Chance

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Bogum não apareceu no dia seguinte, fazendo Irene pensar que ele não estava interessado. Ela estava feliz porque sua mãe finalmente parou de incomodá-la. Também ajudou a diminuir sua confusão, porque a verdade era que, embora ela não pudesse admitir isso para si mesma, ele ainda tinha um efeito sobre ela, mesmo que pouco.

De certa forma, a menininha que o amava quando ainda era criança, ainda estava dentro dela; o que a leva a se sentir parcialmente desapontada ao pensar que seu carisma nem sequer o afetou.

Por outro lado, Seulgi ainda não havia ligado para ela. Irene estava esperando a ligação desde o Dia dos Namorados, porque sabia que ouvir a voz de Seulgi a ajudaria de alguma forma a esquecer sua mãe e Bogum por um tempo.

Mas o que estava contribuindo para sua confusão eram seus sentimentos em relação a Seulgi. Ela não tinha certeza de como explicar isso. Ela nem tinha certeza de como isso difere do que estava sentindo por Bogum. Era semelhante em algum momento, mas totalmente diferente no geral.

Existia uma maneira de ela descobrir o que era mais importante?

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Era domingo à tarde, depois de uma ida ao supermercado, quando Irene e a mãe chegavam em casa, viram o familiar carro preto em frente ao portão.

– Olhe para isso. - Disse a mãe com um sorriso, parando o carro em sua garagem.

Os olhos de Irene se arregalaram quando Bogum saiu do lado do motorista e caminhou em direção a elas.

– Ei. - Ele disse, inclinando-se para dentro da janela do carro do lado da mãe de Irene.

– Ei, querido, é ótimo ver você. - Disse a mulher mais velha, beliscando a bochecha de Bogum. – Onde você esteve? Irene estava esperando por você desde quinta-feira. - Ela falou.

– Mamãe! - Irene a reprimiu.

– Estou só brincando, querida. Não leve a sério. - A mãe se desculpou, esperando Bogum falar algo.

– Eu estava em uma viagem de negócios fora da cidade nos últimos dias. Acabei de voltar ontem à noite. - Disse Bogum, sorrindo timidamente para elas.

– Há quanto tempo você está esperando ai? Você deveria ter me ligado ou ligado para Irene nos dizendo que estava vindo. Fomos buscar algumas compras. - Respondeu.

– Não se preocupe, está tudo bem. Foi só por alguns minutos. E eu ainda não tenho seus números ... - Ele respondeu, com as mãos nas costas.

– Oh, eu vou dar para você lá dentro, ok? - Disse a mãe de Irene.

– Isso seria ótimo. - Disse Bogum. – A propósito, posso ajudá-las com as compras? - Ele se ofereceu.

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– Obrigada pela ajuda. - Disse a mãe de Irene, segurando um copo de água fria para Bogum.

– Oh, obrigado. - Disse Bogum antes de beber tudo. Ele devolveu o copo. – E de nada. -

– Você tem algo para fazer esta noite? Espero que você possa ficar para o jantar. - A mulher falou enquanto tirava as compras.

Irene balançou a cabeça e sorriu para si mesma. Ela estava colocando os condimentos que compraram no armário enquanto ouvia a conversa acontecendo na cozinha.

– Humm, bem ... - Disse Bogum, passando os olhos da senhora mais velha para Irene. – Eu esperava poder levar Irene para jantar ... - Ele respondeu.

Irene se virou para olhá-lo, surpresa.

– Ah é? - A mãe de Irene também ficou surpresa.

– S-sim. - Bogum assentiu, hesitante. – Se ... se ... se Irene estiver disponível e quiser, claro ... - Ele falou.

Hershe - SeulreneWhere stories live. Discover now