Trinta e dois - Constelações, beatles e magnitude

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Saudade de algo que está perto é uma das sensações mais esquisitas que alguém pode passar

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Saudade de algo que está perto é uma das sensações mais esquisitas que alguém pode passar. Como ter saudade de algo que está o tempo todo com você, como ansiar por algo que está ao alcance de mãos? Camila não pode responder com clareza essa pergunta, mas ela sabe de quem é a culpa por esses sintomas.

Lauren aparece no fim da aula de terça-feira. Camila nota como ela parece cansada. Não tiveram muita chance de conversar desde que voltaram de Nashvile. As avaliações antes das férias do Natal está pressionando todos alunos. E ela não quer parecer desesperada só porque fizeram sexo... Mesmo que ela esteja desesperada.

Simples e complicado, como a maior parte das coisas verdadeiras.

Ela nota os detalhes de Lauren antes mesmo dela parar de frente a ela nos armários. O jeito como o cabelo preto está solto sobre seu ombro, provavelmente para lhe proteger melhor do frio, o modo como suas unhas estão meio roídas e um pequeno chupão que no seu pescoço é o sinal que a noite que tiveram não foi fruto da sua mente alcoolizada.

Camila se flagrou sorrindo, quando recebeu um beijo quente no rosto. Desejou que fosse nos lábios. Simples assim. Complicado assim.

Os corredores estão quase vazios, a correria já passou. Então Lauren chegou mais perto do que antes e roubou um beijo dos lábios rosados. Um beijo que é rápido demais para saudade de ambas.

— Ei, Camz.

— Oi, Lauren.

Sorriem. O coração voltando a bater com mais tranquilidade agora.

— Eu senti sua falta. – É Lauren quem diz, mas o pensamento também passou pela mente de Camila.

— Eu também, muito. – A reação de suas palavras em Lauren são bochechas rosadas adoráveis e Camila sentiu vontade de beijar seus lábios mais uma vez. Dessa vez um beijo de verdade, então muda o rumo da conversa: – Como vai o braço?

Lauren deu um sorriso que é metade safado e metade adorável.

— Você não estava muito preocupada com ele no sábado.

— Lauren! – Camila deu um tapa em seu braço. – Cretina.

— O que importa é que acho que em breve vamos poder colocar em prática nossos treinamentos. – Lauren mordeu os lábios. – Mas na verdade, eu queria te roubar... tipo, agora.

— Me roubar? – Camila ergueu as sobrancelhas. – Pra onde vai me levar?

— Não sei ainda – respondeu ela e pegou em sua mão. – Você confia em mim?

— De olhos fechados.

Lauren mordeu os lábios gostando do tom sensual que Camila parecia transbordar a sua vontade. Era tão simples que as vezes ela pensava que ela tinha um botão que era apenas ligar e desligar.

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