Capítulo 21

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Sem Revisão...😅

     __Amor... Henry... Acorda__ o que? O que aconteceu comigo? Flashes de memórias me atingem como um soco. O enterro da minha irmã, a Ana passando mal e... Oh meu Deus! Eu vou ser pai. Levanto num pulo, assustado.

__Eu vou ser pai__ falo, para mim mesmo. Sinto a euforia crescer em mim.
__EU VOU SER PAI__ repito agora em voz alta. Praticamente grito a notícia.
Abraço animadamente a Ana, beijo todo seu rosto e por fim a sua linda e saborosa boca. Sou o homem mais feliz do mundo. Pego-a no colo e dou pequenos rodopios. É mágico.

__Henry. Henry cuidado__ ouço minha mãe falar. A quanto tempo ela está aqui? Olho na direção da voz e tomo um susto. Estão todos no quarto. Todos mesmo. Ponho a Ana no chão e tento controlar a alegria. Eu sou um maldito sortudo mesmo.

__Desculpe__ peço.

__Bom. Agora que já está bem, vamos deixar vocês conversarem__ ouço a mãe da Ana falar. Todos saem do quarto e sobramos só eu e ela.

__Então?__ ela pergunta.

__O que?__ respondo com outra pergunta, já que não entendi o que ela quis dizer.

__Como faremos? Henry, eu juro que não foi premeditado. Na minha primeira vez, não usamos proteção. E nas outras usamos. Eu não...___ fala rapidamente.

__shh... Eu sei amor. Fomos imprudentes. A culpa não foi sua. Eu era o experiente, devia ter nos protegido. Mas fui impulsivo e egoísta. E posso dizer que não me arrependi de nada. Ainda mais agora que tem um pedaço nosso, aí dentro__ termino de falar e a mulher a minha frente, se desmancha em lágrimas. Eu disse algo errado?

__Cabrón... Bastardo!___ ela diz. Mas porque ela tá me xingando?

__Esta tudo bem? Tá sentindo alguma coisa?__ me preocupo. Não entendo nada de gravidez. Mas sei que nos primeiros meses, são os mais difíceis.

__Não. Não está seu bastardo. Eu vou ficar gorda, feia e flácida. Não aguento mais tanto enjôo e eu estou odiando nesse momento olhar para sua cara. Sai por favor__ ela diz de uma só vez. Eu não sei o que está acontecendo com ela, mas vou fazer de tudo para resolver. Me aproximo um pouco mais, cauteloso.

__Ana...__ tento.

__SAI DAQUI HENRY__ ela grita. Seu olhar mortal em cima de mim, me deixa realmente com medo. Saio do quarto perdido, sem saber o que eu fiz de errado.

__Relaxa cara! Depois piora. São os hormônios__ tomo um susto com o Miguel atrás de mim. Não percebi que estava aqui.

__E quando melhora?__ pergunto interessado. Farei o possível para deixá-la confortável com tudo.

__Não se sabe. A minha Emilly quando engravidou, ficou um mês inteiro sem falar comigo. Entrei em desespero. Mas a melhor parte é que o desejo sexual aumenta__ ele diz divertido. Eu não sei se aguentaria ficar um mês inteirinho sem a minha Ana. Ela é o ar que respiro. Se bem que eu faria amor com ela, quantas vezes fosse necessário e possível. Aumento meu sorriso.

__Cara. Estamos falando da minha irmã. Mais respeito__ele diz totalmente sério.

__O que? Eu não estava pensando em nada__ falo envergonhado. O homem ao meu lado começa a rir. Eu o acompanho.

__Relaxa cara. Somos família agora... Mas ainda sim a ameaça está valendo. Faça ela chorar uma vez sequer e eu acabo com você__ novamente fico tenso. Sei que não está brincando.

__Eu nunca a magoaria__ respondo igualmente sério. Para que ele entenda que o que sinto pela Ana é mais forte e profundo que qualquer coisa.

   Os dias se passaram rápido demais. A Ana já está no quarto mês de gestação. Os enjoos diminuíram bastante, porém o que me atormenta são as mudanças repentinas de humor. Eu já até aprendi a contorna-las.
   Os pais da Ana, voltaram para o Brasil a pouco mais de um mês, depois disso tudo seguiu normal. Voltamos a trabalhar, e as coisas foram tomando ritmo. Decidimos morar juntos. Sei que parece precipitado, mas é o que queremos. Tudo parece em paz. Porém meu subconsciente insiste em me avisar que algo não vai bem. Ainda não acharam o assassino da minha irmã, ou o Tom. Ele ainda está por aí, tramando. Mas eu não serei pego de surpresa de novo. Aumentei a segurança da Ana e da minha família. Levo sempre comigo uma arma. Tenho porte.
Parece exagero, mas não é. A segurança da minha mulher e filho estão em jogo. Por falar nisso, hoje vamos tentar descobrir o sexo.  Estou muito ansioso. Estamos a caminho da clínica. A Ana não para de fazer carinho na barriga. Já podemos ver o pequeno montinho arredondado que está ficando a barriga dela. Eu diria que está grande até demais.

__Qual você prefere?__ ela me pergunta, sem olhar em minha direção. Continua alisando a barriga. A cena mais linda que já vi. Eu sei que ela fala sobre o sexo do bebê.

__ O que vier, será amado igualmente. Porém se for menino, eu não precisarei matar nenhum marmanjo que chegar a minha porta__ falo sério.

__Henry__ ela fala exasperada.

__Eu tô brincando... Ou não__ respondo rindo. A cara que ela faz é a melhor.

  Chegamos ao consultório, dez minutos antes da consulta. Odeio atrasos, isso ainda não mudou.
Uma semana após a morte da Charlie, eu voltei o tratamento com a doutora Stone. Temos feito progresso. Ela me receitou novos remédios. Já que os que estava tomando, receitados pelo Tom não eram realmente remédio. Descobri isso, quando fiz um exame após me sentir mal. O desgraçado estava me matando envenenado. Não contei para a Ana. Ela não pode se estressar. Enfim, os novos remédios são bem menos agressivos e não possuem nenhum efeito colateral. Se eu continuar assim, em pouco tempo poderei parar de toma-los. É o que mais quero.

___Sr e Sra Campbell?__ uma enfermeira pergunta. Ela mantém os olhos sobre mim,  está dando em cima na cara de pau. Que a Ana não veja isso. Ela anda um pouco... paranóica com as coisas. Pior que eu.

___Quer levar para casa? Tira uma foto que dura mais__ ouço ela dizer. Abaixo a cabeça. Ela com certeza viu.

__Senhora não sei o que está insinuando__ a enfermeira diz cínica.

__Estou falando desse seu olho em cima do meu namorado. Quer ficar sem eles?__ ela levanta depressa. Acho que vai bater na outra.

__Amor, por favor se acalma__ peço. Não deveria ter feito isso.

__Cabrón__ ela diz, e sai sem olhar para trás. Nem sei o que fiz. Vou atrás dela.

Quando o médico perguntou se queríamos ouvir o coração, eu quase morri de tanta Felicidade. É o som mais lindo. Tão forte e rápido. No início me preocupei, mas o médico me garantiu que é super normal. A Ana se emocionou mais ainda. Estamos completos. Agora o médico está tentando ver o sexo. Estou ansioso.

__Olha que interessante. Agora minhas dúvidas foram tiradas__ o médico diz.

__Fala logo doutor__ Ana pede impaciente.

__São meninas__ ele diz. Nessa hora meu cérebro parou de funcionar. Sento numa cadeira que estava num canto. Em choque. A imagem de duas meninas lindas passa pela minha cabeça. Elas adolescentes tão lindas quanto a mãe, com uns garotos pedindo a mão delas em namoro. A imagem delas se casando e me dando netos. E eu... Eu matando cada um que tenta se aproximar das minhas meninas. Vou ser preso.

___Eu vou ser preso__ as pessoas na sala me olham, como se eu fosse louco.
  Preciso de outra arma.


Aceito o Desafio  [Livro 1] SENDO REVISADOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora