Visitante

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Irene acordou vendo o raio de luz da manhã pela janela. Ela esticou os braços e olhou em volta, Mas no momento em que o desconhecimento do quarto a atingiu, ela se levantou imediatamente.

Ela levou a mão à cabeça depois de que uma dor terrível a acometeu. Ela tentou se lembrar do que aconteceu mas sua cabeça era uma bagunça. A última coisa que ela lembrou foi sentir as pernas entorpecidas e Seulgi e Eric a carregarem para o estacionamento. Ela não tinha certeza do que aconteceu depois disso.

Irene examinou o quarto. Ela viu um despertador na mesa de cabeceira e percebeu que já passava das dez horas da manhã.

Encontrou a sua bolsa por perto e procurou o celular. Ela franziu a testa porque sua bateria estava vazia. Sua mãe definitivamente a mataria por nem ligar ou avisar onde passaria a noite.

Ela se levantou da cama e vagou pelo quarto, querendo descobrir em que casa ela estava agora. Ela viu uma moldura em cima da mesa perto da janela. Era a foto de formatura de Seulgi com um homem mais velho a seu lado, provavelmente o pai dela.

Os olhos dela se arregalaram.

Ela entrou em pânico. Ela não podia conter a ideia de que Seulgi a viu nesse tipo de situação. Ela estava mais envergonhada com a idéia de que Seulgi a veria agora em sua aparência abatida. E o pior é que ela não consegue se lembrar de nada da noite passada. E se ela tivesse feito algo que não deveria?

Ela deu um tapa em si mesma por ter uma mente suja. Então ela se arrumou, ainda vestindo suas roupas de ontem. Seulgi não estava por ali.

Irene saiu do quarto e encontrou a mais nova no sofá, todo o seu corpo estava coberto por um cobertor. Irene se inclinou um pouco para inspecionar o rosto de Seulgi.

Ela tocou o nariz de Seulgi com a ponta do dedo. Seulgi não se mexeu. Irene sorriu. Ela parou quando percebeu que o que ela estava fazendo era bobagem. Ela olhou para Seulgi novamente e foi quando ela percebeu algo.

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Seulgi estava de pé perto de um abismo.

Ela olhou em volta para verificar se havia alguém com ela. Não havia ninguém. Ela se sentiu sozinha. Ela sempre se sente sozinha. Desde que sua mãe morreu, seu pai se afogou no trabalho apenas para lidar com o sofrimento. Para uma criança pequena de sua idade, Seulgi não sabia como seguir em frente.

Então ela viu Joy em pé na beira do outro penhasco na frente dela. Ela queria ir para lá, mas não havia ponte em lugar nenhum. O penhasco era muito alto e ela morreria se caísse no rio abaixo.

Joy! - Ela chamava pela mais alta.

Joy não se moveu.

JOY! - Ela gritou dessa vez mais alto.

Joy parecia não ouvi-la.

Ela deu alguns passos para trás e avançou, correndo rápido. Ao chegar à beira do penhasco, Seulgi saltou o mais alto que pôde. Ela pensou que conseguiria - ela tinha certeza de que poderia -, mas por causa de elementos desconhecidos, enquanto estava no ar, ela viu a abertura dos penhascos se tornar maior, fazendo-a pousar com as duas mãos segurando a beira do outro penhasco.

Joy! Me ajude! - Ela olhou para baixo e viu a corrente selvagem de água.

Ela tentou descansar o pé direito em uma pedra, mas ela rachou e caiu imediatamente. Ela olhou para cima e viu Joy olhando para ela.

– Joy, me ajude! Eu não quero cair! - Seulgi pedia, desesperada.

Seulgi. -

Hershe - SeulreneWhere stories live. Discover now