Capítulo 10

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Sem Revisão...😅
Capítulo duplo uhu...
 
 
    Sexta-feira finalmente. Pensei que esse dia nunca fosse chegar. A ansiedade é uma inimiga poderosa.
   Depois do incidente com a minha irmã, não nos falamos mais. Ela sempre tenta puxar assunto, mais eu corto logo a conversa. Fiquei extremamente chateado com  os absurdos que ela disse e fez. Jamais perdoarei esse tipo de comportamento de qualquer pessoa, principalmente da minha irmã. Ela foi criada como eu e meu irmão, pelas mesmas pessoas e com os mesmos princípios, não entendo como ela pôde pensar assim, agir dessa maneira tão ruim.

    Decidi que hoje eu iria dirigir, faz um tempo que não faço isso. A vez com a Analu não valeu, não dirigi porque eu quis, fui forçado a tal. Parece que foi ontem que conheci aquela maluca. Desde o nosso último encontro na minha sala, sempre dávamos um jeito de nos encontrar às escondidas, o que torna tudo mais emocionante, excitante.
No caminho para a empresa, penso em parar numa floricultura, mas só de imaginar toda aquela terra e sujeira que fazem, desisto. Encomendo do escritório mesmo, é melhor assim. Não consigo, ser normal. É um peso em minha vida essa doença. Por enquanto.

   Já no meu andar, peço para a senhorita Frisburg avisar a Analu que espero ela na minha sala. Faço cara de poucos amigos para ser convincente. A latina não quer que saibam ainda do nosso relacionamento, é frustrante. Quero que todos saibam que ela me pertence, que é minha. Pretendo oficializar nosso namoro. Depois da ordem, sigo diretamente a minha sala, ansioso pela minha latina. Batidas na porta fazem meu coração saltar. Foi rápido. Deve estar tão ansiosa quanto eu. A saudade é tamanha que não cabe no peito.

__Pode entrar__ digo com a ansiedade aflorada. Tamanha foi minha decepção ao ver a ruiva parada na porta e não a negra que eu tanto ansiava.

__Desculpe Senhor Campbell. A senhorita Rodriguez não compareceu hoje, porém no sistema consta um atestado médico de dois dias__ diz.

__Obrigado. Pode ir__ o meu ânimo não ficou dos melhores depois dessa notícia. A minha Latina está doente e não me mandou nenhuma mensagem sequer. Deve ser algo grave, todos os dias nos falamos e hoje ela realmente não mandou nenhuma mensagem. O que devo fazer? Pareceria muita insistência minha aparecer no apartamento dela? Ela iria gostar ou pensaria que estou forçando a barra? Não sei, não sei o que fazer. Andando de um lado para o outro na sala e tomo a minha decisão. Vou cuidar da minha garota. Pego o endereço dela no sistema e rumo até o local.
  
  Na portaria do prédio, aguardo enquanto o porteiro anuncia a minha chegada. Me identifico como namorado dela, não sei se vai gostar disso, o importante é que estou aqui para cuidar dela. Ela querendo ou não. O homem já de idade com um bigode horrível me olha de forma estranha e diz que posso subir, quinto andar, apartamento 45 diz mal educado. Eu só faço agradecer e vou até o elevador, pronto para vê-la, imaginando mil e uma desculpas por estar ali. A caixa de metal para no andar indicado e sigo até o apartamento. Algumas respirações e toco a campainha, aguardando.
  Imaginem minha surpresa quando, ao invés de ser minha namorada a atender a porta, um homem a atende.
Meu coração falhou uma batida já imaginando a traição, a raiva ferveu no meu sangue e tudo que eu mais queria era socar a cara do desgraçado a minha frente.

__ Nem me olha assim querido. Nunquinha da Silva  eu pegaria a Lulu, eca... Agora, se você me der uma chance, ela nunca saberá__ diz e pisca um olho para mim. Meu queixo foi ao chão. Gay. Como não percebi. Me sinto um idiota, a Ana nunca me trairia.

__Para de dar em cima do meu namorado Ray__ a voz que eu queria ouvir soa por detrás do tal Ray. Ela está um pouco pálida e de aparência cansada. Mesmo assim, continua linda, com os cabelos soltos e vestindo apenas uma blusa de manga comprida. Me apaixonei de novo.

Bônus analu...
 

   Hoje eu acordei simplesmente péssima. Ontem após o expediente me senti um pouco mal com o estômago revolto. Deve ter sido o almoço, desde quando comi tenho me sentido mal, e só piorou quando cheguei em casa. Como não tenho parentes aqui, liguei para o meu amigo Raylander, o nome que ele odeia. Também é brasileiro, nos conhecemos na faculdade. Fiquei caída por ele, tamanho meu desapontamento quando descobri que era gay. Nos tornamos melhores amigos. Ray veio correndo me ajudar e me levou ao hospital, onde fui diagnosticada com infecção intestinal. Encaminhei o atestado ao RH da empresa e para a Violeta, secretária do Henry. Por falar nele, já estou com saudade. Tenho que avisá-lo e desmarcar o nosso jantar, não estou nada bem.
   Meu amigo dormiu aqui e permanece comigo. Mas sei que ele quer ir, o namorado já ligou milhões de vezes. Mas ainda assim continuou comigo.
   Nesse momento estou deitada no sofá, sentindo uma dor terrível no estômago, quando o interfone toca. Ray corre para atender e só permite que a pessoa suba todo animadinho. Esse maluco tá aprontando alguma.

__Quem é Ray?__ pergunto super curiosa.

__Namorado flor__ diz empolgado e com voz melosa.

  A campainha toca e ele corre para atender, dando pulinhos exagerados. Espero que volte e está demorando muito, melhor eu ir ver o que acontece. Minha surpresa foi enorme quando vi  o Henry que está lindamente parado na minha porta, com cara de poucos amigos. Com certeza quer matar o Ray, sorrio com isso.

  __Para de dar em cima do meu namorado Ray__ digo ainda totalmente surpresa com a figura parada a minha frente. Lindo. Perfeito.

__Ué, florzinha! Manda ele parar de me olhar com cara de lobo mal__ meu amigo diz rosnando manhosamente. Não consigo segurar o riso, quando vejo a cara do meu chefe. É puro espanto.

__Sai, bicha assanhada. Vem Henry, entra__ pego em sua mão e o levo até a sofá, ele não senta. Fica constrangido, ou com nojo. Talvez os dois.

__ Bom. Como o senhor bonitão chegou, eu vou indo ver meu boy, antes que outro o faça... Beijos e melhoras amor, me liga__ diz Ray saindo apressado.

__Vou pegar um pano para limpar o sofá, Já volto... Ai.__ sinto uma pontada na barriga e me encolho.

__hey, sem esforço tá? Não precisa não. Eu sei que está tudo limpo. Me desculpa__ pede preocupado.

__Relaxa, sei como é difícil para você. Bom, estraguei nossa noite...__ estou triste com isso, nosso primeiro jantar.

__Não estragou nada. Eu vim cuidar de você, me conta o que você tem__ diz sentando no sofá, ainda com receio. Sei o esforço que está fazendo para me agradar. Isso me deixa feliz mostra que ele realmente quer algo sério comigo. Enfrentar suas dificuldades por mim, é lindo.

__ Obrigada. Mas não preci... Ai, ai. Essa droga dói. Nunca mais como comida mexicana__deito em posição fetal no meu sofá.

__Põe a cabeça em meu colo. Assim ficará melhor__ ele diz sorrindo. E é o que faço. Me sinto tão bem ali, que não quero nunca mais sair.

Capítulo duplo! Hoje estava sem inspiração, desculpem.
Abaixo a foto do Ray e a doentinha da Ana.
Beijinhos 😘

Beijinhos 😘

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Aceito o Desafio  [Livro 1] SENDO REVISADOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora