•Capítulo 66:

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"O Meu Batom"

                               Lexie

Estou apaixonada.
Incrivelmente apaixonada.
E não pensem vocês que é sobre o London que estou falando. Pois não é.
Não dessa vez.
Meus braços ainda sentem o peso do corpo de Star, o qual eu estive embalando por quase quarenta minutos atrás.
Aquele bebezinho fofo custou muito a pegar no sono.
Talvez fosse por causa da presença de mais pessoas no quarto que estava deixando-a agitada.
Mas depois que eu comecei a cantar uma musiquinha de ninar para ela, Star pareceu gostar do som suave e melódico da minha voz.
Ela dormiu antes mesmo que eu chegasse a repetir a canção. 
Meu coração se aqueceu pela forma como ela confiou em mim para descansar pacificamente. Sem qualquer tipo de estranheza.
Estou tão feliz por May, pela minha sobrinha, por Chase também. Meu coração não para de pular rápido em meu peito. E eu sinto que não vou conseguir viver longe da minha sobrinha.
Como pode isso?

— Pelo jeito você vai ser uma titia pegajosa. - murmura London, em meu ouvido enquanto caminhamos lado a lado pelo corredor de paredes brancas, luzes florescentes e piso de porcelana da cor das nuvens.

— Eu prefiro babona. - pisco para ele, e passo na sua frente.
Eu não preciso olhar para trás para saber que ele está observando minha bunda. Mas desta vez eu não me importo.
É tudo dele.

Não faz muito tempo que saímos do quarto da minha irmã. Ela precisava descansar, e desde que Chase nos disse que seus parentes estavam chegando em breve. London e eu decidimos dar um tempo para eles.
Eu já sei que essas primeiras semanas vão ser bem difíceis de eu conseguir dar mais atenção para May e Star. Porque eu não vou ser egoísta e ocupar todo horário de visita. Também não vou ser inconveniente a ponto de ir em sua casa todos os dias. Preciso dar espaço para os parentes de Chase, e para meus pais. Afinal todos querem parabenizar May e conhecer Star.

— Onde vamos agora? - pergunto para London, antes de virarmos na esquina do corredor. Viro em um pulo para trás, e London tromba em mim.

— Calma aí amigão. - brinco, e empurro seu peito para trás.

Seu rosto cora, e ele balança a cabeça.
— Tem alguma coisa em mente?

Pego meu celular da bolsa e verifico que são quase oito da noite.
Mordo meu lábio inferior.
— Talvez comer alguma coisa em algum lugar?

London arqueia uma sobrancelha, e sua mente parece pensar sobre o que eu disse.
Então.
— Já sei. - diz ele, como se uma lâmpada tivesse sido acesa. — Tenho um lugar para levar você.

Meu coração se anima.
— Onde é?

— Isso você só vai saber quando chegarmos lá.

— London. - bato meu pé no chão. Eu sei. Não sou mais criança. Mas isso costumava funcionar até um tempo atrás. — E se eu precisar de uma roupa diferente para ir a esse lugar?

— Lexie. - ele enlaça minha cintura, e me prende em seu peito. — Você fica linda de qualquer jeito.

— Até mesmo se eu me vestir como um menino? - provoco sentindo as maçãs do meu rosto ficarem mais quente.

— Você quer a verdade?

— Sempre.

Ele afasta uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha, e planta um beijo em minha bochecha. É doce, e carinhoso. E meu coração dá uma pequena cambalhota em resposta.
— Até se você se vestisse como um mendigo, Lex. - declara ele, olhando dentro dos meus olhos. — Eu te amo. E nunca vou achá-la feia ou menos atraente com qualquer que seja a roupa que você esteja usando.

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