•Capítulo 63:

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"Números"

London

Levanto meus olhos para cima da cabeça de Lexie, e é quando eu vejo sua irmã descendo de um Audi Vermelho. Franzo meu cenho. Eu não sabia que ela estava vindo para o mesmo lugar que Lexie e eu havíamos decido almoçar depois do grande sexo que tivemos um par de horas atrás.

May começa se aproximar e ela alcança meus olhos. E me dá um sorriso enorme. Caramba. Sua barriga está cada vez mais gigante.
Como pode sua pele esticar tanto? Parece que ela engoliu uma melancia. Fico acompanhado seus passos, e ela pousa o dedo em seus lábios quando para a alguns passos antes da nossa mesa.

Agito minha cabeça confirmando quando pesco o que ela está querendo fazer. Lexie parece tão perdida comendo seu espaguete que eu não tenho dúvidas que sua irmã conseguirá lhe dar um belo de um susto. May se aproxima, e num pulo jogo seus braços envolta dos ombros de Lexie.

— Olá maninha.

Lexie arregala os olhos, e engasga com o susto.
— May. - xinga ela. — Você assustou a merda fora de mim.

Ela sorri, e puxa uma cadeira para se sentar entre nós. Seus olhos fazem uma varredura pelo meu rosto, e ela me dá um sorriso gentil.
— Oi pra você também, London.

— Oi. - puxo meu prato e termino de comer meu espaguete.

Depois que eu tive Lexie enrolada em minha cintura, e a fiz gozar contra a porta da minha casa, nós tomamos um banho juntos. E acabamos transando embaixo do chuveiro. Foi a parte que eu mais gostei em toda minha manhã espetacular.

— O que está fazendo por aqui? - pergunta Lexie.

— Combinei de almoçar com Chase. E você não deveria estar na escola?

— Tem reunião dos diretores, nós fomos dispensados.

— Nós? - indaga May, e suas sobrancelhas se levantam para mim.

Lexie revira os olhos.
— Eu e as crianças.

— Ah. A gente podia ter marcado alguma coisa. Vocês já estão encerrando a conta?

Agito minha cabeça concordando, e Lexie deixa escapar um sorriso torto.
— Sim, mas a gente pode sair para uma sobremesa, o que você acha?

May sorri com os olhos.
— Acho ótimo.

Lexie me encara, dou de ombros.
— Por mim tudo bem.

Ela sorri calorosamente, e uni as mãos embaixo do seu queixo. Suas bochechas coram, e eu percebo que sua pele está mais brilhosa essa manhã. Mal sabem essas pessoas que nós tivemos dois incríveis orgasmos antes de virmos para cá. Deve ser isso que está deixando-a tão mais bonita do que já é.

                           §

— Posso roubá-la por um dois minutos? - pede May, puxando o braço de Lexie.

— Ela é toda sua. - eu digo, e assisto as duas se afastarem para o outro lado do parque.

Depois que almoçamos no Happy Bistrô. Lexie e eu decidimos vir para o parque que fica na esquina do centro comercial onde está o quiosque do pai de Chase. Nós apenas ficamos andando de mãos dadas, e observando algumas crianças brincando na pracinha como se os brinquedos fossem fugir a qualquer momento.
May e Chase chegaram logo depois, e encontraram a gente aqui.
Ficamos os quatro caminhando pelo gramado, como num encontro de casais, até May pegar minha companhia e sumir da minha vista.
Seu noivo ficou pra trás também, e nós dois continuamos seguindo em silêncio até ele tossir sobre o punho fechado.
— Então, você e Lexie estão se dando bem?

Enfio minhas mãos no bolso.
— Estamos sim, porque?

— Nada não, só estava curioso. Ela nunca teve um relacionamento duradouro antes. E com você parece que ela tá levando bastante tempo já. 

Não gosto do jeito que ele está falando. Na casa dos pais de Lexie ele não parecia ser tão curioso assim.
— O que você sabe sobre a vida amorosa dela? - minha voz sai um pouco seca.

Chase parece não perceber, e continua andando e gesticulando como se fosse um professor de libras.
— Sei o que sua irmã me conta, e o que eu acompanhei quando ela ainda morava no rancho com seus pais.

Interessante.
— May parece que não teve também muitos relacionamentos antes de você não é?

— Eu fui o seu primeiro. - diz ele, normalmente, mas soa em meus ouvidos como um insulto. Como se ele tivesse se vangloriando que pegou a irmã pura enquanto eu peguei a experiente.
Ele está tão na merda se acha que eu vou deixar de gostar menos da Lexie por ela já ter dormindo com outros.
Se envolver com outras pessoas faz parte da natureza da vida. Até que você ache o certo, você precisa conhecer outros. Os números nunca foram importantes, não para mim. O que importa agora é que ela é minha, e eu sou completamente dela.

Dou uma rápida olhada para ele, e decido lhe deixar com algumas rugas na testa.
— Será que May foi sua primeira?

Seu rosto se contorce, e ele ainda teve sorte de não conseguir me responder. Lexie e May acabam dobrando a esquina, e param em nossa frente. O assunto se encerra quando elas agitam suas mãos chamando a gente.

                           §

May e Lexie saíram para ir ao banheiro. Pelo menos foi o que as duas disseram para mim e Chase quando nos reencontramos na esquina da praça. Mas lá no fundo eu sabia que elas se afastaram para ter aquele tipo de fofocas entre garotas.
Eu deixei pra lá, não me interessa, e eu confio em Lexie mais do que qualquer coisa. E sei que se tivesse acontecendo algum problema ou coisa assim, ela me contaria. Pelo menos, eu acredito que sim. Mas vai saber. Enfim. Estamos agora sentados entorno de uma mesa de concreto, assistindo um bando de pássaros sobrevoando, e crianças brincando.

May começa a se contorcer no banco, e ela pousa sua mão na barriga quando uma careta de dor surge em seu rosto.
— May? O que está havendo? - pergunta Chase, levantando do seu lugar, e indo para o lado dela. Ele pega a mão de May, e a ajuda a levantar.

— Não sei, só to sentindo uma forte contração. Ai. - grita ela, e seu corpo todo encolhe.

Lexie pula do banco, e eu faço o mesmo.
— Não é melhor ligar para ambulância?

— E ela vai entrar aqui na praça Lexie? - murmura May, se agachando até o chão. Ela solta outro resmungo e outro gemido de dor vem junto.

Esfrego meu rosto.
— Talvez seja melhor chamar um Uber, e levá-la até o hospital mais perto.

Chase olha para mim, e concorda.
— Faça isso. Vou levá-la. Meu filho pode estar querendo nascer. Não vamos perder tempo.

— Quantas vezes eu vou precisar dizer que é filha? - May grita, e eu aperto meus ouvidos. — É uma menina, Chase.

— Ué a gente nunca pode perder as esperanças. - contesta ele, e acaricia suas costas.

May geme e sua voz falha quando ela fala:
— Você... Você sabe que falando isso só vai deixar sua filha triste com você.

— Pode deixar que eu vou me desculpar com ela com flores e chocolates. Não é esse material, que vocês, meninas, gostam?

Lexie revira os olhos, e aponta para nós.
— Vocês dois, carregam minha irmã, e eu chamo o Uber. Vamos logo, e chega dessa discussão patética.

Faço o que ela pede, e passo o braço de May por cima do ombro, enquanto passo o meu envolta das suas costas. Chase chega do outro lado, e repete o que eu fiz. Nós carregamos May assim por todo um caminho de pedras, até chegar na rua asfaltada que fica fora da praça.

Ao Seu Lado Where stories live. Discover now