Autor de Propósitos - Trilogi...

By ThayllaFernanda9

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♡ Início 12/11/17 ♡ "Sentia meu coração se partindo em pequenos pedaços, o chão sumiu abaixo dos meus pés e t... More

AVISOS
Epígafre
ELENCO
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
🌸 Anúncio 🌸
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Epílogo ♡
Agradecimentos♡
Projetos futuros
Autor de Recomeços.
Respira!

Capítulo 61

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By ThayllaFernanda9

Demorei mas cheguei!

Acho que já virou mania começar o capítulo pedindo desculpa a demora, mas quem escreve sabe como é difícil conciliar tudo.

Tenho dois filhos, marido, casa e vocês já sabem o resto, então agradeço a vocês por terem paciência em me esperar... Sério, amo vocês!

Não se esqueçam de deixar seu votinho lindo!

Temos o grupo no WhatsApp, venha ser uma Tantazita. Participe de nossos devocionais e cultos.

Boa leitura... ❤

        Letícia narrando♡

      Amigo!

Meu corpo todo estava paralisado.

Olhava pra Lucas, completamente encantada. Além de ter um irmão bonito, era nítido o brilho do Espírito Santo de Deus em seu olhar.

Minhas mãos ainda tremiam, meu lábios queriam acompanhar o movimento de minhas mãos. O coração batia acelerado, correndo risco de passar mal, de tão forte que as emoções estavam.

Me perdi na escuridão de seu olhar... Eu via tanto de Deus ali, e ao mesmo tempo, via um menino perdido.

Estou ficando maluca!

- Oi, Letícia. – Aproximou-se e estendeu sua mão. – Tudo bem?

Olhei sua mão estendida e senti vontade de abraça-lo.

Era como se meu corpo reconhecesse que, o sangue que estavam nas veias do homem à minha frente, era igual ao meu.

Eu sentia que podia confiar nele, mas tinha medo de estar enganada.

Fui iludida por anos em um namoro que eu achava que só existia amor... Não podia arriscar.

Segurei as lágrimas que queriam acompanhar as que tinham escorrido. Forcei minha voz a sair firme, e depois de respirar fundo, calmamente, respondi:

- Oi, boa tarde, Lucas. – Estiquei minha mão gelada e apertei as suas.

Ele passeou seus olhos em meu rosto, e abriu um sorriso, como se estivesse encantado com o que viu.

Acho que sou uma ruiva bonita.

Sei que não chego aos pés da Sôh, mas não sou feia.

Meu controle emocional, depois que fui traída, ficou totalmente abalado, eu nunca tinha certeza se poderia confiar verdadeiramente nas pessoas, ainda mais em homens.

- Vamos almoçar? Ou você tem hora pra chegar em casa? – Puxou assunto.

Incentivando a começar à andar, dei alguns passos e ele me acompanhou.

- Não. Podemos comer com calma, e ir conversando aos poucos. – Propus.

- Isso me parece ser bom. – Disse, pondo as mãos no bolso do moletom.

- É sim. Até porque é muita emoção e informação pra minha mente. – Respondi impassível.

Ele somente assentiu e permaneceu em silêncio.

Nunca me questionei com o silêncio, mas o dele, me incomodou.

Será que ficou chateado?

A verdade é, ele não tem culpa de nada que Antônio fez!

- E então, quantos anos você tem? – Perguntei, querendo que ele se sentisse confortável.

Eu sei. Tenho coração de margarina.

- Estou com 20 e você? – Parei brutalmente e o olhei.

- Como você tem à minha idade? – Sorrir debochada e disse: - Mas é claro! Ele traía à minha mãe. – Revirei os olhos.

- Eu sei. – Baixou os olhos. – Ele assumiu isso à minha mãe, depois que saiu dá prisão. Por isso que eles ficaram separados – Respirou fundo e deu continuidade:

- Minha mãe na época não era cristã, não soube esperar o tempo de Deus, e quando ele sumiu ela ficou desesperada. – Voltamos a caminhar, coloquei as mãos no bolso e passei à prestar atenção. - Depois de meses procurando descobriu que ele estava preso, na delegacia mesmo ela ficou sabendo de tudo e com isso ela voltou pro Brasil, porque minha mãe é brasileira.

Assenti em silêncio, enquanto puxava à cadeira do restaurante.

- Ela sofreu bastante, e no tempo que ele estava detido cresci sem sua companhia, ela reconstruiu á sua vida, mas quando meu pai foi solto foi atrás dela, por incrível que pareça minha mãe ainda o amava, por isso não casou novamente. Resumindo. – Esfregou os cabelos e completou: - Ela o perdoou e eu também. Ainda era um menino e não entendia muita coisa, mas mesmo depois de maior eu não fiquei com raiva dele, mas sim, decepcionado.

Observei minhas mãos sob á mesa e tentei organizar à bagunça que se encontrava à minha mente.

- Ele destruiu a vida dela. – Respondi.

- Eu sei. – Ouvi sua voz baixa, e levantei meu rosto em sua direção. – Ele se culpa muito. Acha que ela nunca vai perdoa-lo, mas se eu fosse ímpio, diria que ela está certa:

* Claro! Como ela vai perdoa-lo depois de tudo que a fez passar?

* Como que ela vai olhar no rosto do mostro que bateu na sua mãe?

* Como Sofia vai conseguir superar um homem que quase a estuprou?

- Ainda bem que você me entende. – Respondi, enxugando algumas lágrimas.

- Eu te entendo, compreendo ela e não a julgo e muito menos critico, até porque não sou Deus, mas antes de fazer bem a ele, vai ajudar a ela própria. – Assenti.

- Eu acho que no fundo, Sôh sabe disso, mas o orgulho e o medo a impede de prosseguir. E também, ela ainda não quer perdoa-lo. – Ele me olhou e arregalou os olhos.

- Ela não quer?! – Perguntou.

- Não. Ela tem muita mágoa, muito rancor. Sofia sofreu muito e eu não sei se você sabe, mas perdermos nossa mãe recentemente.

“Ela ainda carrega essa ferida no peito. Foram 2 meses; mais ou menos, que ela permaneceu quebrando a cara, até compreender que Deus estava no controle.”

- Olha, eu sei que pra ela não deve ser fácil e eu não estou a criticando, mas.. Isso não mexe com ela? Pelo que eu vi ontem, Sofia ainda não estava preparada pra rever meu pai. – Balançou a cabeça. – Estou perdido agora.

- Olha só, Lucas. Eu não sei se você sabe de tudo, mas é uma ferida imensa que está em seu coração! – Tentei controlar a voz. – Já se pôs no lugar dela? Sofia, presenciou minha mãe grávida apanhando! – Exasperei.

- Eu sei. Eu sei, mas isso só faz mal a ela! – Insistiu.

- Você acha que eu não sei?! – Bati a mão na mesa.

- Por favor! Desculpe! – Respirou fundo e prosseguiu: - Vamos conversar com calma, eu quero ser seu amigo. Quero que entenda minha linha de raciocínio. Eu não estou contra ela, mas! – Esfregou o cabelo e passou as mãos no rosto.

Se eu pudesse reconhecer sua expressão facial, diria que ele está angustiado.

- Mas, o quê? – Questionei.

- Letícia, ela não quer perdoar ele, e isso está a destruindo! Cara, minha irmã pode perder a salvação dela por não perdoar! – Expressou-se angustiado.

Sua resposta me abalou. A forma em que se referiu a Sofia, mostrava que o sentimento/amor de irmão ele já sentia.

Ele estava preocupado com a salvação da alma de uma pessoa que não tinha conversado por muito tempo.

Seu coração estava angustiado, por saber que sim; ela perderia sua salvação se não mudasse seu pensamento.

- É-el-ela nem dor-dormir, conse-guiu hoje. – Disse forçando minha voz.

Enxuguei algumas lágrimas que já escorriam.

- Eu imaginei isso. Sabe, eu fico me perguntando o porquê é tão difícil deixar o orgulho de lado e perdoar.

“Se fosse preciso Deus sentir tanta pena de nós, como sentimos dos outros pra perdoar, estaríamos perdidos!

A verdade é, nós só perdoamos porque sentimos pena, ou quando achamos que estamos nos “saindo melhor” em toda à história, a minoria perdoa pelo real motivo, são poucos os que entendem que é preciso o perdão pra ser liberto!

Sabe, o real motivo do perdão, é entender que pode sim, perdoar e viver com aquele que te feriu e te magoou.

O real motivo é que Deus nos perdoa todos os dias, e dá mesma forma que precisam do nosso perdão, precisamos do de Deus!

Um outro dia, um outro ano, pode ser totalmente o contrário... Pode ser a gente precisando do perdão!

Já pensou se fosse preciso implorar perdão? Porque sempre estamos do outro lado, é sempre nós que precisamos perdoar e se fosse totalmente o contrario?

Quando é com Deus não precisamos implorar, só é necessário o arrependimento, porque Ele mesmo nos concede o perdão!

Mas, quando é necessário perdoar ficamos remoendo e achando que estamos “bem na situação”, mas não entendemos que quem está amando é o diabo, ele que fica aplaudindo á nossa ceninha:

Eu não vou perdoar ele não! Deixa a carga do arrependimento pesar sob seus ombros, quem sabe assim não aprende?

Merece sofrer mesmo sem receber o perdão! Não fez? Que agora receba por isso!

Está se lamentando? Oh, pobre pecador! Deixa-me ver na minha agenda quando eu posso te perdoar!

Isso mesmo! Come no prato que você cuspiu!

Isso, mastiga o sofrimento que agora está sentindo, pôr tudo que me fez passar!

Vamos lá, continue correndo atrás de mim e do seu perdão, quem sabe não estou de bom humor e te liberto desse pesar no coração?!

Está entendo? O problema está em nós! Claro que quem nos feriu ou magoou está errado, mas ele se arrependeu e busca seguir em frente, já nós estamos sempre vivendo do modo que achamos certo!

Pensamos que estamos “arrasando”, sendo que só estamos nos afundando mais e mais nesse mar de ilusão...! Isso me faz lembrar de Jonas.”

- O que Jonas tem haver com isso? – Perguntei, secando às lágrimas.

- Olha, Deus mandou ele pra Nínive pra cumprir com seu chamado... Mas, Jonas teimoso... Desobedeceu a ordem do Senhor e tentou fugir!

“Na mente dele, iria ficar tudo bem se ele fugisse: Ah, vou ir embora... Assim Deus não vai querer um pecador como eu, que desobedece suas ordem e não cumpri o seu chamado, que vai contra tudo aquilo que o Senhor planejou pra sua vida! Agora estou livre! Ele não vai atrás de um desobediente! Só que Jonas se esqueceu dá coisa mais importante.”

- O quê? – O interrompi curiosa.

- O amor...! Deus nos ama tanto que não se importa de ir busca aquele desobediente. Ele nos ama tanto, que coloca provações no nosso caminho; assim como um peixe, pra nos fazer regredir e voltar até Ele... Voltar ao primeiro amor!

“No momento de desespero Jonas esqueceu que além de Senhor, Deus é nosso Pai! E assim como um pai vai atrás do filho que apronta, Ele vai até nós quando nos desviamos ou tentamos nos esquecer de nosso chamado!

Ele permite que as tempestades cheguem até nossa alma, assim como foi com Jonas, pra nos provar que independente de tudo, Ele continua no controle... Basta dá uma palavra que tudo volta pro lugar!

Olha, Deus é tão lindo, tão indescritível que mesmo quando Jonas só sabia questionar e pedir sua morte, Ele o fez entender que sua misericórdia não tem fim.

Jonas questionou a Deus, por não ter acabado com Nínive, mas Ele mostrou que não importa o nosso pecado, não importa o passado... Ele só quer nos amar e nos redimir sempre!

O povo podia ter vivido no pecado, mas se arrependeu, e isso é o que importa pro Senhor...! O arrependimento!

Quando nos arrependemos e buscamos mudar, Deus abre nossos olhos e mostra que sempre esteve ali... No controle de tudo! Ele nos ama, e é por isso, que sua misericórdia não tem fim!

Meu pai se arrependeu e o amor que Deus sente por Ele, o tem lhe sustentando e foi baseado neste alicerce que ele voltou e quer tentar mudar o futuro.

O passado não importa mas; mesmo que doa ainda... Ela precisa se lembrar que ainda tem um futuro que ele quer mudar.

Sofia, precisa entender que não é só meu pai que precisa de perdão, ela mesmo precisa se libertar do passado.

Dá mesma forma que à falta de perdão o mantêm preso ao passado, á falta de esquecer o passado tem a mantido presa, como se fosse uma prisioneira, até porque é isso que à falta de libertar perdão nos faz... Ele nos aprisiona!”

Sua fala foi interrompida pelo garçom que chegou, entregando o cardápio.

Agradeci com um aceno de cabeça, pegando o espelho dentro da bolsa, tentativa falha dele não ver meu rosto.

- Eu nem sei o que te dizer. – Respondi, fixando meus olhos nos seus e enxugando às lágrimas.

- Só diz que vai me ajudar, e que vai confiar em mim. – Assenti.

- Você é um rapaz bom. Teria sido tão mais fácil ter você com a gente. – Respondi.

- Eu penso isso sempre... Mas Deus sabe o que faz. Sabemos que a vontade dEle é melhor, então vamos aceitar. – Pegou  cardápio em mãos.

- Verdade. Sofia, vai amar esse jeito seu. – Limpei mais uma vez o rosto, tentando me recompor.

- Será? Ela pareceu ser tão séria ontem. – Arqueei uma sobrancelha, e o olhei.

- O quê? – Deu uma risadinha, perguntando.

- Não pode comparar o jeito dela, logo no dia em que reencontra alguém que a machucou tanto. – Escolhi uma massa entre tantos alimentos, e o olhei.

- É. Não tinha pensado isso, mas foi muita coisa em minha mente ontem. Eu nunca imaginei que o reencontro seria daquele jeito. – Pôs o cardápio na mesa.

- Pensou que seria com sorrisos? – Debochei.

Ele riu e respondeu: - Claro que não, mas foi tudo muito rápido e eu só lembro de como ela chorou. O filme dela caída no chão com o.. Ethan, não é? Fica se passando pela minha mente. – Puxou o ar.

Pensar em Sofia nesse estado mexe com meus pensamentos.

Suspirei e respondi: - Não gosto nem de pensar na minha irmã desse jeito.

- Desculpe. Não foi minha intenção, mas também está difícil pra mim. Não é cena nem nada do tipo, mas de um lado... Eu vejo a irmã que sempre quis conhecer, porém invés de estar feliz, ela está sofrendo – respirou fundo e continuou: -, do outro é meu pai. O homem que eu presenciei sofrendo e chorando, por vários e vários dias. Várias e várias vezes... Ele realmente se arrependeu.

Suspirei. Eu não sabia muito o que disser. Sei que pra ele não é fácil, Lucas, não tem mágoa do pai; como as irmãs. Ele conviveu com um homem mudado e arrependido e não o mostro que era no passado.

- A verdade é que, pra nenhum de nós é fácil, todos temos sentimentos. Somos humanos e toda essa história mexe com o psicológico, mas... Eu não sei o que fazer pra ajudar. – Assumi.

O garçom recolheu os pedidos e Lucas tinha os olhos na grande vidraça.

Pessoas e mais pessoas andando por aí, todas com seus problemas. Todas com um sorriso no rosto, todas fingindo uma felicidade que nem sempre existe.

- Vamos continuar orando. Sei que Deus está cuidando de tudo... Mas, vamos mudar de assunto um pouco...? Sei que nossa mente está uma confusão, mas eu gostaria de te conhecer melhor. – Lucas, perguntou, enquanto eu avaliava seu rosto, apreensivo. Deixei sair um pequeno sorriso.

- Me desculpe. Sei que você queria um momento descontraído, mas até agora não tivemos esse digamos... Descanso. – Passei as mãos no cabelo e perguntei: - Você faz faculdade? Trabalha?

- Faço faculdade de advocacia. – Abriu um sorriso, enquanto eu murchava o meu. – Estou estagiando em uma empresa que tem me ajudado muito a crescer.

- Ah! Fico feliz por você. Está muito difícil arrumar emprego no Brasil? – Tentei esconder minha tristeza.

- Alguns lugares piores que outros, mas vamos sobreviver. – Semicerrou os olhos e questionou: - Falei alguma coisa errada? Seus olhos ficaram tristes... Tão rápidos.

Arregalei os olhos e limpei a garganta.

Como ele percebeu?

Achei que tinha escondido sem que ele percebesse!

Pigarreei, e passei as mãos na perna nervosa.

Às desculpas sumiram de minha mente, e eu não sabia o que responder.

Lucas, levantou uma sobrancelha e bateu os dedos na mesa.

Depois de respirar fundo e nada vir a mente, respondi:

-  É que namorei um tempo... E ele era advogado. – Apertei os dedos das mãos.

- Ah! – Esfregou a nunca e respondeu sem jeito: - Me desculpe. Não sabia que já tinha namorado.

- É. Eu não tenho. Mas... Foi recente e, é... – Respirei fundo e completei: - Foi uma ilusão.

- Eu-eu, sinto muito. Sei que não temos intimidade pra falar sobre isso, mas eu sempre fui curioso. – Sorriu sem graça.

- É de família então. – Supus.

Ele riu e confirmou com a cabeça.

- Quem sabe, né? – Cruzou as mãos na mesa e aproximou o corpo. – Mas, por quê não deu certo? Você é uma mulher linda. – Questionou com o cenho franzido.

- É... Há!... – Me remexi inquieta e respondi: - Ele me traiu. – Rir sarcástica. – Ele estava na “seca”, e um homem não aguenta! – Bufei.

Lucas, balançou a cabeça negativamente.

- Que babaca! Ele perdeu uma namorada que o amava por causa disso? – Relaxou o corpo e concluiu: - Você está melhor sem ele...! Se, esse cara aí, preferiu uma coisa de momento e largou uma mulher linda como você, quem saiu perdendo foi ele. – Pontuou. – Não precisa sofrer por causa disso. Deus te livrou.

- É... Eu sei, e sou grata a Deus por isso. - Olhei em volta e concluí: - O Senhor sempre cuida dos seus, e o que Ele permite não entendemos, mas é sempre o melhor pra nós. - O olhei.

- Isso aí. Você me parece ser bem "mente no lugar". - Sorriu.

- Achou que eu fosse uma doida desmiolada? - Cruzei ás sobrancelhas.

Ele pendeu a cabeça pra trás gargalhando. Sorrir acompanhando.

Ele está rindo de quê?

- Do que está rindo? - Perguntei sorrindo.

Sentia vontade de rir, enquanto enxergava e ouvia sua risada.

- Você não é doida! Mas, achei que seria... Digamos.. - Voltou a rir.

- Para, Lucas! - Dei de ombros, rindo. - Não sou, "sei lá o quê", que você pensou. Me acho muito normal. - Sorrir, convencida.

- Mas eu não disse nada. - Se fez de desentendido.

Balancei a cabeça negativamente e falei:

- Ah, a Sofia é meia doida! Ela sempre foi muito protetora e amiga, fazia e faz tudo por mim. - Olhei a vidraçaria do prédio, enquanto um filme se passava em minha mente. - Por isso falo que ela é doida, porque o que for preciso fazer pra ajudar a quem ama... Ela faz. - Ele assentiu.

- Quero ter a oportunidade de conhecê-la melhor, antes de voltar pro Brasil. - O encarei.

- Ah! Você vai voltar? - Perguntei retoricamente. - É meio lógico, né? Já que você estuda e trabalha. - Concluí.

- Bom, como você mesmo disse... Eu preciso voltar. Minha vida foi toda construída lá. - Pausou e prosseguiu: - Aqui é lindo, mas sei que Deus tem planos pra minha vida, fora daqui. - Assenti.

- Espero poder te conhecer mais um pouco, estou me sentindo bem ao seu lado. - Pus o cabelo atrás da orelha.

- Eu também, você superou minhas expectativas. - Juntou suas mãos ás minhas sob à mesa.  - Pensei que era uma patricinha... Não posso negar. - Acariciou meus dedos.

- Que absurdo! Isso não é coisa que se fale! - Contrariei rindo.

Ele deu uma pequena risada e respondeu:

- Eu não posso mentir! Deus sonda os corações, e Ele sabia o que eu pensava. - Se justificou.

- Aaahh! Você é muito esperto! - Rir. - Sabe com quem vai se dar bem? Com o Ethan. Ele além de ser um ótimo rapaz é excelente amigo. - Meus pensamentos me trouxeram lembranças, e tentei espanta-las.

- Ele me pareceu ser gente boa ontem. Tentando amenizar o clima. - Abriu o sorriso e disse: - Apesar de quê, meu pai disse que levou um soco dele. - Balançou a cabeça. - Aí, eu disse: Você mereceu pai! E ele confirmou.

Sorrir em sua direção e os nossos almoços chegaram.

Almoçamos entre uma conversa e outra.

Eu me sentia  feliz em saber que poderia confiar no meu irmão.

- Aí você disse o quê a ela? - Perguntei, rindo e limpando os lábios.

- Ah, Letícia! Eu falei: Você é maluca mulher? Eu nunca disse que te amava! Nem te conheço. – Disse, se gesticulando.

Gargalhei da sua história maluca e pedi que continuasse.

- Não! Aí, ela respondeu com aquela voz irritante assim: Você não pode fazer isso, benzinho...! Eu sou a mulher dá sua vida! - Ele pendeu a cabeça pra trás rindo e eu gargalhei.

- Aiii! Eu não aguento rir! - Respondi.

- Ah, eu fiquei nervoso e repreendi: Sai daqui sua enviada! Você não vai me tirar da graça não! Acabei de vir dá igreja. - Balançou a cabeça.

Bebi um pouco do suco de maracujá. Tentativa de recuperar o fôlego perdido rindo.

- E ela foi embora? - Questionei, curiosa.

- Foi nada! A loira maluca gritou: VOCÊ VAI ME PAGAR! EU VOU TIRAR TUDO DE VOCÊ!

Coloquei as mãos na boca e rir.

Eu não posso passar vergonha no restaurante!

- Eu vou ser sincero, respondi logo a verdade: Vai me tirar o quê? As contas? Você pode passar lá em casa e pagar à dá faculdade e a prestação do carro! Ainda tem o empréstimo com o Banco. - Ele ficou vermelho e eu rir.

- Gente...! - Gargalhei. - E como terminou essa história? - Curiosa, perguntei.

- Ah, por fim eu fiquei com medo e saí correndo. - Deu de ombros, rindo. - Não tenho vergonha de disser que "me caguei de medo” não a mulher era maluca!

Lucas, estava me contando várias de suas histórias, e a que ele narrava no momento era de uma mulher bêbada que o tinha agarrado e o beijado no meio da rua, logo depois de vir do culto.

Eu só sabia rir.

- Você se daria muito bem com minha amiga, Louise. - Rir, lembrando-me de Lô.

- Sério? Eu nunca fui de ter amizades com mulheres. No Brasil, pra todo mundo logo tem maldade. Então, tenho alguns amigos da igreja e outros dá época de escola e faculdade. - Respondeu, escolhendo uma sobremesa.

- Ah, eu te entendo. Mas, nos dias em que vivemos isso é normal. Quase não se confia nas pessoas como antigamente. - Ele assentiu e eu escolhi a sobremesa.

- Verdade. É o fim dos tempos. - Assenti.

- Em?! Estou estudando idiomas, Lô e eu, sabe por quê? - O olhei com expectativa.

- Ah, por causa do trabalho, né? Já que você está estudando medicina. – Pontuou.

- Boa sua resposta! - Sorriu, convencido. - Mas, não! - Lucas, bufou e riu. - Eu tenho o sonho de exercer minha profissão no Brasil. - Sorrir, verdadeiramente feliz.

Ele arregalou os olhos e demonstrou alegria em suas escleras.

- Nossa! Que legal, Letícia! Se daqui há alguns anos quando concluir a faculdade quiser ainda. As portas de meu apartamento estão abertas a você. – Soou sincero.

Sorrir emocionada.

- Sabe, antes eu não pensava assim... Mas agora o meu sonho é sim, ir para o Brasil, trabalhar e ajudar ONG’s, pessoas carentes, sabe? Orfanatos sem médicos e comunidades que necessitam. – Coloquei um pedaço do pudim; que o garçom tinha posto em minha frente e sorrir pensativa.

- Isso me dá orgulho. Sei que ainda estamos construindo uma amizade, e mesmo que pra muitos possa ser falso, pode ter total certeza que estou sendo sincero com você. E é baseado nisso que tem o meu apoio. É lindo seu pensamento, estou orgulhoso de você pensar assim. Você poderia simplesmente continuar aqui, seguindo sua vida e trabalhando em um Hospital grande e bem conceituado. – Abriu um sorriso. – Mas não, você quer tentar mudar o mundo, ou nem que seja algumas pessoas e tudo através do seu trabalho... Conte comigo, meu apartamento tem espaço pra você lá. – Lucas, disse me deixando emocionada.

Mulheres são choronas.

Peguei em suas mãos e as beijei por cima da mesa, e antes de disser qualquer palavra... Ouvi aquela voz atrás de mim.

Senti um arrepio na espinha e um bolo se formou em minha garganta, tudo que eu queria era ser forte neste momento pra não chorar.

- Tudo bem, princesa? – Sarcástico, João Vitor, proferiu um apelido muito usado por si próprio; antigamente. – Quando tempo. Achei que nunca mais iria te reencontrar.

Levantei os olhos em direção a Lucas, e espantei até ás lágrimas de felicidade; anterior de meus olhos.

Forcei um sorriso de escárnio e levantei a cabeça em sua direção.

Ele estava mais forte, com uma barba bem feita no rosto. Os olhos brilhavam nublados, como se estivesse com raiva.

Seu semblante não tinha mudado, e o terno de três peças mostrava que não tinha mudado nada.

Esnobe!

- Olá, João Vitor. Estou muito bem, graças a Deus, e infelizmente tive o desprazer de te reencontrar. – Mexi nos cabelos, como uma afronta.

Seu sorriso se reteve e o maxilar se serrou.

- Vejo que sua educação continua maravilhosa. – Pôs as mãos nos bolsos.

- Está tão maravilhosa que até perguntei como você está não percebeu? – Perguntei retoricamente. – Ah, esqueci que você não foi agraciado com a percepção de certas coisas. – Ouvi a risada de Lucas, e lhe dei uma breve olhada com sorriso.

- Muito engraçadinha você. – Se aproximou.

- Não, queridinho. Não sou palhaça pra ser engraçada e te fazer rir. – Bati os pés no chão. Ato nervoso.

- Bem que você me pareceu uma palhaça naquela noite no meu apartamento. – Senti ás lembranças baterem em cheio na minha mente e não lhe respondi.

- Ué. Pensei que estava feliz, com seu novo amiguinho... Ou será namoradinho? Ainda brinca de dar selinhos? – Levantei da cadeira, e pus o dedo na sua cara.

Não dizem que quem tem cara é cavalo?

Então!

- Você me respeita que não ás prostitutas que pega na rua. – Ele agarrou meu braço com força e sua respiração quente bateu de encontro ao meu rosto.

- Sua Pu....

De sobressalto cheguei pra trás e Lucas tinha dado uma banda em João Vitor.

- Olha como você fala com ela! – Chutou sua barriga. Arregalei os olhos e tampei a boca assustada.

- E você, quem é? Um Crentizinho idiota? – Cuspiu um pouco de sangue dos lábios.

- Não te interessa. – Lucas o levantou pela gola do terno e disse de forma ameaçadora em frente a sua cara.

Quem te cara é cavalo, certo?

- Se você ousar encostar um dedo que seja na minha irmã.. Eu.acabo.com.você! – Proferiu pausadamente... Senti um tremor passar por meu corpo e vi seguranças se aproximando.

Gritei seu nome e ele continuou ameaçando.

- Anda logo, Lucas! – Puxei seu braço e seu corpo reagiu soltando o indivíduo no chão.

- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! VOCÊ VAI ME PAGAR! SEU BASTARDO! FAVELADO! – Lhe dei as costas e puxei, Lucas juntos.

Comecei à andar apressadamente. Meu corpo tremia, e cenas de meses atrás me vinham a mente.

Lençóis.

Roupas íntimas.

Bebidas.

Segurei lágrimas dentro de meus olhos e Lucas segurou minha mão; me impedindo de prosseguir. Ele deu várias notas pro segurança, e puxou minha bolsa da mesa e me fez caminhar ao seu lado.

Lucas, não soltou minha mão em momento nenhum, minha mente estava tão bagunçada que ao menos percebi que dávamos voltas e mais voltas no imenso Shopping.

- É... O que estamos fazendo? – Perguntei,  confusa.

- Espairecendo a mente. – Parei, brutalmente, e delicadamente. Olhei em sua direção.

- Obrigada por isso. Você está sendo um ótimo irmão. – Ele sorriu convencido e sacudiu a blusa, sussurrando um eu sei.

- Deixa de ser metido. – Sorrir, e lhe dei um pequeno empurro.

- Não sou metido. Somente sou agraciado com verdades. – Gargalhei.

Lucas, não me conhecia tão bem, e estava sendo fácil esconder tudo que eu estava passando e sentindo dele.

- Vamos tomar sorvete? – Chamou-me.

- Nesse frio? – Perguntei, assustada.

- Mais é claro! Aquela dorzinha que dá no dente por causa do gelado é a melhor coisa que tem. – Assegurou. Olhei pra ele e rir.

- Isso é coisa de Brasileiro? – Coloquei as mãos no quadril.

- Não é só Brasileiro. – Revirou os olhos rindo. – Mas, é coisa de criança. – Justificou-se.

- Hu rum. Sei. – Dei risada e lembrei-me.

- Tudo bem, vamos tomar o sorvete, ma..

- Há! Toda vez tem que ter um mas. – Revirou os olhos.

Dei risada e disse: - Para de revirar os olhos pra mim. – Ele levantou as mãos em redenção e completei: - Como eu estava dizendo. – Dei risada. – Tomamos sorvete, mas só se eu pagar. Você pagou toda a conta do restaurante e ainda deixou o troco lá.

Ele bufou e assentiu.

- Só porque sou legal. – Segurou minhas mãos e voltamos à andar.

- Disso eu não posso discordar. – Sorrir.

Andamos até a sorveteria. Ele a todo momento tentando me distrair e fazendo-me sorrir.

Não posso negar, Lucas superou todas minhas expectativas.

Ele tinha uma conversa boa, me parecia ser sincero e amigo, eu realmente estou gostando de estar ao seu lado.

Ele tentou evitar o nome do seu pai um pouco e deixamos a conversa fluir para que assim, começássemos a nos conhecer melhor.

- Quero de maracujá! – Dissemos em uníssono a atendente.

Ela olhou sorrindo, e perguntou: - Competindo?

Dei risada e respondi: - Não. Ele que está me imitando! – Apontei pra Lucas e completei: - Invejoso ele. Está vendo, não é? Você será minha testemunha quando eu precisa acusar ele. – Ela deu risada e eu gargalhei.

- Que calúnia! Não acredite nela, moça. Letícia está com ciúmes da minha beleza. – Assentiu rindo.

- O que tem uma coisa haver com a outra? – Questionei.

- Ah, sei lá. – Deu de ombros. – Só sei que você que está errada. – Disse, como se fosse a coisa mais certa do mundo.

- Para de graça! – Gargalhei e ele acompanhou minha risada.

- Não, agora é sério. Eu amo maracujá! Tudo que é de maracujá eu como. Tem coisa melhor do que aquele doce com um amarguinho no final? Se tem não sei! – Lucas, disse fechando os olhos e lambendo os beiços.

- Mentira! – Pus as mãos na boca e disse: - Eu penso do mesmo modo, será que é de família? Genética de maracujá? – Ele gargalhou do que falei e eu rir.

- Ah, Letícia. Você é ótima. – Ele pegou o sorvete das mãos da atendente e eu sorrir.

- É eu sei. – Brinquei. – Mas, é sério, até a Sofia gosta. Até do bolo, nossa o bolo então. – Sorrir, pondo o sorvete na boca.

- Ah, Deus! Por que tanto tempo separados? – Lucas, perguntou olhando pros céus.

Lhe dei um sorriso e paguei nossa conta.

Depois de andarmos conversando por todo o Shopping, vi o sol começar a se pôr.

- Nossa, nem percebi que estávamos esse tempo todo aqui. – Ele olhou pras grandes janelas de vidro e arregalou os olhos. – Que foi? – Dei risada.

- Por isso que meu celular está vibrando feito torcedor do Flamengo. – Ele riu, e eu o olhei confusa.

- Torcedor do Flamengo? – Questionei.

- Ah, é coisa de Carioca. – Deu de ombros. – Ainda vou te ensinar tudo. – Sorriu e pegou o celular do bolso, que vibrava, loucamente.

- Pera aí. – Se afastou e atendeu a ligação.

Esperei ele acabar de falar e conferi as horas. Arregalei os olhos e lembrei-me que hoje tem culto.

Sofia, deveria estar preocupada, tinha mais de cinquenta ligações perdidas dela em meu celular.

Lembrei-me de toda a tarde maravilhosa que tive, e me veio a mente o reencontro com João Vitor e Antônio.

- Preciso ir. – Assenti, entristecida. – Você vai ficar bem? – Perguntou.

- Ah, eu estou ótima. Muito feliz de ter te conhecido, espero que possamos nos ver mais vezes. – Menti, e mudei o foco do assunto.

- Pode ter certeza que sim. Salvei seu contato em meu celular. Quando precisar pode ligar. – Assenti e fiz o que senti vontade desde quando o vi.

O abracei.

Não tinha malícia, não tinha falsidade, não tinha mentiras e nem segundas intenções,  era somente um encontro que precisávamos... E ao menos sabíamos.

Era como se eu estivesse abraçada a Sôh. Um enorme amor se encontrava dentro do meu peito, o acolhimento, o carinho, o respeito faziam-me, me sentir protegida e amparada.

Como eu precisei dele.

Como ele me fez falta, mesmo sem eu saber da sua existência.

Lucas, correspondeu o abraço do mesmo jeito e o carinho era quase palpável.

- Você agora é meu amigo. – Funguei, e achei um motivo a mais pra explicação do meu choro.

- Não fica assim que sou sensível. – Dei risada e o olhei.

- Obrigada... Por tudo. Pode não parecer, mas você me ajudou muito e nem sabe. – Passei as mãos abaixo dos olhos.

- Você que acha que eu não sei. – Fiquei em silêncio e depois de alguns minutos ele me soltou.

Olhou em meus olhos, sorriu. Juntou suas mãos em minhas bochechas e disse fixamente.

- Pode contar comigo, hoje e sempre. – Assenti, emocionada. – E se aquele “bundão”, vir de gracinha pra cima de você... Me liga, que eu corro e quebro a cara dele. – Dei risada e confirmei com a cabeça.

- Obrigada. – Sussurrei, chorosa.

-De nada. – Lucas, sorriu, emocionado e falou: - Vão achar que estamos namorando.

Dei risada. Ele beijou minha testa e se afastou.

Saímos a procura de um táxi e depois de nos despedirmos chorosos e brincalhões, entrei em um carro e ele em outro.

Durante todo o trajeto eu só chorei.

Parecia até clichê, o motorista perguntou se eu estava bem mais de quatro vezes, e eu só confirmei enquanto sorria pra ele.

O seu João – como falou seu nome, tentando puxar assunto -, me deu lenços de papel e ficou me contando sua vida.

Ele tinha duas filhas e dois filhos, uma esposa experiente – não velha -, como ele mesmo disse. Tinha uma família feliz e realizada – mesmo com as dificuldades -, palavras ditas por ele.

Quando cheguei em casa, demorei minutos pra sair do carro – seu João, não queria aceitar a corrida -, mas, eu sou muito insistente, consegui.

Depois de sair do veículo e respirar fundo o choro voltou mais forte ainda, e desesperador.

Sôh, abriu a porta assim que pus os pés no tapete da varanda – ela devia estar me vigiando -, quando minha irmã viu meu estado... Começou a chorar.

Chorei junto, não sabendo o porquê daquela choro sofrido... E como uma luz vindo dos céus, me lembrei como ela estava.

Desolada e perdida.

Será que Sôh, vai se sentir traída quando souber que eu estava com Lucas?

(...)

“Chorar é bom. Alivia a alma e liberta o peso do coração. Não mantenha tudo fechado e guardado, como se isso fosse te curar, pelo contrário... Pode até te matar. Deus quê vê suas lágrimas... Em Mateus diz: Bem-aventurado os que choram porque eles serão consolados....! Creia somente!”

       Thayla Fernanda

E aí, gente, tudo bem?

Espero que sim.

O que acharam do capítulo de hoje?

Palpites?

☆VOTEM E COMENTEM☆

Beijos e fiquem com Deus.❤

Thay ama vocês! 💟

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