Atitude

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Irene ficou pensando após a ligação de Seulgi. Ela estava animada e preocupada. Ela queria esclarecer o que acontecia entre elas, mas, ao mesmo tempo, estava preocupada, com medo de que a conversa as levasse a cruzar aquela linha.

Ela estava assustada porque sabia que não poderia mais se conter. E o que aconteceria se sua mãe descobrisse? Ela vai esconder isso? Ela sabia que não havia como sua mãe aceitar algo assim.

No meio de sua reflexão, Irene notou um carro preto desconhecido estacionado em frente ao portão delas.

– Eu sinto o cheiro de um novo pretendente aqui. - Irene disse, beijando sua mãe que a encontrou imediatamente quando entrou pelo portão. – É este o motivo do jantar repentino no restaurante? - Perguntou.

– Shh, abaixe sua voz. Encontrei um novo cliente hoje de manhã e vamos jantar com ele. - Disse a mãe, puxando Irene para dentro.

– Nós? Por que eu ainda tenho que ir junto com vocês? Você não precisa de uma acompanhante para cuidar de você. - A mais nova dizia.

– Sem mais perguntas. - A senhora mais velha empurrou Irene para dentro de casa. – Sua roupa está ótima, fique com ela mesma. Preciso que faça companhia a ele enquanto eu vou me vestir, ok? - Ela pediu.

– Certo. - Irene não pôde deixar de se sentir mais animada por sua mãe. Ela balançou a cabeça enquanto observava a senhora mais velha subir as escadas.

Ela olhou ao redor da área e notou uma imagem alta e esbelta em pé na sala de estar. As costas do homem estavam de frente para ela. Ele estava ocupado olhando as molduras, uma oportunidade que Irene não deixou passar para observá-lo um pouco mais. Ele estava vestindo uma camisa polo branca de mangas compridas e calça preta justa, com um casaco sobre um braço.

Ela tinha que admitir, que as costas dele realmente eram bonitas. Ela estava feliz que sua mãe ainda tinha um bom gosto em homens.

O som de seus sapatos de salto batendo no chão de azulejos fez o hóspede se virar. – Ei. - Ele disse com um sorriso.

A boca de Irene ficou aberta quando ela se viu encarando aqueles olhos familiares. – B-Bogum? -

– Uh, sim-sim. O que acontece com esse rosto chocado em me ver? - Ele perguntou arqueando a sobrancelha.

Irene imediatamente desviou os olhos dele. – Uh ... estou surpresa em vê-lo aqui ... - Respondeu.

– Também fiquei surpreso ao ver sua mãe mais cedo. - Respondeu.

– O-onde vocês se encontraram? - Perguntou, curiosa sobre isso.

– A empresa que trabalho quer contratar os serviços da que sua mãe representa. Meu chefe me pediu para ir à reunião.- Disse Bogum, colocando a mão no bolso. – Nós nos nos encontramos devido a essa mera coincidência. Então ela me perguntou se eu tinha um encontro hoje à noite, eu disse que não, foi quando ela me convidou para sair com vocês. - Ele respondeu, tentando sorrir.

– Ahh ... - Agora ela sabia o verdadeiro motivo da reserva repentina.

Como se adivinhasse tudo, a mãe dela apareceu na escada e os chamou: - Vocês se importam se vocês forem sozinhos hoje à noite? Estou com uma terrível dor de cabeça. - Ela dizia, colocando a mão na nuca.

Irene revirou os olhos.

– Você vai ficar bem se deixarmos você em sozinha? - Perguntou Bogum. – Podemos simplesmente cancelar o jantar para que Irene aqui possa cuidar de você. - Ele dizia apontando para a mais nova.

Irene corou ao ouvir Bogum chamar seu nome. Ela não se lembrava de alguma vez ter ouvido ele a chamar assim, pelo nome. Lembrou-se de Minho e ele a chamando de pequenina quando eram mais jovens.

Hershe - SeulreneWhere stories live. Discover now