Lua Negra (Editando)

By bella_secret_

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Kimberly foi criada longe de seus parentes maternos, mas quando sua avó morre e sua mãe é obrigada a retornar... More

Havenwood Falls
A Primeira Vista
Gritos Da Meia-Noite
Avatares dos Personagens
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Pergunta Importante
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 37 Parte-2. A conclusão
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 43 Parte 2
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Pedido
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 65 Part-2
Capítulo 65 part-3
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 70 part-2
Capítulo 71
Capítulo 71 part. 2
Capítulo 72
Notas da Autora
Epílogo
Recadinho Rápido
Aviso Importante

Capítulo 8

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By bella_secret_

Ruby vem me buscar lá pelas sete e meia. Até agora não acredito que aceitei sair com ela, quebrando a promessa que fiz a mim mesma de nunca mais ir a lugar algum com aquela desmiolada, mas o que tá feito tá feito e não tenho mais como voltar atrás.

-Tem certeza que não tem problema de ficar aqui sozinha? -pergunto a minha mãe, enquanto jantamos pizza na cozinha.

Ela balança a cabeça colocando um pedaço na boca.

Depois que Ruby saiu, foi que me dei conta que minha mãe iria ficar sozinha nessa enorme casa e de repente me senti culpada por isso.

-Não vou ficar aqui por muito tempo. Combinei de me encontrar com a Diana pra matarmos a saudade e relembrar os velhos tempos.

Ficando mais tranquila dou um sorriso satisfeita.

Acho que mamãe tá começando a se conformar com a idéia de morar aqui.

Ela sorri de volta e então voltamos a comer em silêncio.

Temos a regra de eu lavar a louça e minha mãe enxugar desde quando morávamos na capital. Ela diz que é para manter o equilíbrio da convivência. Duas pessoas que moram na mesma casa só se dão bem se trabalharem juntas nas tarefas domésticas, mesmo sendo mãe e filha.

Lhe entregando um prato percebo que ela está me encarando estranhamente.

-O que foi? -pergunto passando a esponja no segundo prato.

Ela se encosta na pia de braços cruzados.

-Cadê a jóia de família que eu lhe dei?

Franzo a testa e então me lembro da corrente de prata com um pendante em forma de disco com uma pérola negra no centro dele e alguns símbolos estranhos ao redor. Ela me deu no primeiro dia que viemos para cá, pra ela falar com o advogado antes de virmos morar aqui.

-Tá aqui. -puxo o pendante para fora da minha blusa mostrando-a.

Ela o segura entre os dedos pensativa.

-Isso é um dispositivo de defesa pessoal muito antigo.

Solto a esponja cheia de sabão e o prato.

-Dispositivo?

Ela dá um meio sorriso. Minha mãe parece um anjo de olhos azuis e cabelos dourados, caídos ao redor de seus ombros. Ela é bem conservada pra quem tem quase quarenta anos.

-Deixa eu te mostrar. -ela solta meu pendante e então pega o seu que está em seu pescoço.

Viro-me completamente em sua direção tirando o avental e as luvas de borracha.

Com um movimento habilidoso, ela começa a puxar a corrente e só para quando fica do tamanho de um braço.

Franzo a testa abrindo a boca pra falar, mas ela me interrompe.

-Só mais um minuto. -pede.

Fecho a boca e balanço a cabeça indicando que  pode continuar.

Cruzo os braços roçando o dedo no meu mix de pulseiras.

Faz se uma breve pausa e então mamãe começa a pressionar a corrente de prata contra a palma de sua mão.

O que acontece a seguir é surreal. A corrente se acende feito brasa na medida que é pressionada contra a pele da minha mãe.

Ela faz careta enquanto a corrente queima sua mão.

-Pare! Isso está queimando-a. -peço horrorizada.

-Não se preocupe, querida. Você não faz ideia do quanto de dor eu posso suportar.

Não sei o que ela quis dizer com isso, mas não consigo imaginar algo machucando-a. Lhe causando dor.

Vendo minha expressão de horror ela afrouxa a corrente e vejo que ficou uma linha vermelha de queimadura.

Rapidamente pego na geladeira uma compressa de gelo, mas minha mãe descarta imediatamente com um gesto.

-A dor física é a nossa maior aliada. -ela diz, mais para si mesma do que pra mim.

Fico sem saber o que falar. Pela primeira vez na minha vida, a minha mente não trabalha rápido, não pensa em nada, me deixando perdida.

O pendante agora está em cima da mesa, sua corrente já voltou ao seu tamanho normal.

Minha mãe prende os cabelos atrás da cabeça, subindo as mangas de sua blusa azul.

Ela aperta a pérola negra no centro do pendante e pontas afiadas do tamanho de um dedo indicador saem para fora.

Me aproximo esticando minha mão para tocá-las, mas minha mãe segura no meu pulso.

-Cuidado! São lâminas cortantes. -avisa em um tom sério.

Deixo meu braço cair ao lado do meu corpo.

-Mãe, o que está me escondendo? -pergunto muito intrigada com tudo que acabei de ver.

Uma buzina insistente começa a fazer barulho lá fora. É Ruby que chegou. Fiquei tão absorta pela demonstração da minha mãe, que nem vi o tempo passar.

-Na hora certa, você vai saber, querida. -ela implanta um beijo terno na minha testa. -Agora vá se divertir, mas com responsabilidade senão nunca mais vai a lugar algum sozinha de novo.

Pego minha jaqueta que está pendurada no encosto da cadeira. E me viro para sair, mas paro no meio do caminho.

-Mãe? Porque me deixou sair com a Ruby? Se nunca se quer permitiu que eu fosse ao baile da escola sozinha?

Ela dá um sorriso fraco, passando a corrente por cima da cabeça.

-Porque eu sei que a Ruby vai cuidar de você e vai te defender de qualquer eventual perigo que possa aparecer.

Essa resposta não é bem a que eu esperava e um tanto vaga para mim. Afinal de que perigo a Ruby me defenderia?

Ponho um braço dentro da jaqueta e depois o outro. Arrumo meus cabelos que estão soltos ao redor dos meus ombros. Puxo o pendante para fora da minha blusa deixando-o amostra. É estranho a sensação de estar carregando uma arma.

-Essa roupa ficou perfeita em você. -mamãe elogia. Ela ficou muito feliz que resolvi vestir algo que não fosse jeans e moletom.

-Foi Ruby que montou o look pra mim.

Ela me olha de cima a baixo e então me abraça.

-Não esqueça de nada que você viu aqui. Isso é mais que uma jóia de família. -ela segura o pendante entre os dedos.

Respiro fundo.

-Pode ter certeza que não vou esquecer.

***

É difícil acreditar em coisas que são contadas por outras pessoas, mas quando é sua mãe que lhe conta e ainda por cima lhe mostra... Você tem que acreditar mesmo que não queira. "Os olhos nunca nos engana" era o que a srta. Laura, minha professora de literatura sempre me dizia. E agora acho que isso é verdade.

-O que foi? -Ruby pergunta quando me acomodo ao seu lado.

Olho pra ela notando que ela também tem a mesma jóia... Ou melhor, a mesma arma de família que eu.

-Nada. -respondo segurando o pendante.

Será que ela sabe que isso na verdade não é uma jóia de família e sim uma arma?

Ela dá de ombros e liga o carro.

Saímos para fora da propriedade comigo observando a casa pelo o retrovisor.


Continua amanhã!!!
Primeiramente quero desejar um feliz ano novo a todos! Que 2017 seja repleto de paz, saúde e felicidade na vida de todos vocês ♡♡♡

Segundo, quero dizer que essa semana estarei colocando a história em dias se Deus quiser. Peço que curtam e comentem o capítulo para eu saber o que estão achando.. Bjuss e boa leitura 😘😘😘😘

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