Lua Negra (Editando)

By bella_secret_

3.9M 348K 86.4K

Kimberly foi criada longe de seus parentes maternos, mas quando sua avó morre e sua mãe é obrigada a retornar... More

Havenwood Falls
A Primeira Vista
Gritos Da Meia-Noite
Avatares dos Personagens
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Pergunta Importante
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 37 Parte-2. A conclusão
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 43 Parte 2
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Pedido
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 65 Part-2
Capítulo 65 part-3
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 70 part-2
Capítulo 71
Capítulo 71 part. 2
Capítulo 72
Notas da Autora
Epílogo
Recadinho Rápido
Aviso Importante

Capítulo 6

67.1K 6.1K 1K
By bella_secret_

Uma semana depois estamos de volta a Havenwood Falls e pra ficar de vez. Não sei o que fez minha mãe mudar de idéia, já que ela estava decidida a não vir morar aqui de jeito nenhum. Deixamos uma vida inteira para trás e vamos começar do zero. Sinto um frio na barriga só de pensar que vou entrar para uma escola nova. Onde não conheço ninguém. Na Georgetown High School, minha antiga escola, eu não era popular, mas era conhecida por várias pessoas por causa da Jess, que era bem popular.

-Bom, aqui estamos nós de novo. -mamãe anuncia com pesar.

-Quem são eles? -pergunto quando nos aproximamos da frente da casa e vejo um grupo de pessoas que parecem estar nos esperando. Quatro homens e uma mulher.

Ela franze a testa. Parecendo surpresa por ver eles ali.

-É uma parte da nossa família.

Fico surpresa porque essa é a primeira vez que ela os chama de "Nossa família" antigamente sempre que eu perguntava sobre sua família, ela sempre respondia que a família dela era somente eu.

-Rose Marie! -uma mulher de uns 60 anos vem de encontro a nós com os braços abertos. Ela tem cabelos lisos, cortados bem curtos com vários fios brancos.

-Tia Jeanine. -mamãe também abre os braços.

Penso que as duas vão se abraçar, mas não, elas apenas entrelaçam seus braços e imitam o que parece ser um beijo no rosto só que a distância, sem encostarem uma na outra.

Soltando minha mãe, ela se vira para mim.

-Então, essa é a nossa pequena rastreadora.

-Rastreadora? -confusão passa por meus olhos.

A mulher me encara de uma maneira estranha.

-Fazia muito tempo que não nascia uma dessas em nossa família...-ela passa a mão enrugada no meu rosto. -E será uma das melhores.

Mamãe põe o braço ao redor do meu ombro.

-Que tal apresentarmos ela para o restante da família?

A mulher sorrir e sai da nossa frente. Sou conduzida por minha mãe até os quatro homens que devem ter idade entre 30 e 45 anos.

Então pouco a pouco sou apresentada à cada um dos primos da minha mãe. O último que se chama Elliot tem uma cicatriz que vai da bochecha direita até próximo ao ouvido. Tento não olhar e acabo me lembrando da minha própria cicatriz. Tenho uma cicatriz do lado esquerdo da minha barriga, perto do meu umbigo.

Todos os homens são altos, fortes, bronzeados, tem cabelos castanhos na altura dos ombros e olhos azuis iguais aos da minha mãe. Parece que olhos azuis chamativos faz parte da genética da família Whitmore.

Terminado as apresentações eles foram embora. Vieram só nos dar boas vindas.

Um pequeno caminhão que está trazendo uma parte de nossas coisas, só mais as pessoais, chega. Homens usando uniforme azul saltam para fora.

Mamãe diz onde é para colocarem as caixas e eles a seguem para o andar de cima.

Sento no sofá com a palavra "Rastreadora" fervilhando na minha cabeça. É horrível quando alguém fala algo sobre você e você não faz idéia do que aquilo significa.

-Pronto, essa foi a última caixa. -mamãe comenta, depois que o último entregador saiu.

Ela está no segundo degrau da escada.

-Vamos subir, temos muita coisa para arrumar.

Vou até ela e fico encarando-a.

Ela se vira e começa a subir ignorando meu olhar inquisidor.

-Mãe?

-Sim?

-O que aquela mulher quis dizer com "rastreadora?"

Ela para de costas para mim. Fica em silêncio por alguns segundos, como se estivesse tentando elaborar uma resposta.

-Não sei. Tia Jeanine está velha e tem horas que não fala coisa com coisa.

Sei que está mentindo porque assim como eu ela não sabe mentir. Sua voz fica trêmula quando mente.

Raiva explode dentro de mim.

-Nunca pense que me engana! A capacidade que você tem para mentir, eu tenho para fingir que acredito.

Passo por ela feito um foguete. Subo os degraus pisando duro, entro no quarto que será o meu a partir de agora e bato a porta com força.

Afundo na cama com sentimentos conflitantes. Uma parte de mim queria ir lá se desculpar por ter sido tão grossa com ela. E a outra parte me diz que não, que isso é bom pra minha mãe aprender a nunca mais mentir para mim.

Não sei por quando tempo fiquei fitando o teto pensando em um monte de teorias malucas. Me sento e então encaro as caixas de papelão com o meu nome escrito.

-Acho que isso vai ser uma boa distração.

Não quero mais pensar nisso. Não quero duvidar da minha mãe.

Abro a primeira caixa onde estão todas as minhas
roupas. Arrumo-as uma por uma no guarda-roupa.

Esse quarto é igual ao que eu e minha mãe dormimos na semana passada. É rústico. Móveis escuros, cama de dossel, cortinas pretas. E tem uma janela com vista para o pequeno lago ao lado da casa.

Pouco a pouco o lugar vai ficando com a minha cara. Ponho meu laptop em cima de uma mesinha que tem no canto junto com a minha luminária. Espalho o tapete felpudo no piso. Na penteadeira coloco minha escova de cabelo, minha maquiagem, minha câmera, perfume e minha caixa de jóias.

Monto meu mural de fotografias com mais de 600 fotos em uma parede lisa que mamãe mandou fazer só para eu colocá-las. Prendo os pisca-piscas de um lado a outro da parede sobre as fotos.

Quando termino de arrumar tudo é quase meio-dia. Sinto meu
estômago roncar.

-Eu sei é hora de comer. -murmuro olhando para minha barriga como se estivesse falando com uma
pessoa.

Desço e vou até a cozinha ver se minha mãe providenciou algo para nós comermos, mas não tem ninguém lá.

-Mãe? -chamo-a, mas ninguém responde. Então vejo um bilhete preso na geladeira. É dela avisando que foi até a cidade comprar o nosso almoço.

Sem nada para fazer volto para o quarto. Pego um tufão, meu caderno de anotações e sigo pra varanda. Jogo o tufão rosa no chão e me sento em cima dele. Quando cheguei na capital fiz uma lista de todas as coisas estranhas que aconteceram comigo enquanto eu estive aqui na semana passada. E agora vou acrescentar mais um nome. Rastreadora. Mamãe disse que Jeanine está velha e caduca, mas a maneira como me olhava parecia que ela sabia muito bem o que estava falando.

※※※

Mamãe chega com duas sacolas brancas com nome "Italian Cesaeres" ela sabe que adoro comida Italiana principalmente macarronada a bolonhesa.
Acho que está tentando me
agradar.

Ela coloca as sacolas em cima da mesa e começa a abri-las. Tira de dentro dois potes brancos arrancando a tampa deles. O cheiro de macarrão com queijo preenche a cozinha fazendo meu estômago roncar mais uma vez.

-Pegue os pratos no armário.

Faço o que me manda enquanto ela despeja todo o macarrão em uma tijela de vidro. Ponho dois pratos na mesa e abro uma gaveta a procura de gafos e uma colher de servir.

-Caramba!-exclamo. Todos os
talheres são de prata.

Pego dois gafos e os coloco
dentro dos pratos, em seguida abro uma segunda gaveta e encontro uma colher grande de plástico. A colher de servir. Entrego-a à minha mãe.
Ela mexe a macarronada e nos serve.

Enquanto comemos em silêncio, observo minha mãe. E então uma coisa me ocorre. Como posso julgá-la por mentir, se eu também menti para ela em relação ao que aconteceu com o pneu do carro? Se escondi dela o que realmente aconteceu? Que jogaram uma faca no pneu da caminhonete quase me fazendo capotar. Resolvo dar mais uma chance a ela zerando tudo pra nós. Nada mais de mentiras ou esconder coisas. No momento certo eu vou dizer o que realmente aconteceu com o carro e daí estaremos quites.

-Mãe?

Imediatamente ela levanta a cabeça. Seus olhos azuis parecem ansiosos, como se estivesse desejando desesperadamente que eu falasse com ela.

-Oi, filha. -seu voz é carinhosa.

Como mais uma gafada de macarrão e espero engolir para poder falar.

-O xerife já tem uma pista de quem matou aquela garota? -pergunto.

Faço essa pergunta porque sei que mamãe andou se comunicando com ele lá da capital.

Ela solta o gafo e com os cotovelos em cima da mesa
apoia o queixo nas mãos. Como sempre está vestida como uma mulher de negócios: Saia lápis preta na altura dos joelhos, blusa branca de alça, blazer preto e sapatos scarpin. Seus cabelos loiros cacheados (feitos com babyliss) estão presos em um coque alto.

-Infelizmente ainda não. -seu rosto fica sombrio.

-Mas a sra entregou ao xerife aquele papel que tava na boca da garota?

Ela se mexe desconfortávelmente na cadeira.

-Claro que sim.

Balanço a cabeça confusa.

-Não entendo porque alguém que matou uma pessoa deixaria uma pista.

Mamãe pisca parecendo espantada com a minha dedução de que o papel com o nome do hospital da cidade vizinha de Havenwood Fall, fosse uma pista, nem eu mesma sei como fui chegar a essa conclusão, mas como eu disse, minha mente trabalha rápido.

-E o que lhe fez pensar assim? -ela questiona curiosa.

Dou de ombros.

-Sei lá. -colocando mais uma gafada de macarrão na boca.

A porta da cozinha abre e Dante irrompe para dentro
pegando nós duas de surpresa.

-Precisamos conversar. -ele diz para minha mãe em um tom sério.

Sem fazer nenhuma objeção mamãe balança a cabeça concordando.

-Vamos até o escritório.

Ela se levanta deixando a comida pela metade. Toma um gole de água.

-Oi, Kimberly. -ele me cumprimenta como se estivesse me vendo pela primeira vez ali sentada.

-Oi.

-Lave os pratos quando terminar de almoçar. -mamãe diz antes de se virar e sair.

Os dois seguem pelo corredor que vai direto para a sala de estar que por sua vez dá em um outro corredor que fica o escritório.

Depois de deixar tudo limpo sigo para o meu quarto, mas antes de pisar no primeiro degrau da escada fico tentada a ir ouvir a conversa dos dois. Parece ser algo ruim já que Dante estava muito sério.

Penso por alguns segundos
e resolvo não ir. Da última vez que fiz isso mamãe de alguma maneira descobriu que eu estava atrás da porta tentando ouvir o que
eles estavam falando e foi muito constrangedor.

Entro no meu quarto me jogando na cama. Não tinha percebido que estava tão cansada. Fecho meus olhos e logo estou dormindo.

Continua amanhã.
Votem e comentem para eu saber o que estão achando. Bjuss meus amores e boa leitura!

Continue Reading

You'll Also Like

17.3K 1.5K 59
Por serem inimigos isso acabou se transformando em um AMOR 𝐋𝐞𝐞 𝐌𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐞 𝐇𝐚𝐧 𝐣𝐢𝐬𝐮𝐧𝐠 se tornaram 𝐬𝐨𝐮𝐥𝐦𝐚𝐭𝐞𝐬 Han pensou que nu...
36.8K 1.8K 6
Ela foi vendida Ele a comprou Ela o odiava Ele já a amava Um casal Um amor E um passado secreto Que logo será revelado
35.8K 3.9K 11
Anaju é uma garota de 19 anos, nova na idade, mas que já passou por muita coisa. Após sair de um relacionamento abusivo de dois anos, decidiu que nu...
89.6K 6.5K 11
Sophia é a mais nova de seis irmãs, sempre a dama de honra e nunca a noiva, mas agora finalmente chegou a sua vez, como será que lidará com um casame...