mandou muito bem. Esse lugar é a alma do templo, aquelas esculturas da entrada poderiam ser de ouro, mas se esse lugar estivesse mal feito, não importaria o resto. Quem pintou esse lugar?

— Um grupo de minha confiança... eles estão em reabilitação e pintam de tudo. Na verdade eles grafitam, mas abriram uma exceção para mim.

— Grafitam? – Ela assentiu. — Eles grafitaram um quarto de Frozen? – Vero pensou.

— Se eu fizesse eles assistirem ao filme.

— Pode conversar com eles para grafitarem o quarto de Bia?

— Pu favô dinda! – Bia disse puxando a cabeça de vero para trás e encarando seus olhos. Eu a repreenderia, mas Vero deixa a menina fazer o que quer dela.

— Lógico, minha princesa. Tudo que você quiser.

— Ebaaaa! – Bia comemorou e beijou a testa de Vero. — Bigada dinda.

— De nada, princesa.

Ficamos caminhando por ali e logo estamos no jardim, com um chafariz enorme.

— Vero... é como estar na China. – Eu baguncei os cabelos dela. — Você é meu orgulho, sapatão.

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