-- Nem que isso demore meses para acontecer, eu vou conseguir te reconquistar Cass, eu te amo e não vou desistir de você. - respondeu com a voz firme e parecia decidido.

-- Filha. - a voz grossa de meu pai ecoou pelo quarto e uma sensação de alívio percorreu meu corpo, não saberia se aguentaria ficar sozinha naquele quarto com Vinnie sem voltar a beija-lo novamente.

-- Pai. - suspirei desviando o olhar para o homem que entrava com um pequeno sorriso no rosto e de braços abertos.

O mais velho se aproximou e me deu um de seus abraços apertados que ele apenas me dava quando tinha sete anos, estava com saudade de tê-lo por perto.

-- Você tá bem? Tá sentindo algo? - perguntou completamente preocupado enquanto me analisava de cima a baixo.

-- Eu tô bem pai, para com isso. - falei rindo baixo e Vinnie riu junto, seu sorriso conseguia iluminar minha mente.

-- CASSIEEEEE. - ouvimos um grito alto e de repente Becky entrou correndo enquanto todos a olhavam, Tristan vinha atrás e Milles estava parado na porta com um sorriso de canto, devolvi o sorriso e senti uma grande felicidade ao ver todos ali.

-- Oi gente. - sorri fraco e Becky rapidamente me envolveu em um abraço que quase quebrou todos os meus ossos.

-- Você é uma puta vagabunda, eu pensei que você ia morrer. - a animação de Becky foi completamente embora dando espaço a seu choro desesperador.

-- Calma, eu viva não tô? - tentei forçar uma risada mas não adiantou muito já que a mesma não parava de chorar.

-- Bom, vamos deixar vocês sozinhos pra conversarem um pouco. - meu pai deu um leve aperto em meu ombro e sorriu, saiu juntamente com Vinnie e o doutor e não me lembro de quanto tempo mais ficamos conversando ali.

(...)

-- Desculpem mas o horário de visita acabou. - entrou uma enfermeira no quarto que tinha um sorriso nitidamente forçado.

-- Ah mas já? - Becky perguntou se levantando de cima de mim enquanto a mesma tentava a todo custo me fazer cócegas.

-- Sim, infelizmente. - sorriu sínicamente, não gostei muito dela.

-- Okay Cassay, estamos indo mas amanhã vamos estar te esperando bem na porta pra sair desse inferno. - Tristan falou meu apelido e riu seguido de Milles.

-- Quer que eu fique? - Milles perguntou, ele parecia realmente cansado e pelo que pude entender ele passou a noite naquelas cadeiras duras da sala de espera junto com Vinnie e meu pai, não iria deixar ele passar por aquilo de novo sendo que eu estava ótima.

-- Não precisa, sério eu tô ótima e você está podre de cansaço, pode ir. - sorri abertamente.

-- Tem certeza? Eu posso te fazer companhia. - acariciou meus cabelos e senti minhas bochechas corarem.

Havia conhecido Milles a tão pouco tempo mas parecia que éramos melhores amigos, ele me ajudou em momentos que tenho certeza de que se estivesse sozinha iria fazer algo pior do que apenas uma quase overdose.

Ele havia se tornado um grande amigo para mim e com certeza ainda gostaria de passar muito tempo com ele, era uma pessoa que eu nunca havia pensado em conversar ou muito menos ser amiga já que eu não era de seu círculo de amigos, mas ele era incrível e estava sempre ao meu lado.

-- Tenho sim, pode ir. - toquei sua mão acariciando levemente e de canto de olho pude ver Becky sorrindo maliciosa, não é possível.

-- Que foi? - perguntei juntando as sobrancelhas e ela e Tristan riram.

-- Nada não, estamos indo antes que sejamos expulsos. - Becky pegou sua bolsa e apontou para a enfermeira que ainda se mantinha parada na porta nos encarando.

-- Okay, amo vocês. - mandei beijinhos no ar e os três me abraçaram de uma vez só. - Assim vocês vão terminar de me matar. - fiz uma voz de quem estava sendo sufocada e eles riram.

-- Byee. - Becky e Tristan acenaram saindo e Milles deixou um beijo rápido no topo de minha cabeça.

Em seguida a enfermeira também saindo deixando apenas um aviso dizendo que o médico viria para me observar.

Ergui o olhar até o relógio branco que ficava no alto em frente a minha cama, marcavam estar 11:00, ficamos apenas uma hora conversando? Pareciam seis horas.

Um som de porta se abrindo bruscamente me fez levar um susto e me virei rapidamente vendo Vinnie entrar rapidamente no quarto e fechar as cortinhas da janela de vidro que dava pra se ver quem estava dentro do quarto.

Sorriu de lado e se aproximou, se sentou na poltrona novamente e parecia elétrico.

-- Consegui driblar aquela enfermeira, ela não deixaria eu vir mas precisava te ver uma última vez. - sorriu animadamente e não consegui prestar a atenção em nada mais pois eu tinha toda minha atenção focada no garoto em minha frente que tinha um sorriso enorme no rosto.

-- Como escapou dela? - perguntei me sentando melhor na cama e percebi que até agora não havia me olhado em nenhum espelho, devia estar igual uma ratazana e senti vergonha por isso.

-- Ah eu dei meu jeito. - piscou com um olho e tentei disfarçar a vermelhidão em meu rosto enquanto prendia o cabelo em um coque no topo da cabeça.

Aquele silêncio agonizante se instalou novamente no ambiente e eu não sabia se enfiava minha cara em baixo dos lençóis brancos da cama ou se continuava a o encarar.

Parecia que algo havia mudado, eu estava completamente envergonhada por ele estar ali me vendo naquela situação e por estarmos em silêncio total enquanto tínhamos nossos olhares fixos um no outro, era como se tivéssemos voltado a ser duas crianças na escolinha que se gostavam mas tinham vergonha de se falar.

-- Você... Quer que eu fique aqui com você? - perguntou olhando para seus dedos e em seguida para mim novamente.

-- Não precisa, você tá cansado e eu tô bem agora, não se preocupa. - assenti com a cabeça tentando o tranquilizar.

-- Eu nem sei por que perguntei, já iria ficar aqui de qualquer jeito. - riu e acariciou meu rosto. - Vou pregar o turno da madrugada. - sorriu de lado e neguei rapidamente.

-- Não precisa V, sério eu tô ótima, pode ir pra casa e descansar. - toquei sua mão por cima de meu rosto e percebi seu olhar voar longe, ele havia gostado.

-- Eu vou mas eu volto, estou aqui às 00:00 okay? - passou seu polegar levemente por minha bochecha e me perdi em seus olhos castanhos claro.

-- Babe não precisa, eu... - não terminei de falar pois o som da porta se abrindo me cortou.

-- Ah, você está aqui, ande o horário de visita terminou. - a mesma enfermeira entrou no quarto e deu um olhar um tanto quanto malicioso para Vinnie, isso me incomodou um pouco talvez.

-- Te vejo meia-noite. - deixou um beijo rápido em minha testa e não pude dizer mais nada já que ele passou por aquela porta e sumiu de vez junto com aquela enfermeira.

Meia-noite

Por algum motivo estava ansiosa para chegar logo meia-noite, queria ver ele novamente e queria ficar com ele, não sabia ao certo por que estava sentindo aquilo mas era como se fosse a primeira vez que eu iria encontrar com ele.

Meia-noite

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Desculpem o atraso, tá rolando umas paradas aqui em casa e eu tô meio estressada skdjsjdkdk
Espero que gostem do capítulo, eu amo muito vocês e obrigada por tudo mesmo❤️❤️❤️
Ily💙

I'm not the only one - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora