Quatorze - Teorias, chantagens e bandas indie (tem tudo a ver)

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Desde os primórdios da raça humana o homem vive de teorias

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Desde os primórdios da raça humana o homem vive de teorias. Lauren sabe disso, porque ainda pequena era fissurada em todo tipo de teoria do universo. A que mais lhe atraia, talvez fosse a mais famosa delas: A teoria dos caos, apelidada por alguns como o efeito borboleta, diz que o mundo é regido por situações incontroláveis, formadas por pequenas ações que podem ter consequências gigantescas. Simplificando, o bater de asas de uma borboleta pode modificar as correntes de ar e causar um tufão do outro lado do mundo.

Mas nem Lauren Jauregui, apaixonada por teorias poderia imaginar que ao oferecer uma carona a Camila, ela agitava as asas da borboleta do caos.

— Vamos? Que foi? Tá esperando que eu abra pra você? – Indagou com um sorriso zombeteiro.

Não queria começar outra briga, mas era legal incitar suas respostas ácidas.

— Isso seria além da sua capacidade de educação. – Do jeito que ela tinha esperado.

— A é? – Disse Lauren divertida, a jogadora deu a volta no carro e só pra provocar abriu a porta do carona fazendo uma reverência dramática para Camila – A seu gosto, princesa?

Mila rolou os olhos, e Lauren não deixou de notar que seus lábios repuxaram pra cima em um quase sorriso. Era a primeira vez que experimentavam um clima tão leve desde que tinham se conhecido. Três semanas, em contagem de tempo no relógio parecia algo pouco, mas dado todo tipo de confusão que elas tinham se metido parecia uma rivalidade velha.

O carrão de Lauren era ainda mais impressionante por dentro que por fora. O banco de couro negro cheirando a novo afundou-se, quando Camila sentou. Mila ajeitou-se desconfortavelmente, e notou que o perfume da jogadora estava impregnado ali, e também um leve cheiro, provavelmente mascarado por odorizadores, de maconha. Havia também um chaveiro "fucktrump" balançando no espelho do carro.

— A maior estrela da escola é uma maconheira. – Provocou Lauren, e ela parou de pôr seu cinto para olhar ela.

— Eu estou quase me arrependendo por essa carona.

— Eu não dou à mínima, vamos? – Camila bateu a porta do carro com exagerada força.

— Cuidado com a Lana. – Lauren guinchou, olhando feio pra Camila. Pela sua expressão parecia que Camila tinha acabado de bater na sua face.

— Quem é Lana? – Jauregui esboçou um leve sorrisinho achando graça na expressão confusa de Camila.

— Você está dentro da Lana.

— Seu carro é Lana? – A jogadora deu de ombros. – Você deu um nome ao seu carro?

— Sim. – Ela respondeu como se não fosse nada, saindo habilidosamente do estacionamento.

Não trocaram muitas palavras depois disso. O silêncio sempre foi um aliado valioso, quando a mente trabalhava em alta velocidade. Lauren queria dizer a Camila às coisas que a assustavam sobre elas, queria que chegassem a um consenso sobre o que fazer. Mas julgava que por ser um sentimento seu, tinha que ser vivido apenas por ela, além do mais, Cabello nunca deu indícios que queria chegar a consenso algum.

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