Aceito o Desafio [Livro 1] SENDO REVISADO

Capítulo Final (parte I)

Sem Revisão...

      É engraçado como a vida é confusa. Num momento você é a pessoa mais feliz e completa do mundo, no outro é apenas mais uma alma perdida, sem rumo, sem caminho e sem esperança.
   Demorei tanto para decidir se veria ou não a Ana naquele lugar. Eu sabia que ela estava magoada, triste e confusa. Eu, era a causa disso tudo.
Eu só queria ter uma vida, me sentir vivo e feliz. Só que, parece que não fui feito para ser feliz, nem fazer quem estava ao meu redor feliz. Era uma sina, um carma ou apenas azar. Não sei. A única coisa que sabia era que eu não merecia a mulher que eu tinha. Não merecia tê-la ao meu lado.
    Quando eu cheguei naquele hospital, os últimos dias passaram como um flash na minha mente. Tanta dor, tanto sofrimento, tanta perda. Não contive uma lágrima solitária que insistia em cair. Limpei em seguida, precisava me manter forte.
 
   Cheguei ao quarto em que a Ana estava e paro frente a porta. Não sei o que dizer, o que sentir ou o que me aguarda lá dentro. Sei que ela estava triste e devia me odiar nesse momento. E eu com certeza mereço. Por ser tão covarde, tão... Não sei o que eu sou nesse momento.
Bato na porta e ouço sua voz fraca pedindo que entre. Meu coração acelera e minhas mãos suam muito. É estranho todos esses sentimentos.
Nunca vou me cansar de ouvir a sua voz. O mais engraçado é que no início, eu não aguentava ouvi-la. Sempre falou demais, sempre animada e feliz. Eu não tinha o direito de lhe roubar isso. Tomo algumas respirações e entro. Ela está de costa para mim, me aproximo e consigo sentir o seu cheiro. Fecho os olhos, sentindo todo o seu aroma me invadir, tão bom quanto eu consiguia me lembrar.
   Ela se vira de imediato com um sorriso nos lábios, a sua pele está arrepiada e isso me deixa feliz.
Continua linda, apesar de visivelmente abatida e triste, o brilho dos seus olhos não é o mesmo. Meu coração se aperta e a única coisa que eu consigo fazer é abraçá-la, tão forte quanto eu posso, Ana sente o mesmo que eu, retribui o abraço e ali nos derramamos. Toda dor que sentimos, todas as coisas que vivemos nos últimos tempos. Tudo dito naquele abraço. Não contenho mais as lágrimas e sinto que ela também não. Choramos tudo que podíamos chorar, o sofrimento rasgando nossas almas. As coisas aconteceram tão rápido que não deu tempo de acompanhar. Agora tudo vinha a tona. Tudo.
   Nos separamos e sinto imediatamente a falta do seu toque. Não sei quando, não sei como. Só sei que me tornei dependente dela, de tudo nela.
  Quando o meu irmão morreu, eu via a tristeza e a dor nos olhos dos meus pais. Clark era o preferido, o filho perfeito. E eu era apenas...eu.
  Eu via como meu pai me olhava, apesar de saber que ele me amava, sabia também que meu irmão era o favorito. Não poderia reclamar, enquanto os holofotes estavam no meu irmão, eu poderia fazer o que quisesse. Só que, o destino é uma criança cruel. Eu não aguentava olhar para o meu pai, sabendo que era o Clark quem deveria estar aqui. Então eu comecei a me modificar. A agradar, estudar e aos poucos eu me tornei o meu irmão. Perdi a minha personalidade, minha essência, o meu eu. E me tornei apenas o que agradaria, o que diminuiria a dor dos meus pais. E diminuiu. Mesmo eu não sendo feliz, eu via o orgulho nos olhos do meu pai a cada conquista, a cada progresso, a cada contrato milionário fechado. Era isso que ele queria o tempo todo, ele queria o Clark e eu acabei me tornando isso. Minha mente mudou totalmente. Depois de um tempo u via o meu irmão, falava com ele na minha cabeça. Mas no fundo eu sabia que não era o meu irmão. Era apenas eu tentando ser ele.
  Lembro do dia que contei a Analu sobre isso. Ela me olhou divertida. Eu fiquei irritado, claro. Estava contando uma coisa pessoal que nem para as minhas psicólogas eu contei e a mulher simplesmente riu de mim. Ela tocou meu rosto e disse "somos mais parecidos do que você imagina. Eu também tinha um amigo imaginário". Fiquei chocado com aquilo, o que eu tinha não era um amigo imaginário, era o meu irmão na minha cabeça, não acreditei que ela fosse fazer uma comparação tão, sem noção. Mas aí, ela continuou e disse para mim "Teve um dia que ela controlava a minha vida, e eu soube que era o momento de mandá-la ir. Eu tinha o controle e usei. Você meu amor, tem o controle. Decida se está ou não na hora dele ir. Ele não é o seu irmão. Ele é apenas você tentando ser ele".
Aquelas palavras me deixaram sem ação. Ela estava certa, meu irmão morreu e não ia mais voltar. Eu precisa me despedir dele. E o fiz, tomei o controle da minha mente e disse adeus. Não doeu tanto quanto eu imaginei. Foi libertador.

    Fomos para casa, a mulher ao meu lado dormia serenamente. Eu não conseguia mais viver sem ela. Viver sem sua risada, sem o seu amor, sem o seu mal humor. Ela era perfeita para mim.
Porém ainda estou preocupado. Aqueles malditos ainda estavam a solta e eu temia. Muito.
  Chegamos ao nosso apartamento, e sinto a Ana ficar tensa. Ela assim como eu, sente o peso daquela noite. A culpa bate mais uma vez e eu sinto a pontada no meu peito. Se eu não tivesse... Não consigo nem pensar nisso. Tantas mortes, tanto sofrimento causados por mim. Eu não merecia ter o amor dessa mulher, eu não tinha o direito de ter o amor dela.

  __Vai ficar tudo bem meu amor... Nós vamos ficar bem__ ouço sua voz suave e embargada pelo choro contido. Ela aperta a minha mão e sorri de leve. Era eu quem deveria a consolar e não ao contrário. Com aquelas  simples palavras eu soube. Ela faria de tudo para ficarmos bem, Ela levaria tudo para si, só para me ver bem. E eu não podia permitir isso.

      Oi manas.... E aí tudo bem com as senhoras? Então! Como eu fui uma pessoa muito negligente, decidi fazer assim.
Bom, esse era para ser o capítulo final. Só que eu não consegui me despedir. Juro, eu estava adiando tudo isso. Mas quando eu comecei a corrigir a estória, senti novamente aquela vontade de escrever sabe?  E foi o que eu fiz, comecei a escrever, escrever e o capítulo ficou Gigante! E não tem nem metade do que eu queria passar. Por isso está decido uma segunda parte do capítulo. O que vcs acharam? Por favor, me dêem a opinião de vocês. Fico aflita demais quando não vejo os comentários. Então por favorzinho. Comentem para a titia aqui 😍.
  Enfim. Espero que aproveitem o capítulo, desculpa pelos erros eu corrigirei.
Acho que se eu conseguir terminar a outra parte ainda hoje, eu posto. Não prometo nada!
   Beijinhos 😘  e obrigada pelo apoio...

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