I'm not the only one - Vinnie Hacker

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  -- Foi mal. - falei baixo assim que tombei com uma pessoa alta no corredor, antes que pudesse sair correndo para voltar a minha procura a pessoa segurou meu braço.

  -- Quanta pressa. - pude reconhecer a voz grave de Powell.

  -- Ah que bom que te achei, viu o Vinnie por aí? - perguntei enfiando as mãos no bolso de meu casaco, estava congelando.

  -- Vi ele no jardim agora pouco. - apontou para trás de si e soltei um longo suspiro de alívio.

  -- Okay muito obrigada. - sorri e saí correndo pelos corredores.

  Algumas pessoas me cumprimentavam no caminho e eu apenas dava um sorriso forçado em troca, não estava com cabeça nem tempo para ficar parando com qualquer pessoa que via.

  Finalmente me vi chegando nos grandes portões que levavam ao jardim pouco usado pela escola, abri as portas rapidamente e me deparei com uma cena deplorável.

  Olívia estava ao lado de Vinnie que tinha sua cabeça escondida nas mãos enquanto estava em completo silêncio, a loira tentava chamar sua atenção enquanto conversava com o garoto, perto demais.

  -- Vinnie? - chamei seu nome e em um movimento rápido o loiro levantou a cabeça e Olívia consequentemente se virou para mim.

  -- Cass. - sua voz pareceu sair como um sopro de alívio.

  Vinnie tinha uma expressão de cansaço aparente no rosto, estava com olheiras fortes e piscava os olhos devagar, sua respiração estava mais calma que normal e isso só fez eu me preocupar mais.

  -- Tô indo. - Olívia falou em tom baixo e acariciou as costas do garoto ao seu lado, que apenas forçou um sorriso de lado.

  Eu não me importava mais com a presença dela ali, estava muito preocupada com Vinnie para me importar com qualquer outra coisa.

  Ficamos em silêncio apenas esperando a garota sair, assim que as portas se fecharam andei rapidamente até o banco que ele estava e me sentei ao seu lado.

  Não foi preciso dizer nada, apenas senti os braços do garoto se envolverem em meu corpo em um abraço apertado, como se não nos víssemos a meses.

  -- Quer me contar o que aconteceu? - perguntei depois de um tempo em seu abraço apertado, o silêncio dominava aquele jardim tão florido que normalmente costumava ser inundado com sons de pássaros.

  -- Nada de mais, só tô um pouco cansado, aquele lugar consegue sugar todas as minhas energias. - forçou uma risada e senti um forte aperto no peito, como se algo me pedisse para não deixar ele ficar lá.

  -- Não quero que fique lá. - falei em um fio de voz, na tentativa falha de ignorar o enorme nó que se formava em minha garganta.

  -- Eu não tenho muita escolha. - separou nosso abraço e sorriu de lado, havia tanta dor em seu sorriso.

  -- Por favor, me promete que se acontecer algo você vai me avisar na mesma hora e vai lá pra casa. - pedi quase como se estivesse implorando e suas bochechas coraram.

  -- Tudo bem. - assentiu com a cabeça e deixei um beijo demorado em sua testa.

  -- Vamos ao lago depois das aulas? - perguntei e acariciei sua bochecha que tinha um tom avermelhado intenso, no frio Vinnie conseguia ficar incrivelmente adorável.

  -- Sim, tô precisando mesmo. - sorriu de lado e se aproximou, deixou um breve selinho em meus lábios e seus grandes olhos me fitaram.

  -- Que foi? - perguntei dando um sorriso involuntário, ele sempre conseguia me arrancar um riso mesmo em situações como esta.

  -- Nada, eu te amo. - seu olhar era intenso enquanto proferia as palavras que ultimamente eram as minhas favoritas, principalmente quando citadas por ele.

  -- Gosto quando fala isso do nada. - sabia que estava com cara de idiota assim que falei as seguintes frases: - Eu te amo, muito. -

  Selou nossos lábios em um beijo intenso, sem nem sequer um pingo de malícia, havia apenas saudade e carinho.

  -- Não dá mais pra irmos para a primeira aula. - riu baixo quando nos separamos.

  -- Ótimo, eu queria mesmo ficar aqui com você. - rimos juntos e o garoto beijou a ponta de meu nariz. - Isso foi estranhamente fofo. - apertei o olhar e uma gargalhada alta foi ouvida.

  -- Ah para, eu quis tentar algo novo. - deu de ombros enquanto ainda ria.

  Minha atenção foi totalmente depositada ao braço esquerdo de Vinnie que, enquanto falava, pude notar que a manga de seu casaco de moletom preto se levantou um pouco deixando a mostra uma marca roxa, mais especificamente no pulso.

  Aquela dor no peito voltou e de um momento para o outro senti uma imensa vontade de chorar e protegê-lo de tudo, mas não foi isso que eu fiz.

  Vinnie aparentava estar um pouco mais alegre do que quando cheguei e não queria estragar isso, não queria voltar ao assunto pois sabia que ele não gostava de falar disso, gostava de vê-lo rindo comigo daquele jeito e se fosse preciso, eu não tocaria no assunto até que ele quisesse conversar novamente.

  Prefiri tentar esconder minha expressão de dor e tentar ignorar o fato de que seu pai havia feito algo com ele, mas era impossível, não dava pra se ignorar uma coisa dessas, eu faria algo a respeito e tinha que ser o mais rápido possível.

  Mas eu nunca desistiria dele.

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  A internet aqui em casa tá muito ruim gente, desculpem por não postar ontem, vou soltar os dois capítulos amanhã mais ou menos de manhã ou 14:00
Tô enviando esse capítulo rápido antes que a internet volte a cair, desculpa mesmo.

  Ah e muito muito muito obrigada aos que me apoiam a escrever outra fic, eu já tenho tudo em mente e vou soltar ela assim que terminar essa, vocês são incríveis e amo cada um❤️❤️❤️
Ily💙