Capítulo 28

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Sem revisão... Capítulo duplo

Analu.

Os últimos meses não tem sido fáceis. Muitas coisas aconteceram... Minha vida mudou drasticamente para melhor e depois deu outro giro. Estamos sendo perseguidos, por um maníaco sendento por vingança. Não sabemos porque, ou quem é. Acredito que o  Henry também não...
  Por falar nisso. Ele saiu a algum tempo já. Não sei, mas a minha intuição diz que algo vai mal. Tem alguma coisa acontecendo e o Henry não quer me contar. E para piorar tudo, tenho sentido umas dores estranhas na barriga. Esse foi o motivo de eu ter acordado.
  Estou sentada na cama, ligando para o celular do Henry e nada. Não atende. As dores foram se intensificando e eu me curvo um pouco para frente, com as mãos no meu ventre.

__shh... Calma meus amores, a mamãe está aqui.__
Eu fico repetindo isso até me sentir, melhor. Ouço um barulho de chaves. Henry. Meu coração se alegra. Graças a Deus ele chegou.
As dores estão vindo cada vez piores. A massagem anterior, não tem mais surtido efeito.
__Amor...__ tento. Mas a voz sai tão baixa, que duvido que escutou. Tento mais uma vez.
__HENRY ME AJUDA__ dessa vez eu grito. Porém me arrependo na mesma hora. Uns homens que eu não conheço, entraram no quarto. Levo um susto quando vejo o último empurrando uma cadeira de rodas. Tom. Maldito, desgraçado. É cúmplice nisso tudo.

__Boa noite senhorita Analu__ o homem na cadeira de rodas me cumprimenta. Não o conheço.

__Quem é você? Tom seu maldito... Você não vai se safar dessa__ falo com raiva, sentindo outra pontada na barriga. Droga. Calma filhas.

__Não importa minha querida. kal, deixe a senhorita mais... Confortável__ ele diz cínico. O homem que julgo ser, esse  kal, me pega pelo braço. Sem a menor gentileza. Entro em pânico. O que esses homens farão comigo? Desespero começa a tomar conta de mim. Henry, cadê você?
No meio do pânico, começo a me debater e kal, acaba me soltando bruscamente no chão. Bato a cabeça com força. Meu Deus nos proteja. Como tudo pode ter mudado assim? De um romance, á filme de terror. Foi nisso que nossas vidas se transformaram.
  O capanga por nome Kal, me amarra numa cadeira. Estou com medo. Muito medo. Choro agora descontrolada, apenas pensando nas minhas bebês. Tão pequenas e já sofrendo.

__Moço, por favor... Estou grávida. Não me sinto bem. Preciso de um médico. __apelo para o lado humano do homem. Parece não surtir efeito. Ele com certeza, não tem um lado bom. Tom é quem se pronuncia.

__Irmão. Deixa eu apenas verificar... Ela pode morrer também__ ele diz. O homem na cadeira, apenas acena a contragosto.

__Não toque em mim__ grito. 

__Por mim tudo bem. Mas, a culpa será sua, se morrerem__ ele diz, voltando ao seu lugar.
Ele tem razão, minhas meninas podem morrer.
Muito receosa ainda, permito que ele toque minha barriga e começa a examina-la. Sem os instrumentos necessários, eu sei que não pode fazer muita coisa.

__Diz que está tudo bem... Por favor!__ eu imploro para o tom, ele apenas balança a cabeça em negação. Meu Deus nos ajude.

   Continuo amarrada. O homem da cadeira de rodas, a todo momento me olha de forma estranha. Ele ligou para o Henry do meu celular. Coitado, ficou desesperado.
As dores não me deixam. Estou a alguns minutos sangrando. Tenho medo. Muito medo.
Um barulho alto na sala me deixa em alerta. Ouço tiros. Henry. É a única pessoa que vem a minha mente.
A porta do quarto é arrombada. Minha alegria é visível. Henry veio me salvar. Nos, salvar. Não consigo conter a cara de desgosto, quando é o David e não o Henry a entrar no quarto. O pior passa pela minha cabeça. Que ele esteja bem. Que meu amor, esteja a salvo. Sinto-me fraca. Perdi muito sangue e as dores não deram trégua.

__Onde... Onde ele está?__ eu precisava perguntar. Saber se ele está bem. Só assim, poderei sossegar o coração, quanto ao homem que amo e dedicar todo o meu ser, a partir de agora, as minhas filhas. Ser forte por elas. Lutar por elas.

__Esta bem!__ é o que o detetive me responde. Se ele está bem, porque não veio?
Minha mente da voltas. Estou feliz, porém decepcionada. Sei que está a salvo. Mas se tudo já está bem, porque ele não está aqui?
  Riker me pega em seus braços e me leva até a ambulância. Provavelmente chamou no caminho.
Mesmo fraca, procuro o Henry em todos os lugares. O vejo, dentro de uma outra ambulância. Ele vem em minha direção e me pega. Eu apenas sorrio. Agora em seus braços, me sinto verdadeiramente segura. Permito que o sono me leve.

David...

  Estou na polícia a cinco anos. Não tem sido nada fácil. Ser o novato, o mais jovem, não impõe respeito. Eu sempre gostei de ajudar pessoas. Salvar vidas e fazer o que é certo. Isso foi o que mais me motivou.
  Casei muito cedo. Com apenas dezoito anos. Rachel, era a garota mais linda que eu já tinha visto. Foi amor a primeira vista. Cheia de sonhos e projetos parecidos com os meus. Éramos perfeitos, um para o outro. A três anos ela morreu. Um bêbado dirigindo... Nosso carro foi atingindo em cheio. Apenas eu e Lizzie sobrevivemos. Na época minha menina tinha apenas 5 meses de vida. Estava na cadeirinha. Foi tudo muito rápido. Hoje somos só eu e ela. Faço tudo pela minha pequena.
  Quando fui designado para o caso da secretária morta, pensei que fosse só mais um de muitos. Mas quando eu vi a Ana. Não sei explicar. Senti na minha alma, que tinha que protege-la. Linda, inteligente e infelizmente comprometida.
  Me dediquei ao caso o máximo que pude. Não descansei até ter uma pista concreta que me levasse ao assassino. Vê-la em segurança já é o suficiente para mim.
Depois de muita investigação, descobri um cúmplice que poderia me levar ao assassino. Montamos uma operação. Tamanha minha surpresa quando eu encontro o noivo da Ana na cena do crime. Não gosto dele. Babaca riquinho.
  Depois de algum tempo, ele recebe uma ligação perturbadora. Sai em disparada. Não posso deixar ele ir sozinho. Eu sou o policial e não ele. Seguimos juntos até o seu apartamento . Aviso todas as unidades para onde estamos indo. Não sei quantos são e o quanto estão armados.
Quando chegamos ao local, o assassino já havia fugido. Droga. Alguém nos dedurou. Apenas alguns capangas estavam no lugar. Foram todos detidos e apenas um foi morto. Henry estava totalmente descontrolado. Atacou um dos capangas e entrou em luta corporal com ele. Idiota. Corro até o quarto procurando a Ana. Encontro-a amarrada na cadeira. Fraca e sangrando muito. Pego a mulher no meu colo, ela está muito preocupada com o noivo. Babaca. Poderia estar aqui para ajudá-la e não se matando.
Desço com ela as pressas até a ambulância. Noto o quão linda é. Eu me acostumaria com ela em meus braços. Uma pena que a sua atenção esteja voltada para outra pessoa. Henry, corre em nossa direção e pega ela dos meus braços. Sinto instantaneamente, a falta do toque. E aceito que ela nunca será minha. Eu nunca verei o seu lindo sorriso sendo meu. Não verei ela acordar todos os dias. E jamais terei ela em meus braços novamente.
   Aceito o meu cruel destino. Ela nunca será minha.

   Olá manas... Desculpem pela demora. Não me matem please! Aproveitem e beijinhos 😘❤️
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Aceito o Desafio  [Livro 1] SENDO REVISADOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora