Nossos pratos chegaram e começamos a comer enquanto conversávamos, pelo que ela havia me dito ela e Kio estavam se dando muito bem, os dois já conversaram sobre a relação e ambos concordaram que nenhum dos dois pegariam outra pessoa que não fossem eles mesmos, eu achava incrível a maturidade que Becky tinha pra conversar abertamente sobre esse assunto com Kio.

  O celular dela começou a tocar e o nome de Tristan apareceu na tela, a garota empurrou seu celular pra mim pois estava com a boca cheia.

  -- Fala fala fala. - atendi e ele estranhou.

  -- Quem é?

  -- O sapo cururu.

  -- Nossa você é tão engraçada, há há há. - fingiu uma risada e eu ri. - Não reconheci sua voz, enfim venham pra casa tô esperando vocês. -

  -- Como assim? Não era pra esperar você aqui? - perguntei e Becky juntou as sobrancelhas.

  -- O trânsito tava infernal então vim direto pra casa da Becky, venham logo se não a gente vai se atrasar. - Tristan desligou a chamada, desgraçado.

  -- Tristan falou pra gente ir direto por que ele tá nos esperando na sua casa. - peguei a carteira em minha bolsa e levantei a mão para que o garçom pudesse vir até a mesa.

  -- Ué, achei que ele que viria nos encontrar. - pensou um pouco e deu de ombros.

  O garçom sorriu para nós duas e estendeu a pequena máquina de pagamento em minha direção, passei o cartão e saímos dali rapidamente pois se o trânsito estava tão ruim assim nós com certeza nos atrasariamos.

  Procuramos o carro pela grande garagem do estacionamento e não demorou muito para encontrarmos, Becky insistiu para dirigir e eu deixei obviamente, estava cansada e só queria ir logo pra esse baile pra me livrar logo.

  Não estava mais tão empolgada quanto no dia que compramos os vestidos, a todo instante eu imaginava a cena de Vinnie e Olívia dançando juntos e aquilo me causava grandes dores no estômago.

  Se apenas de imaginar eu já estava assim, imagine quando eu realmente visse essa cena, tentei limpar minha mente e focar nos carros parados enquanto Becky xingava todos eles.

  -- Desse jeito não vamos chegar nunca. - apoiou sua cabeça no volante e suspirou.

  -- Realmente. - coloquei minha cabeça pra fora do vidro afim de ver o que estava atrapalhando o movimento e parecia ser apenas as ruas cheias da cidade, nada novo.

  Ficamos mais alguns vinte minutos naquele trânsito insuportável, as buzinas pareciam inacabáveis e Becky já estava a um passo de mandar todo mundo se foder, e como num passe de mágica os carros começaram a andar, teve até palmas de tanto que as pessoas estavam felizes.

  Chegamos na casa de Becky e peguei meu vestido na caixa que estava no banco de trás, subimos correndo e Tristan estava deitado na cama mechendo no celular.

  -- Puta merda finalmente, onde vocês estavam? - perguntou se levantando e vindo até nós duas.

  -- Aquele trânsito filho da puta, agora estou com dor de cabeça. - Becky passou a mão em suas têmporas, abri minha bolsa e de lá tirei uma cartela de remédios que eu sempre guardava.

  -- Aqui. - estendi em sua direção e ela e Tristan arregalaram os olhos. - Que foi? É só remédio, não vou deixar você chapadona no baile. - revirei os olhos e ela de ombros logo tomando o mesmo com um pouco de água que tinha ao lado de sua cama.

  -- Vamos logo antes que não dê tempo. - Tristan nos apressou e cada um foi pra um banheiro diferente para tomar banho, eu fiquei com o do quarto de Becky, ela ficou no quarto de seus pais e Tristan foi para o banheiro principal da casa.

I'm not the only one - Vinnie HackerWhere stories live. Discover now