Apenas assenti com a cabeça e ele me ajudou a levantar daquele bloco de concreto frio, segurou em minha cintura para me ajudar a andar melhor, mesmo que aquilo não tivesse funcionado, senti que ele se preocupava.
Dei uma última olhada para trás vendo que a lua brilhava mais do que nunca, era em noites com essa que eu gostaria de apenas estar deitada em minha cama comendo alguma besteira.
Descíamos as escadas com cuidado para que eu não rolasse abaixo novamente, descer tantos degraus usando duas muletas é a pior coisa.
Quando finalmente chegamos ao fim, uma enfermeira correu em minha direção com aquele gancho que tinhas rodinhas para carregar o soro.
-- Nossa você não pode pegar friagem, está fraca por causa dos remédios e sua perna está quebrada. - só quando ela disse aquilo percebi que estava começando a me sentir fraca.
-- Eu só... Quero ir pra cama. - falei baixo e ela assentiu, segurou em minha cintura me ajudando e se virou para trás.
-- Me desculpe mas vou ter que pedir para se retirar, o horário de visitas é às 10:00 e 19:00, pode vê-la em algumas horas. - sorriu fraco se referindo ao relógio de parede que indicava que já se passava da 00:00, Oliver assentiu.
-- Tudo bem, eu trago suas roupas okay? - falou ainda parado no meio do corredor enquanto a enfermeira me puxava levemente.
-- Okay. - respondi simples e eu já começava a sentir meus olhos pesarem, que medicação forte.
Não demorou muito para que chegássemos até o quarto em que eu estava antes, a mulher alta me deitou com cuidado na cama e colocou minhas muletas ao lado da poltrona branca que ficava do lado direito de minha cama, onde alguém deveria estar.
-- Pode dormir, deve estar cansada e os medicamentos devem estar começando a fazer efeito. - a mulher falou e arrumou os travesseiros em baixo de minha cabeça, sua voz era calma e ela era muito simpática.
-- Tudo bem... - foi a última coisa que consegui dizer antes de apagar por completo.
(...)
Acordei de vagar ouvindo passos leves em direção a minha cama, abri levemente os olhos e tentei me acostumar com a leve claridade, percebi que alguém se aproximava de mim e não demorou nem mais um segundo para eu reconhecer sua silhueta embaçada.
-- Vinnie? - chamei seu nome em um sussurro e o garoto se aproximou.
-- Oi. - respondeu com a voz baixa e confirmei que era ele, ainda estava escuro no meu quarto e tinha apenas uma luz fraca no teto para que eu não ficasse totalmente no breu.
O relógio de parede marcava que eram 03:00 da manhã e não se ouvia nem um passo sequer no corredor, estava tudo em completo silêncio.
Vinnie se sentou na poltrona branca ao meu lado e ficou me encarando, sentia um milhão de borboletas voarem em meu estômago e não conseguia nem formular uma frase direito.
-- Pensei que tinha ido embora. - sussurrei com o olhar preso em cada mínimo movimento que ele fazia.
-- Eu só... Precisava de um tempo. - abaixou a cabeça parecendo envergonhado, que bom.
-- E eu precisava de você aqui. - falei agora com a voz firme mas ainda em tom baixo.
-- Me desculpa, foi muita informação de uma vez só. - mordeu o lábio inferior e levantou o rosto me dando a visão de seus olhos cheios de lágrimas.
Senti um enorme aperto em meu peito e quase me arrependi de ter sido tão dura, mas o que eu sentia nem se comparava com o que ele sentia, eu havia perdido um filho, eu havia sido espancada até a quase morte.
Por que ele não podia simplesmente ter ficado ali comigo?
-- E você acha que não tinha sido "muita informação" pra mim também? - perguntei erguendo uma sobrancelha.
Um suspiro pesado saiu de seus lábios e ele se levantou da poltrona, logo em seguida o garoto tirou seus sapato e eu olhava tudo atentamente com um grande ponto de interrogação no meio da testa.
Tirou a coberta branca que me cobria da cintura pra baixo e se inclinou, o loiro deitou-se ao meu lado e me afastei levemente por eu estar bem no meio da cama pequena.
-- Você não pode ficar aqui. - tentei argumentar mas não adiantou, Vinnie puxou a coberta novamente e nos cobriu, em seguida se deitou de lado e abraçou meu pescoço deitando sua cabeça em meu ombro.
Um nó se formou em minha garganta e de repente aquela raiva foi substituída por uma imensa calma, Vinnie sempre sabia o que fazer e às vezes aquilo me irritava, de um jeito bom.
Não consegui conter as lágrimas carregadas que insistiram em correr por meu rosto, tudo que havia acontecido tinha sido a gota d'água, aguentei tudo calada por muito tempo e agora que tinha alguém pra confiar eu nem mesmo sabia o que fazer com isso.
-- Eu te amo, nunca te deixarei sozinha de novo, eu prometo. - sussurrou em meu ouvido e me apertou mais contra si.
As dores em meu corpo nem importavam mais, eu apenas queria ter ele perto e não soltar nunca mais.
Passei os braços por seu troco e o apertei com força, Vinnie deixou um beijo suave em meu pescoço e acariciou meu cabelo.
Mas uma coisa me chamou a atenção, quando desci o olhar percebi uma macha vermelha estranha na barra de sua blusa azul, ela era pequena mas dava pra notar.
-- Vinnie. - o chamei com a voz chorosa. - O que é isso? - perguntei sentindo meu coração palpitar, uma coisa louca passou por minha mente e eu tentava não pensar que fosse aquilo.
-- Shh, eu cuidei das coisas. - falou com calma na voz, podia ver que ele parecia decidido.
Droga Vinnie, o que foi que você fez?
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Desculpem a demora, o wattpad de vocês também tá estranho? Não consigo salvar os capítulos e às vezes apaga as palavras, tem umas pessoas que disseram que o wattpad não tá entregando meus capítulos, assim não daaaa.
Prometo que vou postar com urgência o próximo cap, odeio demorar tanto pra postar.
Ily💙
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I'm not the only one - Vinnie Hacker
FanfictionCassie é o tipo de garota provocativa, que não pensa antes de fazer qualquer coisa. Vinnie por outro lado é mais fofo, amigo de todos e se aproxima de Cassie, mal sabem os dois que vão acabar por se aproximar mais do que deviam... [NÃO ACEITO AD...
