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Elisa

Ninguém parava de conversar sobre a festa à fantasia que iria acontecer no parque de diversões naquela noite de sexta-feira.

- Eu já escolhi minha fantasia - Victória comentou enquanto estávamos sentadas na mesa do refeitório. - Vou ir de Frida Kahlo.

- Estou pensando em ir de Super Girl - Bianca disse.

- É uma ótima escolha - Victória disse e direcionou o olhar para mim. - E você, Lisa?

- Vou de bruxa - respondi.

De repente, Rafael soltou uma gargalhada alta.

- Qual é o seu problema? - perguntei, olhando direção dele.

- Nada - ele tentou controlar sua risada. - Desculpa, é que essa fantasia é perfeita para você.

Eu lhe lancei um olhar fulminamte antes de Teo envolver o meu ombro com o braço.

- Deixa ele pra lá - Teo disse com um sorrisinho torto. - Você vai ser a bruxa mais linda de toda a festa.

Eu sorri para ele enquanto Victória, disse numa voz doce e melosa:

- Ai, que fofo. Eu não sabia que você era assim, Teo.

- Isso porque você não me conhece direito, Miss América.

- Sabe qual fantasia também combinaria com você? - Adam perguntou olhando para mim. - Blair Waldorf.

- Ela se fantasia de Blair todo dia - Rafael disse. - Nem vai ter graça.

- Eu não posso fazer nada se eu me visto bem - falei, convencida.

- Mas e você, Guilherme? - Adam perguntou para o garoto novo que raramente falava alguma coisa. - Vai fantasiado de quê?

- Ah... eu não vou - Guilherme respondeu. - Não gosto muito de festas.

- Sério, cara? - Rafael perguntou.

Guilherme fez que sim com a cabeça.

- Eu prefiro ficar em casa jogando - ele disse. - E além disso, eu preciso colocar uma matéria em dia.

- Então, pelo visto você vai ter bastante tempo livre - Teo considerou, olhando para Guilherme com um sorriso sacana no rosto.

- Mais ou menos.

- Já que você não vai na festa, você pode fazer o trabalho de História pra mim?

Eu encarei Teo com uma sobrancelha erguida. O que ele estava dizendo?

- O quê? - ele perguntou. - Eu não tive tempo de fazer. Tô treinando muito para o jogo de basquete.

- Talvez se você se organizasse um pouco mais, daria tempo de fazer - Victória apontou.

- Eu concordo - falei.

- Relaxa, gatas - ele encarou Guilherme. - Eu vou pagar. Quanto você cobra?

- Vinte por cada página digitada - Guilherme disse. - E isso inclui a capa.

- Fechado - Teo disse, sorrindo.

- Caralho - Rafael disse, dando um tapinha nas costas de Guilherme. - Você sabe mesmo como fazer um bom negócio.

Guilherme sorriu presunçoso e tomou um gole do seu refrigerante.

Eu estava prestes a voltar a atenção para o meu lanche quando vi, pela minha visão periférica, uma figura se destacando ao lado de nossa mesa.

Olhei para o lado.

Não Me Abandone Where stories live. Discover now