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Gon Freecss...

Depois de sair da casa do Gotoh voltamos para casa rapidamente. Assim que chegamos, tomei um banho e logo em seguida o Killua tomou banho, como já havíamos comido, fomos direto para o quarto. Nesse momento estamos deitados no tapete, pois está muito abafado para ficar na cama.
- O que você achou do Gotoh? - dou de ombros.
- Parece ser uma boa pessoa como você disse. Ele parece ser meio que uma figura paterna para você.
- Meio que isso- ele sorri- Ele sempre cuidou muito bem de mim, desde que me lembro ele trabalhava em nossa casa.
- Você sabe como ele começou a trabalhar lá? - o mesmo assente.
- Meu avô Zeno, era amigo do pai do Gotoh, desde que ele nasceu ele estava em contato com nossa família. Seu pai era chefe dos mordomos em nossa casa, assim que ele morreu o Gotoh assumiu seu trabalho.
- Entendi... faz muito tempo isso?
- Foi um pouco depois que nasci - assinto.

Vejo que o albino abre um sorriso do nada.
- O que foi?
 
Me arrasto até ele, colocando o queixo em cima de seu peito, seu olhar se abaixa para me encarar.
- Só estou feliz. Hoje vi a Alluka, o Gotoh, ainda estava ao seu lado o tempo todo. Só parece... Que tudo está bom demais para ser realidade.
 
Respiro fundo e deito completamente em seu peito.
- Me faz muito bem ver você assim - sinto suas mãos passando nos fios de meu cabelo. As pontas de seus dedos deslizam pela minha nuca, passeando até meu rosto. Fazendo meu corpo se arrepiar, no ato eu olho para ele, e agradeço mentalmente por estar deitado, pois esse tipo de olhar estampado em seu rosto me faz perder a força. Os olhos cerrados e furtivos, quase como um olhar felino. Ele se levanta parcialmente, segurando a ponta do meu queixo, ele se aproxima...
 
Quando nosso narizes se tocam eu fecho os olhos e sinto seus lábios pousaram nos meus delicadamente, como se fosse a primeira vez, um beijo onde apenas nossos lábios se tocam, contendo uma ternura exorbitante. Abro os olhos lentamente quando ele se afasta, seu polegar passa carinhosamente pelo lado de meu rosto.
- Parece que eu estou voando quando você me olha assim- suas palavras saem em um tom baixo.
- Como estou te olhando? - ele sorri de lado e se aproxima.
- Como se me pedisse silenciosamente para continuar.
 
Sorrio e envolvo meus braços em sua nuca. Ele sorri e me beija profundamente, me fazendo tremer acima de seu corpo, suas mãos parecem modelar cada detalhe, cada curvatura de minha estrutura... me levando a encontro de um sentimento que me entorpece, me faz perder o sentido e corresponder instintivamente a cada ato, meus dedos deslizam para seus fios e seguram seu cabelo fortemente.
 
Nos afastamos por falta de ar, mas não abro os olhos, apenas escuto sua respiração antes de ser tomado por seus lábios novamente. Suas mãos delineando meu corpo com firmeza, sinto a mesma descer até o fim de minhas costas, relutantes elas param, puxo seu lábio inferior com os dentes, e levanto minha cintura propositalmente, fazendo com que suas mãos caiam em minhas nadegas. Ele me beija com voracidade. O ar parece estar cada vez mais quente, e o mundo turvo demais.
 
Nossos peitos sobem e descem, ofegantes. O encaro, ele se senta segurando meu corpo, fazendo com que eu fique em seu colo o sentindo por complemento.
- Gon...- sua mão direita vai para minha nuca - Vamos parar por aqui - sua voz sai sussurrada. Ele se curva e fica próximo de meu ouvido- Você não faz ideia do quanto te desejo - a outra mão aperta minha cintura.
  
Ele não precisa terminar de falar para eu saber o que se passa em sua mente, a Mito está em casa e talvez ele ache que não estou pronto... ele está certo. Sorrio e o beijo rapidamente.
 
Ele sorri e me deita no tapete ficando por cima de mim.
- Vou no banheiro, se quiser podemos ler um livro juntos quando eu voltar - assinto enquanto puxo minha camisa para baixo.
- Te amo - falamos ao mesmo tempo o que nos faz rir . Ele se abaixa e beija minha testa - Não vou demorar tanto- Ele arruma a roupa e sai do quarto.
 
Respiro fundo e fecho os olhos, sentindo o tapete felpudo em minha nuca.
- Quando eu fiquei assim? - sussurro para mim mesmo. Logo em seguida abro um sorriso.
 
Quem conseguiria não ter esse tipo de pensamento tendo o Killua tão perto? Sinto que estou enlouquecendo cada vez mais...

Killua Zoldyck...

Lavo minhas mãos, enquanto minha mente roda em círculos totalmente entorpecida. Ainda sinto a sensação de seu corpo em minha mãos... meus dedos deslizando por sua pele.
- Droga - respiro fundo e jogo um pouco de água gelada da torneira em meu rosto. Ok. Estou mais calmo.
  
Seco meu rosto e abro a porta do banheiro, seguindo para o quarto. Quando volto o Gon está sentado na cama com um livro nas mãos. Ao me ver ele abre um sorriso e bate no lugar vazio ao seu lado.
- O que acha de começarmos um do Stephen King? - assinto.
- Acho uma ótima ideia - sento ao seu lado.
- Vamos ler quantos capítulos por dia?
- Cinco?
- Quatro.
- ótimo- ele abre o livro e eu deito no seu ombro- Você pode começar a ler hoje?
- Claro- ele se curva e beija minha testa.
  
Logo em seguida sua linda voz passa a ler atentamente o prólogo do livro, ao invés de olhar para a página estou concentrado na figura ao meu lado, a forma com que seus lábios se movem enquanto fala. Ele é lindo em qualquer ângulo.
- Killua, é para você prestar atenção no livro.
 
Desvio o olhar  para a página.
- Lógico que estou olhando o livro. Estou focado - ele ri.
- Se você diz... - ele volta a ler, dessa vez presto atenção na página, acompanhado a leitura com os olhos. Ficamos assim por um tempo até que resolvemos dormir, foi um dia cansativo e de qualquer forma temos aula pela manhã.
  
Deixo o livro na escrivaninha e apago a luz antes de me deitar, assim que o faço recebo um beijo de boa noite, e fecho os olhos, coberto pelos braços do esverdeado...

A Luz da Minha Escuridão *Killugon* Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora