Mais gritos.
Então vi Branca saindo correndo da casa, perseguida por dois homens.
Eles a alcançaram e segurando um de seus braços, o homem mais alto a esbofeteou enquanto o outro ficava mais atrás dando gargalhadas.
Meu chão mudou.
Se corri, não sei.
Peguei uma pedra no caminho, e do mesmo jeito que eu fazia arremessando cravos na Morta, arremessei-a contra a lateral da cabeça do homem que gargalhada.
Não esperei a pedra chegar ao alvo e empenhei minha faca. Um corte lateral no pescoço, logo abaixo da orelha. Visualizei meu alvo e ele se destacou em uma mancha vermelha em meio a um cenário cinzento. Quando o homem trocou as gargalhadas por um urro eu estava a cinco passos do meu alvo.
Então, tudo falhou.
Um golpe na minha mão me fez soltar a faca. Um bastão de madeira cruzava o ar a minha frente.
Outro golpe atrás dos meus joelhos e eu terminei no chão, olhando para o céu.
Um terceiro golpe eu ouvi, apesar de não senti-lo.
E depois disso, uma calmaria.
— Se acalme Jeff. Eu estou bem — era a voz de Branca.
Vi o rosto do Senhor Bhrams, que estendeu a mão para me ajudar a levantar. Ele segurava um bastão.
O Senhor B amarrou os braços dos dois homens desacordados. Mãos atrás das costas, com a corda ligando os pés.
— Agora o xerife cuida do restante — disse ele.
Branca estava calma e me olhou sorrindo.
O Senhor B me levou até o banco que ficava na frente da casa e me disse que entendia minha reação de fúria e também me agradeceu por tentar defende-los, mas que também minha atitude era um caminho sem volta, com sangue e dor.
— Você precisa de novas alternativas, Jeff. Eu vi sua postura e tenho certeza que você conseguiria matar aquele homem, mas você precisa ter alternativas, como imobiliza-lo sem precisar derramar sangue ou ainda um golpe menos letal. Suas atitudes devem empregar somente a força necessária. Você não vai querer carregar o peso de mortes desnecessárias.
E eu entendi. Sim, aquilo era verdade.
— Eu posso te ajudar com isso se você quiser.
— Eu quero.