♫ Venha como você é, como você era!
Como eu quero que você seja...
Como um amigo, como um amigo!
Como um velho inimigo! (...) Não! Eu não tenho uma arma!(Come as you are - Nirvana). Vídeo na mídia.
Respiro fundo. Olho ao redor. Finalmente chego ao endereço que Dimmy falou que Irvin estaria. Erqui a sobrancelha quando vi que dava numa agência de modelos.
- Mas... Que merda! O que será que Irvin faz aqui?
Fui caminhando para lá, quando ia entrando, mãos pegaram meus braços com força me segurando, me fizeram entrar num carro ali mesmo. Já ia puxando a minha arma quando vi quem era.
- Mas que porra Irvin! Pensei que você tava em perigo!
Relaxei no banco do carona. Ele olhou para mim e sorriu.
- Você tá disfarçado, mas reconheci seu andar. Fiquei feliz em saber que Dimmy está do nosso lado. – falou com o sotaque.
- Então você sabia né? E nem me contou! Sabia que ele ia me salvar então? Por isso não foi atrás de nós?
- Sabia, deixei ele cuidar de você e Sky e fui resolver outros assuntos. – ele disse sério olhando para a entrada da agência.
Olhei também.
- Do que se trata? – perguntei. – Porque está aqui?
- Kate... – ele disse e pareceu furioso ao dizer esse nome. – ela esta ai dentro com algumas mulheres. E essas mulheres estão presas. Tudo ai é fachada. Lá dentro é uma prisão, que eles chamam de casarão. As mulheres irão ser transportadas para a Hungria hoje. E aquela amiga da tua irmã esta no meio, a Nanda. O marido dela infelizmente foi morto, por Ricardo.
- Droga! Então está aqui para resgata-las? – perguntei.
- Exato. – respondeu. – Há vários homens pela redondeza, a postos, só esperando o meu comando. Mas antes, quero ter uma conversinha com Kate. Aquela judas. – ele bateu com as mãos no volante.
- Então ficou sabendo que ela é uma traíra. – falei.
- Sim, eu soube. Ela está ai com Rafael e mais alguns homens do pilantra do Bento. Mas é hoje que pego todos eles. – ele riu maleficamente.
- Deixa que do meu pai eu cuido. – falei e ele me olhou.
- Tem certeza? – ele perguntou.
- Tenho. Ele vai se arrepender de ter matado tanta gente inocente. – cerrei meus punhos. – Me deixa a par de tudo Irvin, quero saber o que eu já perdi.
Ele mexeu nos cabelos e depois, como se tivesse entediado, tirou um charuto do porta luvas. Acendeu e ficou parecendo aqueles gangster. Eu gargalhei, ele me olhou e eu parei de ri imediatamente, ele ainda era meu capitão. Mas logo ele riu também e me ofereceu um charuto. Eu dei uma tragada. Costumávamos fazer isso quando sabíamos que a batalha seria tensa.
- Então... Os comandantes dos outros países envolvidos no tráfico, os que estão do nosso lado, prenderam dois deles hoje. – ele sorriu. – não foi fácil. Mas ainda assim, haverá uma reunião daqui a pouco com os chefes.
- Fiquei sabendo, mas Bento pode adiar por causa da minha fuga com Sky. – falei.
- Não. Ele só trocou de lugar. Será ai a reunião. – Irvin apontou para a agência. Incrível como Irvin era esperto, digno de um capitão, a gente sempre pensava que ele não estava fazendo merda alguma, mas na verdade ele sabia mais do que todos nós. Ele age nas sombras, é rápido. Ele riu e me olhou.
- Você nem sabe o que eu fiz cara. – disse ele. Quando estávamos só eu e Irvin, nossa conversa era bem informal, muito ao contrário de quando estávamos com o resto da equipe, dos soldados. Andávamos todos em formação e as continências eram obrigatórias. Mas, quando estávamos nós dois, era mais papo de irmãos. Bem informal.
- O que você fez? – perguntei.
- Bolei toda uma estratégia para Bento e sua gangue pensarem que eu e minha equipe íamos dar no pé daqui. Enganei Kate.
Eu sabia que ele tinha um plano, nem fiquei surpreso, mas eu queria saber mais.
- Explique... – falei olhando-o.
- Eu já sabia que ela era uma espiã de Bento, então chamei ela e disse que eu ia recuar porque tinha um chamado urgente na Europa. Falei para o resto dos agentes inventarem uma nova missão na Europa, mas que depois voltaríamos ao caso dessa quadrilha. Ela acabou acreditando e foi correndo contar pra aquele delegado miserável. Bento com certeza ficou sabendo e pensa que nós estamos longe daqui.
Bati palmas e logo sorri.
- É por isso que você é o chefe... Então agora com certeza Bento não desiste dessa tal reunião com os chefes do tráfico. Você armou a emboscada perfeita Irvin. – falei.
- Espero que dessa vez dê certo... O filho da puta é esperto, sempre dá um jeito de fugir. – ele disse e continuamos a observar a entrada da agência esperando o momento exato de pegar todos eles.
*~*~*~*~*~*~*~*
Cheguei primeiro no esconderijo de Dimmy. Lembrei que ele disse sobre a chave extra perto da lixeira e fui lá pegar. Alexis e os outros já estavam esperando. Achei a chave e fui abrir a porta, entramos e logo eu tranquei a porta. Expliquei para todos eles sobre quem era Dimmy, contei todos os detalhes.
- Então aqui nós não estamos em perigo, Sky? – perguntou Vicky. Konan estava sentado com ela no sofá.
- Não... Ta tudo bem agora. – sorri e vi Norah na cozinha com Alexis. Ela estava fazendo algo para ele comer.
Fui até lá.
- Deixa Norah, que do meu homem eu cuido. – falei e dei uma piscadinha para ela.
Alexis revirou os olhos.
- Relaxa, eu achei frutas aqui, vou fazer uma vitamina para ele. – falou Norah.
- Deixa Sky. Ela já estava fazendo. – ele disse e sorriu para Norah.
Mas que cassete! Me dá um ódio quando ele defende essa Norah.
Respirei fundo e assenti.
- Okay. – sai de perto dos dois.
No momento seguinte eu ouvi um estalo na porta, alguém estava abrindo-a. Peguei a arma que eu tinha e mirei pra porta, todos me olharam assustados e logo olharam para onde eu estava mirando. Quando a porta se abriu um sorriso formou-se em meu rosto.
- CONSEGUIMOOOS – larguei a arma no chão e corri para abraçar Dimmy que entrara todo sorridente.
- Porra Skye! Conseguimos! – ele disse e logo atrás o vovô entrou, eu comecei a chorar.
- Sky! – ele disse e me abraçou chorando também.
Alexis veio da cozinha sorrindo. Quando vovô viu ele, se abaixou para abraça-lo.
- Alexis, que bom que está a salvo. Estou tão feliz. – disse o vovô sorrindo.
- Estamos a salvo aqui. – disse Alexis e sorriu.
- Bom pessoal, este é o Dimmy de quem eu falei para vocês. – disse quando eu já estava mais calma do choro. Eu não parava de abraçar meu avô.
Dimmy contou para nós como foi que conseguiu salvar meu avô, falou também sobre uma agente do lado de Irvin chamada Daniella que o ajudou, ele queria ir atrás dela e ver se havia ficado tudo bem, foi pra frente do seu computador e começou a entrar no sistema para tentar localizar a tal moça. Enquanto ele procurava, contei sobre Mikhael. Ele ficou surpreso.
- Você matou alguém? – ele disse digitando algo no computador.
- Nem sei se ele esta morto. – falei dando de ombros.
- Acho que não, mas ele está bem encrencado. – falou Konan. Olhamos o relógio e nada do Henri chegar.
Percebi que Vicky estava preocupa com ele.
- Vou atrás dele. – ela disse várias vezes e ouvia vários nãos.
Comemos algo para saciar a fome, verificamos como Alexis estava e algumas coisas ele já sentia. Contou-me da cirurgia que havia feito das células tronco.
- Por falar nisso, Sr. Otávio, eu não tenho palavras para lhe agradecer por tudo o que tem feito. – disse Alexis e vovô pareceu emocionado.
- Você é um rapaz de ouro Alexis. Merece muitas coisas boas. – ele disse e eu não sabia do que eles estavam falando.
- Seu avô arcou com toda a despesa da cirurgia do Alexis. – explicou-me Konan.
- Aaah. – sorri. – Obrigada vovô. – falei com um sorriso estampado no rosto.
- Eu já considero Alexis da família. – disse vovô e olhou para Alexis que estava com um sorriso de fazer qualquer uma cair em seus braços.
- Localizou a garota Dimmy? – perguntou Norah.
- Mandei um e-mail para o celular dela. Ela me parecia bem esperta, tenho certeza que despistou aqueles idiotas.
Logo ouvimos um Tic de uma mensagem na tela do pc. Dimmy olhou e sorriu, abriu o email e leu:
Hey! Deu tudo certo. Irvin não me deixou nessa só, ele me localizou e mais a frente já haviam dois agentes me ajudaram. Colhemos umas informações e logo os que me perseguiram foram presos. Mas eu espanquei um. De tanta raiva. Onde você esta? Espera. Não me fala, pode ser perigoso. Eu estou numa agência de modelos disfarçada. Pois é! Aqui é jogo rápido. Se cuida Dimmy.
Att,
Dani.
- Que bom que ela está bem! – falou Vicky e Dimmy sorriu. – Essa menina tem que ser a minha garota. Todos nós fizemos "hmmmmmm" e Dimmy ficou corado,
- Ela é nerd que nem você? – perguntei e ele gargalhou.
- Talvez seja...
Algumas horas se passaram, Konan trocou o cateter de Alexis e já estávamos prestes a jantar quando ouvimos um celular tocar, Dimmy correu até uma mesinha e pegou um celular de dentro de uma gaveta lá.
- Alô? – ele disse e todos olhavam para ele.
- Dimmy, você tá podendo falar? Esse é o celular do Irvin. – era a voz de Henri.
- HENRI! Posso falar sim. Deu tudo certo, estão todos salvos. Pelo visto você salvou Irvin...
Quando ele falou o nome de Henri, Vicky deu um pulo do sofá, Konan ficou quieto e o resto prestava atenção na conversa.
- Ele nem tava em perigo. – pude ouvir risadas do outro lado da linha. Dimmy continuou.
- Ue, vocês estão onde? Precisam de mim? – falou Dimmy.
Então ele entrou no quarto, mas logo saiu e pareceu ter pegado mais armas.
- Beleza. Mas, isso é perigoso. Okay Okay Henri... Vou passar pra ele. – disse isso e passou o celular para Alexis.
Alexis atendeu e um sorriso malicioso lhe passou pelos lábios, deixando a todos nós curiosos.
*~*~*~*~*~*~*
Dimmy me passou o celular, não entendi o que Henri queria comigo. Mas ele me explicou e eu sorri. Eles estavam prestes a pegar os chefões, eu podia ouvir Henri andando de uma extremidade a outra. Pude ouvir Irvin dizendo: AGORA!
- Alexis... Nos vemos daqui a meia hora. É arriscado, por isso to perguntando, você quer mesmo isso?
- Com certeza. Eu preciso disso Henri. – falei com convicção e vi Sky me olhando curiosa.
- Okay, já falei pro Dimmy esperar o meu sinal. Vai dar tudo certo. Preciso desligar. Nossos homens entraram, e são muitos, estamos usando armas com silenciador. A reunião deles é numa sala lá embaixo, vamos salvar as vítimas sem que eles percebam e prender quem estiver aqui por cima. – Henri dizia isso muito rápido, ele parecia ter corrido um pouco.
Então desligou a chamada. Olhei Dimmy e logo olhei a todos que estavam ali. Eles não iam deixar eu ir. Pigarreei e chamei a única pessoa que me ajudaria a sair dali.
- Norah, aquela vitamina tava ótima, você podia fazer de novo. – falei acionando a cadeira de roda para ir pra cozinha. Ela veio atrás de mim.
- Eu faço sim. – ela disse. Vicky reclamou lá da sala.
- O que Henri disse? Você e Dimmy não vão contar pra gente não???? Henri está bem? – ela parecia irritada.
- Ele está bem, tá tudo bem. – respondeu Dimmy e veio até mim. – e ai?
Fiz sinal para ele falar baixo. Norah percebeu.
- Que vocês estão aprontando? – ela perguntou pegando maças.
- Sky não pode saber. – falei. – Nem Vicky. Preciso sair daqui.
- Sair pra onde? – perguntou Norah disfarçando.
- É arriscado. – disse Dimmy. – Mas só vamos lá quando tiver tudo mais seguro. Por isso vou esperar o sinal de Henri.
- Você quer ir encontrar Henri? – perguntou Norah.
Sky apareceu atrás de nós.
- Encontrar quem? – ela perguntou e fingimos que não escutamos. Norah ficou fazendo a vitamina, Dimmy voltou para a sala e começou a conversar com Konan e Vicky. E Sky me olhava com a maior cara de cu.
- Que caralhos tu esta me escondendo? – ela perguntou.
- Desde quando você fala palavrão? – perguntei.
- Desde que meu namorado começou a me esconder as coisas... – ela respondeu furiosa.
- Tem certeza que quer falar sobre quem esconde as coisas aqui? – falei e ela se aquietou. – Preciso pegar um ar. Norah vai comigo.
- Ah, mas não vai mesmo. – ela praticamente rosnou.
- Dimmy vai também. Henri quer um favor, vamos fazer esse favor a ele e já voltamos.
- Fico feliz que o meu irmão esteja bem, eu quero ver ele de novo, vou junto. – ela disse e eu fiquei com os olhos arregalados.
- Irmão? Eu não... Sabia... Eu acho. – fiquei pensando. – Mas realmente, vocês são parecidos.
O pessoal na sala parece ter ouvido a conversa. Todos vieram para a cozinha, inclusive o Sr. Otávio.
- Irmãos? – Vicky falou. – Mas... Como assim? Meu Deus! Esse pessoal é cheio de surpresa.
- Altas aventuras. – disse Norah.
- Pois é... Henri e eu somos filhos de Bento. Ele é mais velho. Filho da primeira mulher. - Disse Sky e todos ficaram quietos. – eu também não sabia. Fiquei tão surpresa quanto vocês, Henri quem descobriu no rumo das investigações dele lá com o Irvin.
- Nossa que loucura! – falou Vicky.
Konan suspirou e disse voltando a sentar-se no sofá:
- Espero que no final das contas, tudo fique resolvido.
- Eu também espero. – falou Sr. Otávio preocupado.
Ficamos calados por longos minutos, Sky estava puta da vida comigo por eu estar de nhem nhem nhem com Norah, mas era só amizade. Dimmy recebeu uma ligação novamente.
- Oi? – ele disse quando atendeu. – Dani? – ele arqueou a sobrancelha.
- Me mandaram buscar você e Alexis. To aqui na esquina. Sejam rápidos. – Dimmy finalizou a chamada e me olhou.
- É agora... – ele sussurrou, mas todos perceberam estava todo mundo tenso.
- Que foi? – perguntou Vicky olhando para nós.
- Alexis precisa de um ar. – disse Norah que já tinha sacado tudo. – Temos que ir à farmácia, eu vi uma aqui perto. Ele tem que tomar uma vitamina que eu não trouxe.
Eu queria dar um beijo em Norah naquele momento. Por mais que eu amasse Sky, mas Norah era sensacional.
- Vou junto. O motivo de estarmos aqui é porque o Bento esta a procura de qualquer um de nós para ter como refém... Não é o certo sair. – falou Sky.
- Então não saiam! – falou Vicky nos repreendendo.
- Eu preciso ir... – falei para ela e acionei a cadeira de rodas para perto dela lhe dando um grande abraço. – cuide dela Konan, cuida do Sr Otávio também.
- Isso está parecendo uma despedida. E você só vai ali à farmácia, não é? – falou Otávio me olhando.
- Sim... – menti.
- Sky... Você fica. Ele não demora. – ordenou Sr. Otávio olhando para a neta.
- Mas vovô... – ela ficou confusa.
- FICA. Por favor... – ele implorou. – Não quero mais te ver longe de mim.
Ela assentiu e me olhou, me abraçou e sussurrou:
- Sei que vai encontrar Henri, pelo amor de Deus, toma cuidado. Eu amo você. – ela disse já lacrimejando.
Olhei para ela e lhe dei um beijo demorado, fazendo Norah pegar minhas muletas (que o Dr. Morgan havia me dado) e sair do esconderijo logo na frente.
- Também amo você. – falei acariciando o rosto dela. - Vai gostar das novidades que tenho para você quando eu voltar.
Ela sorriu e ficamos nos olhando.
- Vamos lá... Fiquem aqui, não saiam. Konan tem arma lá no quarto. Se alguém arrombar aqui, atira. – disse Dimmy e Konan assentiu.
Então colocamos uns moletons com capuz e saímos. Norah já estava la fora. Dimmy jogou um moletom para ela. A mesma colocou. Acionei a cadeira para ir mais rápido e saímos do beco. Uma moça baixa, de olhos claros, cabelos longos, morena, nos esperava encostada num carro e suas vestes estavam sujas de sangue. Dimmy sorriu ao vê-la.
- Daniiiii... Que bom te ver viva. Cê ta bem? – ele disse e abraçou-a não ligando para o sangue.
- Bom te ver também. Eu to legal... Entrem... – ela disse com um sotaque meigo, americano, e olhou Norah. – Você não estava nos planos.
- Eu quero ir. É uma escolha minha... Quero ir. – Norah disse e me olhou.
- Você que sabe, mas é perigoso. – falou Dani e entrou no carro. Peguei minhas muletas e sorri pra caramba vendo que já conseguia me firmar nelas. Dimmy guardou minha cadeira de rodas no porta mala. E Norah me ajudou a entrar no carro. Então partimos. Vários helicópteros sobrevoavam uma agência de modelos.
- Chegamos... O pior já passou. Henri os aguarda lá embaixo. Ouvimos tiros. Norah estremeceu do meu lado. O quarteirão já estava bloqueado pela policia federal do Brasil e também pelos agentes federais americanos de Irvin. Já estava tudo dando na TV.
- Alguns deles fugiram. – disse Dani. Vamos lá!
Saímos do carro e Dani e Dimmy nos guiaram para a entrada da agência. Fui vagarosamente (é claro) de muleta, fazendo um esforço da porra para chegar logo onde Henri estava Norah me ajudava.
Tinha um pequeno elevador na extremidade e pegamos ele, logo indo parar num corredor pouco iluminado. Percorremos o corredor e paramos em frente a uma porta.
- É ai dentro. Você pode entrar Alexis. Nós esperamos aqui. – Dani disse.
Olhei para ela e assenti. Dimmy abriu a porta para mim e eu entrei. Logo vi a porta se fechar atrás de mim. Meu olhar percorreu a sala toda. Havia uma mesa de reuniões que deduzi que era onde estavam os chefes do tráfico. Logo atrás, havia uma cadeira e um homem amarrado nela. Henri meio em minha direção.
- Fala meu... cunhado. – ele disse e eu sorri. Percebi que ele estava ferido. Vi um homem perto do cara que estava amarrado, deduzi que se tratava de Irvin. Henri me guiou para perto do homem que estava amarrado, assim que ele me viu estremeceu, eu sorri maleficamente.
- Porque trouxeram este moleque aqui? DESGRAÇADOS! – Vociferava Bento tentando se soltar.
- Um dia da caça... Outro do caçador. – falei.
Irvin sorriu.
- Ele é todo seu. – falou com o sotaque que nem de Dani.
Bento gargalhava. – Ele não da conta nem dele!Esse aleijado!
Cheguei perto de dele com a ajuda de Henri e lhe dei um soco, fazendo o rosto dele virar.
- Vai se ferrar, seu filho da puta. – falei e pela primeira vez, vi medo em seus olhos.