Livro 3 - Seguindo em frente

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Dois anos depois

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Dois anos depois.

Segunda, 14 de maio de 2019.

— Droga! – A pequena latina murmurou apressada, tentando segurar algumas pinturas e tintas debaixo do braço. Tudo isso, enquanto mastigava um hambúrguer. Aquela manhã estava uma loucura, ela poderia arrancar seus cabelos a qualquer momento.

Cabello suspirou aliviada enxergando a fachada do prédio no centro de Nova York. Só o destino explicaria como Camila morando apenas um quarteirão da faculdade conseguia se atrasar todos os dias, fosse pra almoçar, ou pra ir a aula. Naquela tarde, por exemplo, ela estava atrasada para lavar roupas com Dinah.

Subiu as escadas do prédio, comumente ocupado por jovens estudantes. Acenou para o porteiro que tentou lhe entregar a correspondência, mas ela fugiu dele indo rapidamente em direção a escada.

O prédio não tinha nada de impressionante por dentro, ainda que Camila fizesse muito gosto de morar lá. Não apenas porque ela sentia naquelas paredes o esforço de Lauren em buscar um lugar com moradores culturalmente ligados a ela, provavelmente pensando nos momentos que sentisse falta de casa. Ela era grata por isso também a Lauren.

A dona era uma velha mexicana, que estava sempre disposta a servir tacos a "ninã" que era como ela a chamava.

Camila parou por um momento na frente da janela que dava para a rua. Do outro lado da avenida, bem diante da portaria uma foto imensa de Lauren Jauregui estampava um letreiro em letras pretas "Os 100 jovens mais influentes do ano com menos de 20".

Ela seguia aquele mantra desde o dia que o tinham lhe colocado ali. Camila não deixava de ficar feliz em saber que apesar de deixar o futebol, ela tinha se encontrado em causas sociais. Lauren tinha alma grande, sempre era excelente em tudo que fazia.

A dor nos braços, a lembraram da quantidade de coisas que ela trazia e o trabalho que a aguardava. Parou de admirar a foto da ex e abriu a porta. Cabello respirou aliviada, largando tudo que tinha nas mãos no chão e se jogou no sofá. Era muito bom chegar em casa. O apartamento era tudo que ela mais gostava em NY, depois de Juilliard.

As paredes tinham um tom vibrante de vermelho e o piso era amadeirado. O apartamento pequeno era decorado com seus quadros e fotografias. Havia também um enorme sofá meio esfolado, porém muito macio, com algumas almofadas por cima.

Um ambiente convidativo e alegre, com cada cantinho lembrando Dinah e Camila. Levou um tempo para que elas deixassem daquele jeitinho, mas ela amava o clima harmônico a cada vez que entrava ali.

A enorme televisão de cinquenta polegadas tocava Mariah Carey no último volume, algo que só acontecia no dia de fazer tarefas da casa. E foi aí que Camila lembrou de toda roupa que tinha combinado de lavar com Dinah. Que saudade fazia sua mãe, jamais acostumaria a lavar sua própria roupa. A máquina fazia todo o trabalho, no entanto, não tinha nada mais horrível que passar e separar.

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