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Uma semana depois do dia que eu tive aquele sonho bizarro com Teo, fui convidada por ele para passar o fim de semana na casa desocupada de sua família.

Eu aceitei o seu convite na hora, sem neuras, afinal, ele era meu namorado e o sonho que tive não tinha o menor sentido. E era justamente por esse motivo que eu nem contei a ele sobre o sonho.

Sendo assim, eram dez horas da manhã de sábado quando Teo me enviou uma mensagem, dizendo que estava me esperando em frente ao meu condomínio.

Rapidamente peguei minha mochila com algumas peças de roupa e saí do meu quarto.

Meus pais estavam na cozinha e eu segui na direção deles.

— Já tô indo — avisei, dando um beijo na bochecha da minha mãe e outro na do meu pai.

— Você pegou tudo o que precisa? — minha mãe perguntou.

— Sim.

— Tem certeza que não quer uma carona? — meu pai perguntou.

— Tenho — respondi e dei as costas para os dois. — Tchau.

— Se cuida — minha mãe disse atrás de mim e eu sorri.

É claro que eu iria me cuidar. Andei rapidamente até a porta e tentei segurar o riso.

Meus pais achavam que eu iria dormir na casa de Marcela, quando na verdade, eu iria passar o fim de semana inteiro com o meu namorado.

Eu decidi não contar a verdade para eles porque eu já sabia que meu pai iria tentar me controlar se soubesse que eu iria dormir na casa de Teo e eu não queria que ele estragasse as coisas, pois nós dois estávamos muito felizes juntos.

Assim que deixei meu prédio para trás, avistei o carro de Teo estacionado perto do meio fio e me aproximei, abrindo a porta do carona  e dando de cara com aqueles par de olhos lindos me encarando.

— Bom dia, linda.

— Bom dia. — Avancei para cima dele e peguei em seu rosto, o beijando sem cerimônia.

— Hum... — Ele sorriu quando eu terminei o beijo. — Eu quero ser beijado assim todos os dias.

Eu sorri.

— Eu estava com tanta saudade...

— Eu também estava. — Ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. — Parece que eu fiquei um ano sem te ver... — Seus olhos voltaram para a minha boca. — Isso é uma tortura...

— E olha que passou só uma semana.

— Um segundo sem te ver já é uma tortura pra mim — dito isso, ele me beijou todo sedento.

Segundos depois, eu recuei os lábios dos seus e falei:

— Vamos logo. Meus pais podem ver você aqui e aí eu tô ferrada porque falei pra eles que eu ia dormir na casa da Marcela.

— Uau. — Teo esboçou um meio sorriso. — Que namorada rebelde eu tenho.

— Culpa sua por ter me feito cair no seu charme.

O sorriso dele se alargou antes de ele dar partida no carro, deixando a minha rua para trás.

Aproximadamente quarenta minutos depois, o veículo correu por uma estrada cercada de casas grandes e arborizadas, todas em estilo americano.

— É aqui — Teo avisou, adentrando na garagem de uma casa com a fachada azul-clara e branca.

— Uau — falei e abri a porta do carro, deixando o vento frio soprar meu cabelo no rosto. — É uma bela casa.

Não Me Abandone Where stories live. Discover now