Camila ama o controle. Ama tanto que fez uma lista de todas as etapas que tem que passar até chegar na sua sonhada faculdade de artes.
Obviamente na sua lista não constava a chegada da maior estrela de futebol juvenil do país. Também não estava que...
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O início de outubro na Califórnia não era só a morte ainda que passageira do verão. Era o começo de grandes mudanças em volta dos habitantes mais ilustres daquela pequena cidade.
Mike estava definitivamente cansado das indecisões em torno do relacionamento de Camila e Lauren. Sua irmã deveria ter terminado com Lucy e ficado com Camila, não ter ficado sozinha ouvindo Lana del Rey trancada em um quarto, enquanto a cubana aparentemente estava com uma loira bonita. Ele precisava fazer alguma coisa, e tinha que ser urgente.
— Se continuar girando você vai fazer um buraco no chão, Mike.
O menino parou e arregaçou as mangas da sua blusa de botão levando os olhos até a amiga. Apesar da estatura magra, lentamente, ou rapidamente aos olhos da sua irmã, Mike se tornava um adolescente muito bonito. Millie podia reparar isso, porque quando ele senta do seu lado e seus olhos vão até os lábios do garoto, a primeira coisa que ela sente é uma quentura ardida no peito e ela é obrigada a rapidamente tirar os olhos.
— Eu estou preocupado com a Lauren. – Desabafou ele, sem conseguir guardar pra si o que tanto o incomodava. – Ela está calada... Calada demais. Acha que ela está sofrendo pela Camila ou existe algo a mais?
— Talvez ela esteja chateada pela Camila namorar alguém que não seja ela. – Deu de ombros. Mike sabia que Millie se importava muito pouco com as fofocas no campus, porém ele meio que a forçava ouvir seus relatos sobre a vida amorosa da irmã.
A notícia do dia era o término de Lauren com Lucy. As garotas estavam enchendo sua irmã de sorrisos e seus armários com cartas e pedidos nada contidos de autógrafos em lugares extremamente inusitados. Pior de tudo era que Lauren estava adorando essa atenção feminina.
Ele não suportaria duas Alycia, definitivamente, não!
— Talvez você devesse reunir os amigos dela em uma super ofensiva, tipo os vingadores do casal que não quer acontecer.
— Meu Deus, você é um gênio! Eu vou pedir ajuda aos amigos da Camila.
— Mike, eu estava sendo extremamente irônica.
— Eu sei, mas é perfeito. Se a ajuda não vier deles de quem mais? – Disse ele.
— Quem sabe se você respeitasse a escolha da Camila? – Retrucou ela em um tom de acidez que fez o garoto erguer a sobrancelha ofendido. – Tá, desculpa, não precisa me olhar com essa cara.
— Eu respeito a Camila, mas eu sinto que ela está indo pelo caminho errado.
— Mas isso não é algo que a Camila sozinha deve notar? Tipo sem a sua influência?
— Sim, mas...
— Sério, Mike. Deixe elas se resolverem ou não se resolverem. – Ergueu-se parando de frente ao amigo. – Não use a Camila pra tentar manter a Lauren aqui. Ela não vai ficar... e pela repercussão de cada pintura que a Camila faz, o destino dela também não está aqui na Califórnia.
